4. Sede

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Autora falando:

Olar!

Esse capítulo é ~meio~ NSFW. Nada explícito, mas, sei lá, eu não leria no trabalho UHAUHA

Mas vamos de: 

boa leitura <3


.

Se antes estava difícil para Catra segurar seus instintos vampíricos só com o beijo, não dava para mensurar como se sentia desde que se submeteu a ir embora com Adora até chegar no quarto dela.

Constantemente sentia uns lapsos de vertigem e aceleração, como se seu coração fosse ainda capaz de bombear sangue pelo seu corpo. De fato, a fome que sentia fisiologicamente se juntava à fome sexual. Já devia ter previsto que isso aconteceria, pois a luxúria também é um forte gatilho para aflorar o vampirismo. O sexo dá sede de sangue, assim como todas as reações causadas pelos pensamentos preliminares. Provavelmente ficara calada durante todo o trajeto, mas, sabia que não poderia dar uma explicação plausível sobre o motivo real para Adora e se sentia grata pela mulher nem ter tentado saber também.

Assim que chegaram, a humana fechou a porta e apoiou suas costas nela para, dali, fitar a vampira de uma distância um pouco cruel. Já estava caminhando para a cama e tirando os sapatos esperando que logo fosse seguida pela acompanhante. Precisava começar logo o que foram até lá para fazer, temia que seu descontrole a levasse à loucura.

Mas, por que Adora ainda estava parada na maldita porta?

— Aconteceu alguma coisa? — a própria vampira resolveu se certificar ao perguntar com uma expressão levemente apreensiva.

A resposta demorava a vir, o que fez Catra questionar sua própria confiança sobre ser mesmo o suficiente para aquela mulher. Sentia que, talvez, Adora não a quisesse mais e em sua cabeça isso era doloroso.

Não que devesse se importar, já que, primeiramente, ela não passava de uma mera vítima. Sua primeira, aliás. E, em segundo, todo o trabalho de hipnose que fez nela provavelmente estaria a estimulando ainda, mesmo que tenha resolvido diminuir relativamente a frequência há alguns dias por se sentir satisfeita com o grau de atração que atingiu.

— Bom... É que... — a loira deu alguns passos para, finalmente, se aproximar e fazer com que a voz bem baixa que adotara no momento fosse ouvida — Tem certeza que quer isso? Percebi que você estava meio aérea durante a vinda para cá e... Olha, não precisa forçar nada só porq-

— Adora, eu quero tanto quanto você — Catra usou de uma rapidez sobre-humana para fechar a distância puxando-a pela gola da jaqueta jeans e usando de um tom de voz sussurrado para prender a atenção — Talvez até mais...

A vampira também aproveitou sua diferença de altura, levemente menor que a humana, para afastar a gola alta que cobria o pescoço de Adora com a ponta dos dedos. Assim, tinha espaço para encostar a boca ali e deixar os lábios roçarem de leve na região. Ela foi certeira na veia pulsante e sentiu os caninos afiarem instantaneamente. Controle. Precisava de controle. Contentou-se com os prolongados beijos que passara a traçar. Fechou os olhos para que Adora não percebesse como agora eles estavam completamente pretos.

— Catra...

A linguagem corporal da outra mulher começava a ficar mais explícita. A aceleração cardíaca voltara a aparecer como no primeiro beijo, a boca entreaberta começara a soltar suspiros de uma respiração pesada, e as mãos puxavam Catra pelo quadril para mais perto. Lentamente, uma das mãos subiam pelas costas até que as pontas dos dedos humanos encontrassem a nuca da vampira para acariciá-la por baixo dos fios de cabelo.

Atraída Pela NoiteOnde histórias criam vida. Descubra agora