Capítulo 34

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Se tem uma coisa que Anita tem é a intuição aguçada e o sexto sentido. E odeia mentiras.
Não importa se sejam mentiras pequenas ou grandes, o sentimento de traição é o mesmo.
E quando ela pergunta sobre algo, já sabendo a verdade, meu amigo, é melhor não mentir...
Mas o Fe mentiu, logo ele. O motivo da mentira não vem ao caso. Mas não tente enganar alguém como a Anita, pois quando você acha que a abaterá, ela se ergue e crava os dentes na sua garganta.
Ela tava puta com ele, mas odiava falar e odiava quando ele justificativa as mentiras com inocência. Inocência é o caralho!
E sim, ela gastou todo o estoque de palavrões com ele e saiu batendo a porta.
Queria chorar, mas não conseguia.
Digitou uma mensagem.
"Oi, tá no Rio?"
A resposta veio quase imediatamente. Seca.
"Depende. Pra quê?"
"Pra mim."
"Pra você eu tô sempre por perto, baby"
Combinaram de se encontrar no dia seguinte, no motel. Talvez fosse traição? Talvez. Mas ela era livre e o Felipe sabia disso.
Talvez ela estivesse sendo egoísta em mandar mensagem pra ele, tendo prometido não fazer mais, mas somente ele tinha o que ela precisava, o sexo de expurgo. E com o Pietro, ela teria isso.
Ela colocou uma meia arrastão preta, scarpins Loubotin, um vestido tubinho preto. Sem calcinha. Batom vermelho, unhas também vermelhas.
Nas orelhas apenas um brinco ponto de luz. E só. Sabia que ele cuidaria do resto.
Saiu de casa às 19:40h, com o coração batendo acelerado. Tinham combinado 20h, mas ela não contava com um acidente no caminho que lhe consumiu preciosos minutos. Droga!
Ela estacionou na garagem 20:05h. O carro dele já estava lá. Entrou no quarto um pouco trêmula.
Ele a esperava sentado na cama, todo de preto, um sorriso de canto no rosto. Olhou pro relógio e balançou a cabeça em negativa.
- Desculpe pelo atraso. Tinha um acidente no caminho.
Ele se levantou, a segurou pelo queixo e deu um selinho. A pele dela se arrepiou imediatamente.
- Você está bem?
Ela baixou os olhos.
- Não muito. Precisando de algo pra aliviar.
- E então lembrou que existo.
Ela deu de ombros.
- É.
Ele sorriu.
Se aproximou a beijando no pescoço.
- Você sabe que não vou pegar leve né?
- Sei.
- Alguma safeword em mente?
- Cereja.
Ele desceu o olhar até o ombro dela, onde tinham cerejas tatuadas.
- Boa escolha. Tire toda sua roupa. Quero você nua.
Ela obedeceu, um pouco frustrada por ele mal ter reparado na roupa.
Ele foi ate uma mala de mão, que estava sobre a mesa de refeições e tirou uma calcinha branca de algodão a entregando.
- Veste!
Ela colocou.
Ele pegou uma venda e colocou nos olhos dela.
- Vai ter que confiar em mim, baby.
- Eu confio.
Ele deu um selinho nela.
- Boa menina!
Sentiu os pulsos sendo amarrados pra trás, com uma corda natural, do tipo que se puxar, machuca. Ele era habilidoso no shibari.
Ele a guiou até perto da cama e a fez se apoiar, empinada, o rosto colado no colchão e as mãos pra trás.
Ouviu o som dos passos dele se afastando e depois retornando. Ele sussurrou no ouvido dela.
- Tenho um plug anal aqui, grande. E vou enfiar inteirinho em você. E você vai aguentar, sem reclamar. E quando estiver todinho dentro, você vai apanhar, de cinto. 3 cintadas por cada minuto de atraso, você sabe que odeio esperar!
Ela gemeu, mas não disse nada.
Ele deu um tapa forte na bunda dela, que a assustou.
- Você entendeu?
- Sim, Senhor.
Então relaxa, empina e se abre pra mim. Abaixou a calcinha dela até os joelhos
Ela sentiu o dedo dele, molhado de lubrificante a invadindo. E em seguida sentiu o plug encostando na sua entrada, sentiu o geladinho do lubrificante.
Ele forçou e ela contraiu o cuzinho, jogando o corpo pra frente. Ele a segurou firme e a trouxe de volta pro lugar.
Outro tapa.
- Eu vou enfiar todinho em você. Se você relaxar, vai ser gostoso. Caso contrário, vai doer.
Ela tentou obedecer e ele forçou. Doeu e ela gemeu alto, mas não se moveu. Ele continuou forçando, até que entrou tudo. Ele mexeu um pouco mais e a dor diminui. Ele ergueu a calcinha.
- Vai apanhar assim, plugadinha, igual a putinha que você é.
- Vc chegou aqui 20:07h. Vou ter dar 21 cintadas e quero que conte cada uma.
- Eu não cheguei 20:07h, cheguei 20:05h.
Ele a segurou pelos cabelos.
- Vai discutir comigo? Pois agora eu vou arredondar pra 30 cintadas.
Ela achou melhor ficar quietinha.
E ele começou a bater, forte. E ela a contar.
Ele batia sempre com a mesma intensidade, mas alternava os locais, ela nunca sabia onde ele ia bater novamente.
Na vigésima cintada ela sentia a pele pegar fogo e as lágrimas descendo pelo rosto, molhando o lençol. Mas não pediu pra ele parar.
Quando ele acertou a trigésima e largou o cinto, o corpo dela tremia e ela soluçava.
Ele abriu a calça e a tirou com a cueca, de uma vez, tirou a camisa. Ergueu o corpo dela e a colocou de 4 na cama.
Beijou-lhe o rosto coberto de lágrimas.
- Já passou. Vou te comer gostoso agora.
Se posicionou atrás dela e socou sem dó. Ela estava encharcada, pingando. O plug no cuzinho, deixava a buceta ainda mais apertada e gostosa.
Ela gemia alto a cada estocada, estava louca de vontade de gozar. Ele percebeu e a agarrou pelos cabelos.
- Você sabe que não pode gozar sem minha permissão né?
PQP! Ela não estava mais aguentando.
- Não faz isso...Não estou aguentando.
- Claro que faço. Se me desobedecer apanha de novo, no mesmo lugar onde bati e vamos embora.
Porra! Ele jogava sujo.
Ela tentou pensar em qualquer outra coisa. Focou na raiva que sentia do Felipe e conseguiu se segurar.
Ele tirou o pau da buceta. Tirou o plug, a fazendo gemer e socou o pau no cuzinho dela. O pau dele era bem maior que o plug e ela tentou jogar o corpo pra frente.
Em resposta recebeu uma tapa em cada lado da bunda.
- Quietinha pra mim.
Ele metia forte, a fazendo gemer. Ele avisou que ia gozar.
- Vou gozar gostoso em vc, baby.
E com uma gemido mais forte derramou toda a porra dentro dela.
Saiu de dentro dela, a beijou no pescoço e tirou a venda.
Ela o olhou, com uma olhar de indagação. Ele não ia deixá-la gozar?
- Já volto. Você não saia dessa posição.
Ela o ouviu no banheiro e ele voltou em seguida.
- Fica de 4 de novo e empina.
Ela obedeceu.
Ele pegou o plug e forçou novamente no cuzinho dela.
- Não, não quero!
- Shiu. Quem decide sou eu. Ou é assim ou vc não goza. Empina.
Ela empinou bem a bunda e deixou ele colocar o plug. Incomodou, mas doeu menos agora, que ele já a tinha fodido ali.
Ele pegou um travesseiro e jogou pra ela.
- Agora com a boa cadelinha que você é, você vai se esfregar gostoso nesse travesseiro até gozar, plugadinha, enquanto eu assisto.
Ele sabia que ela sentia vergonha de se masturbar dessa forma, ainda mais na frente dele. Mas também sabia que era assim ou ele não a deixaria gozar.
Começou com movimentos lentos e de forma tímida. Ele a mandava ir mais rápido. Ela sabia que gozaria logo assim, mas também sabia que precisava da permissão dele.
E ele sabia jogar com o psicológico dela.
- Tá com vontade de gozar, minha putinha? Tá?
Ela apenas concordava com a cabeça.
- Mas não pode ainda. Só pode quando eu deixar. É ruim né? Ter que ter autorização pra obter o próprio prazer. Mas você é MINHA! E precisa da permissão do seu Dono.
- Vai, se esfrega mais rápido!
As lágrimas de frustração começaram a descer pelo rosto, ela queria e precisava gozar.
- Por favor, Dono. Por favor.
E com um sorriso de satisfação no rosto, ele autorizou.
- Goza, goza pra mim, baby.
Ela sentiu o corpo convulsionar, o orgasmo vindo em ondas, a inundando. Sentiu o corpo relaxado e leve. E chorou. Um choro de alívio.
Ela precisava dele. Precisava dos tapas, do cinto, do orgasmo. Ela tinha que admitir, o lado escuro dela, só ele conhecia.

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