Capítulo 23

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Se eu me sentia um grande sortudo por tê-la ao meu lado na noite anterior, depois da notícia da sua gravidez eu me considerava o cara mais sortudo do mundo.

Sempre sonhei em ser pai e descobrir que a mulher que e tanto amava estava esperando um bebê, fruto do nosso amor, despertava em mim o mais singelo dos sentimentos.

Minha paixão por crianças era tanta, que alguns anos atrás resolvi ser doador em um orfanato de Nova York. Contribuía financeiramente com o lugar e pelo menos uma vez por semana, passava por lá para deixar um pouco do meu amor para tantas crianças que ansiavam por atenção.

Apesar de eu saber quanta beleza havia por trás dessa atitude, nunca deixei que nenhum dos meus conhecidos soubesse sobre esse meu lado. Não era algo que eu fazia para aumentar meu ego, era simplesmente por amor.

Depois que mudei para São Francisco, continuei com a ajuda financeira, mas as visitas haviam sido interrompidas. Não tinha como negar que sentia falta do abraço inocente daquelas crianças.

Abraçado a Sofia, eu pensava em como aquela notícia havia chegado em total surpresa. Nem um sintoma, nem um sinal...Sofia fez um bom trabalho em esconder os dias de atraso. Segundo ela própria, gostaria de ter certeza antes de levantar qualquer alarme falso.

A verdade é que aquela havia sido a melhor surpresa da minha vida.

Como nem tudo é só alegria, depois da notícia ainda precisei lidar com uma Sofia chorosa. O motivo? Ela estava com medo!

Eu não me sentia muito diferente dela, e apesar da felicidade em descobrir que seria pai, temia agora mais do que nunca em relação às atitudes de Derick.

Tão logo soubemos que Mônica e Hugo desembarcaram, ligamos para contar-lhes a novidade. Era certo que Mônica já sabia. Eis o motivo da sua empolgação na sexta-feira.

Hugo por sua vez me parabenizou, mas pude notar pela chamada de vídeo seu olhar repreensor. Ele sabia, tanto quanto eu que São Francisco devia ser deixada o mais rápido possível.

...

— Casa comigo? — pedi depois de terminarmos o café da manhã. — Na verdade, não foi assim que imaginei isso, mas eu não vejo momento mais propício. — falei.

Sofia depositou na bancada as xícaras que seriam levadas à pia e segurando meu rosto, colou nossos lábios. Seria aquela a resposta para a minha pergunta?

Respondi ao seu beijo, trazendo-a ainda mais próxima a mim. Nossos lábios foram minimamente afastados por ela, apenas para responder a pergunta que eu acabara de fazer.

— Sim! Eu caso com você.

Sorri com sua resposta enquanto notava o mesmo sorriso presente em seus lábios.

Beijei-a mais uma vez, até que o ar nos faltasse. Sem que Sofia esperasse, tomei-a em meus braços e segui com ela até a cama, aninhando-a calmamente sob os lençóis daquele lugar.

Diferente de todas as outras vezes, aquele momento era íntimo demais para ser apreciado de maneira urgente. Na verdade, não havia pressa, não havia urgência.

Eu a queria e ela me queria. Aquilo bastava!

Deslizei minha boca por todo o seu corpo, enquanto minhas mãos tocavam as outras partes descobertas depois que a camisola branca foi tirada de seu corpo.

Eu a via arfar entre meu toque, enquanto pronunciava meu nome de maneira ofegante. Aquilo era um incentivo para que eu continuasse.

Eu constatava mais uma vez, que nenhuma palavra precisava deixar nossos lábios naquele momento. O corpo de Sofia reagia ao meu, tanto quanto meu se mostrava sensível a cada toque daquela mulher.

SOFIA, meu doce perigo (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora