16. Negócios

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Autora falando:

Olá!~vamos agir como se eu não tivesse sumido por milhões de anos novamente kakaka~POV Adora para continuarmos nossa saga Crepúsculo Gay


Boa leitura <3


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Não importa se o trabalho estava agitado ou se a vida pessoal tinha mil outras demandas para priorizar. Não havia qualquer tarefa no mundo capaz de tirar a conversa com Catra da cabeça de Adora. E não só pela incoerência de sentimentos em relação às atitudes da vampira, que ora parecia ser empática, ora a encarava com impaciência. Simplesmente não entrava em seu subconsciente que a vontade dela deveria ser feita.

Queria ajudar, queria saber de tudo que acontecia com ela. Até mesmo se arrependeu da decisão de não esperar que acordasse para conversarem melhor. Ainda se culpava por suprir uma atração involuntária por quem já tinha uma relação aparentemente concreta, embora tal incômodo não amenizasse em nada a crescente vontade de estar por perto.

E deveria ter ficado por perto quando teve a chance de escolher. Foi burra e agora arcava com as consequências. Talvez se não tivesse ido embora antes, Catra seria mais solícita com suas ajudas. No momento, tudo o que podia fazer era dar um tempo e engolir as mágoas.

Até porque uma outra pequena angústia clamava por atenção.

Uma angústia profissional.

Os diretores do museu a convocaram para organizar um evento bem intimista para uma lista selecionada de figuras influentes no mundo da arte. Seria em uma galeria adjacente em Salém. Era uma tentativa de trazer mais investimento e influência às outras propriedades do museu, e Adora "tinha o dom de trazer perspectivas jamais vistas sob algumas obras", como orgulhosamente bradava seu chefe nessa reunião com o alto clero do trabalho. Desta vez, o recorte histórico era de uma época que a curadora pouco sabia, pouco trabalhava, o que deixava a missão ainda mais complexa.

Sabia que a primeira coisa a ser feita era visitar o local do evento, pois assim poderia ter ideias de como explorar o espaço, mesmo que no fundo não tivesse ideia de como começar o projeto. Foi para Salem no mesmo dia da reunião, no final da tarde. Obviamente, seu pensamento não parava de ecoar a voz que constantemente a lembrava que estava perto de Catra, de que estavam ali, na mesma cidade. E toda a tensão já incrementada pelo trabalho foi duplicada, triplicada até.

No início da noite, quando percebeu que seu cansaço mental dividido entre "quero ver a Catra" e "preciso ter uma ideia para esse evento" iria esgotá-la, ligou para a Scorpia e a convidou para a galeria. O local não estava aberto, portanto, Adora estava sozinha lá. Era perfeito para que conversassem sobre um dos tópicos de angústia:

— E aí, Scorpia, — cumprimentou a amiga vampira já a trazendo para dentro do espaço e fechando a porta de vidro com as chaves — tudo bem?

— Tudo, Adora, e contigo?

— Com muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo, mas tudo certo.

Caminhavam juntas para um lugar com menos exposição às janelas e portas inteiras de vidro do salão principal. Depois de um curto corredor, havia uma parte mais administrativa e entraram numa das primeiras salas, com duas cadeiras separadas por uma mesa de escritório de madeira maciça.

— E o que me traz aqui, afinal? — a vampira sentou-se na cadeira confortável de frente para a de Adora, distraindo-se discretamente com os quadros renascentistas pendurados na parede até que sua pergunta fosse respondida.

Atraída Pela NoiteOnde histórias criam vida. Descubra agora