Capítulo 8

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JULIETTE

Eu hoje serei anunciada a família de Rodolffo como noiva dele. Estou uma pilha de nervos, uma coisa é eu ser a secretária, outra é ser a mulher do patrão, com certeza serei taxada como a caça dotes, ainda mais agora que o senhor Juarez estipulou essas regras para seu sucessor. Fomos primeiro no escritório do advogado dele e assinamos os papéis do contrato pré nupcial e vamos para o restaurante. Chegamos ao restaurante e seu pai e sua mãe já estão lá.

- Boa noite mãe, pai. Você já conhece ela pai, mãe essa é a Juliette.

- Uhm, prazer. – diz a mãe dele com desdém, me olhando de cima a baixo, me deixando sem graça, Rodolffo puxa a cadeira pra eu sentar e começa a falar:

- Bom, eu chamei vocês aqui para dizer que Juliette e eu estamos namorando a algum tempo e ontem pedi ela em casamento e ela aceitou.

- O quê? Ambos olham pra gente como se estivéssemos dito uma coisa bem estranha.

- Sim, eu me casarei com a Ju, ainda gostaríamos de curtir um pouco mais um ao outro, mas já que meu pai dita as regras, vamos juntar o útil ao agradável. – Rodolffo diz e logo seu Juarez levanta e vem até mim.

- Parabéns Juliette, adorei a ideia de meu filho casar com você, embora nunca tenham me falado que estavam namorando, mas faço muito gosto! Olha, espero que consiga acalmar meu filho, minha filha, bote ele na linha que serei eternamente grato a você.

- Pode deixar seu Juarez.

- Mas eu não aceito esse casamento. – me separo do abraço do seu Juarez e escuto dona Vera falar.

- Mas já está decidido mãe.

- Meu filho, você é um homem tão lindo, inteligente, de boa família, rico, um Rios, não merece acabar se casando com uma secretariazinha qualquer, ainda mais essa daí...

- Vera, você não complete essa frase, Juliette é uma mulher muito competente no que faz e será uma futura advogada muito brilhante, pelo menos ela é uma mulher decente, não se parece em nada com aquelas outras mulheres que o Rodolffo saía. Filho, parabéns!

O jantar continuou com um clima não muito bom entre eu e dona Vera, ela fica me encarando de forma de que se os olhos dela soltassem laser, com certeza me matariam e minha intensão era sumir. Ao final, Rodolffo e eu nos despedimos e saímos, ele me levou em casa e foi embora, dessa vez ele não foi me levar a porta.

No outro dia, eu fiz as  mesmas coisas do meu dia a dia normal, até que no meio da tarde, o senhor André, diretor do comercial da Avon Cosméticos chegou e pediu para falar com o senhor Rodolffo, como ele estava na reunião com os diretores de projetos, eu pedi pra ele esperar, mas reparo que ele não para de me observar, já estou me sentindo um ser de outro mundo, ajeito minha roupa, achando que estou mostrando demais, até que ele vem até mim e senta a minha frente na mesa, percebo meu rosto corando.

- Boa tarde, posso saber o seu nome? – ele me pergunta.

- Ju...liette- minha voz sai meio trêmula.

- Eu estava te observando e você tem o perfil perfeito para a campanha da Avon, o que você acha de fazer esse comercial?

- É o quê? Não obrigada. Não sirvo pra essas coisas não senhor.

- Olha, você tem o perfil que eu quero, olhe só, iremos mostrar a transformação de uma mulher ao usar uma maquiagem da Avon Cosméticos, mostraremos o poder da marca e mostraremos que qualquer mulher pode usar o produto, de qualquer classe social.

- Moço, eu nunca fiz um troço desse não, iria mais atrapalhar que ajudar.

- Veja só mocinha, darei seu nome como opção e se aceitarem você faria?

- Duvido muito que aceitem. Portanto eu aceitaria.

- Ótimo!

Senhor Rodolffo estava voltando pra sua sala, então me levanto e vou atrás dele, vejo que não está com uma cara muito boa, mas me arrisco.

- Senhor Rodolffo, o senhor André está aqui e quer falar sobre a campanha da Avon Cosméticos. Disse que precisa resolver logo as coisas sobre o comercial.

- Que cara chato, mande entrar.

Saio e digo ao senhor André que ele pode entrar. Ele entra e fecha a porta. Ele permanece na sala por um bom tempo, quando ele sai vem diretamente até mim e diz:

- Está tudo certo, a senhorita está aprovada, quero a senhorita em meu escritório para assinarmos o contrato.

- Mas como assim?

- Sim, você me disse que se eu ganhasse o aval da diretoria você aceitaria minha proposta.

- Mas eu achei que não me aceitariam como modelo.

- Mas a senhorita aceitou e não pode voltar atrás.

- Meu Deus, eu não acredito. Quando e onde? Só posso final de semana.

- Por mim sem problema. Sábado agora no meu escritório, me dê seu número que passo o endereço e horário. Tchau amore. – Não estou acreditando que o Rodolffo está usando esse comercial para me modificar e me ver maquiada. Só não cancelo esse contrato porque se eu o fizer, tenho que pagar uma multa e ainda fico sem fazer a cirurgia de minha mãe. Vou fingir que nada está acontecendo pra ver o tamanho da cara de pau dele.

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