Capítulo 29

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JULIETTE

Dois meses se passou, agora já ostento uma barriga de quatro meses e continuo com Rodolffo completamente, trabalho ainda na empresa, só que agora sou modelo e influencer da mesma, olhem só aonde vim parar, depois da Avon, outras empresas me escolheram como sua garota propaganda,  insisti tanto para o André não fazer isso comigo, mas ele disse que me queriam de fato como seu rosto. Uma delas é a Americanas e a outra é a Pantene, essa por sinal o meu marido não ofereceu objeção, primeiro porque uma das minhas exigências era que as campanhas fossem  feitas pela empresa dele, outra porque ele disse que esses produtos me proporcionariam um cuidado melhor para meu lindo cabelão que ele tanto ama. Já o da Americanas, ele fez algumas objeções, como o de não fazer propagandas com outros homens, mas quando soube que a campanha seria com o foco em produtos para mulheres grávidas ou mães, ele aceitou melhor. Ô homem ciumento. E claro, continuo fazendo a faculdade de Direito.

Minha família, sinto falta deles, dois meses que não os vejo, mas hoje vamos jantar com meus pais, hoje contarei que estou grávida,  não contei, pois não queria contar a minha mãe pelo telefone e também quero ver a carinha de felicidade de Mainha com dois bebezinhos novos na família. Esses, ela poderá ter por perto. Graças a Deus,  semana que vem ela opera, coisa que não aconteceu ainda porque deu uma alteração de pressão nela, agora contarei sobre seus netinho e espero que isso faça ela querer lutar pela sua vida e que saiba que terá mais dois esperando por ela aqui.

Nós chegamos a casa dos meus pais, Mainha vem abrir a porta e logo que abre solta um grito de felicidade e nos abraça forte.

- Entrem meus filhos, sejam bem vindos a nossa humilde casa.

- Ah minha sogra, humilde nada,  me sinto muito a vontade aqui com vocês.

- Que isso meu filho.

- Oi mãe bença.

- Deus te abençoe fia. Seu pai já tá saindo do banho. Venham vamos sentar aqui na sala. – sento perto de minha mãe,  quero ficar abraçadinha com ela, sentir seu cheirinho. – oh Juliette,  que saudade que eu estou de tu.

- Eu também Mainha. Mas viemos matar logo essa saudade e falar duas novidades pra vocês.

- Duas novidade, quais fia?

- Espera meu pai chegar aqui.

- Lourival! Homem, venha! Juliette está querendo contar uma novidade,  venha logo!! – grita minha mãe.  – Como vocês estão meus filhos, no casamento,  no trabalho?

- Ah sogrinha, está tudo bem, tirando a parte que sua filha vai se exibir em duas campanhas comerciais, o resto está ótimo! Não podemos estar melhor em nosso casamento,  né Ju?

- Sim Mainha, estou muito feliz. Oi pai! - Levanto e vou abraçá-lo. Nesse momento, estou abraçada com meu pai, virada de lado para minha mãe,  eu escuto ela gritar.

- Não acredito fia, é o que estou pensando,  você está mais barriguda Juliette. Eu vou ser avó?!

- Sim Mainha,  eu estou grávida! – minha mãe vem e me abraça muito forte, já está chorando. Meu pai também me abraça  e me parabeniza, eles falam com Rodolffo também e lhe dão parabéns. Vejo que estão felizes com a notícia, meu pai já tem outros netos, embora minha mãe os considere seus netos também,  mas esses serão seus netos de sangue.

- Ah filha, já estou imaginando meu netinho correndo por essa casa toda, bagunçando minha casa toda.

- É, se eles fizerem isso você vai me devolver rapidinho. – falo no plural pra ver se eles pegam a referência, mas ainda não pegaram, e o meu Bastião entra na onda e também fala.

- É, imagina se eles começarem a jogar uma bolinha aqui na sala e acertarem as plantas da sua mãe, nunca mais virão passar mais um dia aqui.

- Como assim eles? – pergunta meu pai.

- É painho, eu vou ter dois bebês.

- É sério isso fia? – pergunta dona Fátima já chorando novamente e vindo me abraçar de novo. Coloca a mão em minha barriga e me abraça de novo. – tomara que sejam igual você e Eninha.

- Sim mãe,  se Deus quiser serão tão unidos e companheiros como eu e Eninha. Ela agora deve estar muito feliz com os sobrinhos, espero que ela cuide deles lá de cima, afinal de contas ela poderá está do lado deles vinte e quatro horas por dia.

- Certeza que ela já está cuidando deles, ela queria tanto um irmãozinho mais novo pra ela cuidar, assim como você fez com ela.

- Tenho certeza que ela faria melhor que eu. – ambas já estamos chorando, quando Rodolffo pra descontrair o ambiente fala:

- Vem cá gente, não está na hora do almoço não? O papai aqui está cheio de fome. – todos rimos, até meu pai, que não faz com frequência.

Vamos todos para a cozinha, vamos nos servir, falei para Rodolffo que aqui em casa ninguém serve ninguém não  cada um pegue seu prato e se sirva. Ele não fez nenhuma objeção,  até riu e falou que vai tirar a barriga da miséria,  pois vai poder botar um prato do tamanho da sua fome. Mainha fez cuscuz, mandioca frita e carne de sol na manteiga de garrafa, que saudade que sentia dessa comida de dona Fátima Freire.

- Mãe,  que saudade que estava da sua comida.

- Sim dona Fátima, sua comida é ótima.  – diz Rodolffo.

- Pois comam, que é tudo feito com muito amor pra vocês e agora pra meus netinho.

- Ah, eu vou comer mais sogrinha, está uma delícia mesmo.

- Mãe, e meus irmão,  tem falado com eles?

- Seu pai fala mais com eles, só o preto que me liga mais, os outros tenho que ligar se quiser ter notícias deles.

- E como eles estão, pai?

- Eles estão bem, só Nino que estava gripado esses dias.

- Quando eu receber meu primeiro cachê desse trabalho mandarei um pouco pra cada um. Nino não aprende mesmo, aposto que ficou gripado porque foi cavalgar na chuva.

- Sim.

O almoço foi ótimo,  estou revigorada. Ficamos ainda um tempo conversando,  Rodolffo aproveitou meu pai, e pediu pra ele dar uma olhada no carro, até mesmo acho, que para ficar mais próximo dele.

- Filha, o Rodolffo está mesmo muito apaixonado por você,  né? Fico feliz que tenha encontrado um homem bom.

- Sim mãe,  a gente briga muito, é verdade, mas o Rodolffo tem me feito muito feliz, me sinto mais apaixonada por ele a cada dia que passa.

- Sim, ele não para de olhar pra você Juliette,  até mesmo quando você não está falando, ele te olha com cara de bobo.

- Eu não fico diferente não mãe. Ele me satisfaz em tudo, ainda mais agora, grávida.

- Esse é o momento mais feliz,  espero que ele fique mais com você quando eles nascerem, pois é a partir daí que vemos o amor.

- Por que mãe?

- Porque depois que as crianças nascem, vocês não dormem mais, comer também não é uma tarefa fácil e o sexo então, são raras as vezes, você estará tão cansada que o tempo que tiver, vai querer descansar. É aí que o amor tem que resistir fia.

- Nossa mãe,  não tinha pensado nisso.

- É difícil? É,  mas é uma benção poder sentir seu filho no colo, com saúde e sorrindo pra você,  tem a parte boa também.

- Obrigada mãe,  te amo! – a abraço forte. – mãe,  eu e Rodolffo conversamos,  e você irá ficar lá em casa depois que operar, quero cuidar de você.

- Mas não carece disso não Juliette,  não quero atrapalhar a vida de vocês não... – Rodolffo que entrava com meu pai em casa logo responde.

- Mas a senhora não vai atrapalhar em nada a nossa vida... – ele vem até mim, dá um beijo em minha cabeça e volta a falar. – será um prazer ter a senhora em nossa casa, também quero poder cuidar da senhora como se fosse minha mãe.

- oh filho... – minha mãe o abraça.  – você sabe que me tem como um filho também. Enquanto estiver fazendo minha filha feliz, estará me fazendo feliz também. Tem certeza que não vou atrapalhar vocês, até nas intimidades de vocês?

- Ah dona Fátima,  aí é só a senhora tampar os ouvidos. – bato no braço dele por ter falado isso para minha mãe.  – Ai,  você tem a mão pesada mulher.

- É,  como que você fala uma coisa dessas pra minha mãe , seu safado?

- Ué,  ela que perguntou. E outra, isso não é novidade pra ela, não é sogra?

- Deixem de briga. Tudo bem, eu aceito, mas não vou ficar muito tempo.

- Mãe, você vai ficar pelo tempo que precisar e pronto.

Não demorou muito e fomos embora, depois de uma ótima tarde com meus pais. Rodolffo ficou muito feliz, ele não parou de rir. Na volta, no carro, ele voltou a falar que se sente mais a vontade com minha família,  que precisamos vir mais vezes ate aqui e que faz questão de que nossos filhos tenham mais contato com minha família,  pra que aprendam a serem unidos e parceiros.

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