Capítulo 22

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Depois da conversa que tive com Hugo, deixamos o bar e partimos rumo ao encontro das meninas, que permaneciam no shopping. Sentia-me mais animado depois de ter compartilhado aquela angústia com alguém.

Apesar do meu bom humor naquele momento, não consegui ignorar o olhar assustado de Sofia assim que as encontramos.

Enlacei sua cintura e a trouxe para perto, depositando um beijo casto em sua testa. Não foi difícil perceber que ela havia chorado, o que me causou certa preocupação.

— Está tudo bem? — perguntei próximo ao seu ouvido.

Sofia assentiu e circulou minha cintura em um abraço apertado.

Mônica por sua vez, mostrava-se muito mais animada que a mulher agarrada a mim, o que de certo modo me tranquilizou. Não devia ser nada sério.

Decidimos jantar antes de voltar para casa.

Vez ou outra eu notava Sofia alheia à tudo aquilo. Eu já a conhecia o suficiente para saber que havia algo errado com ela! Optei por esperar que chegássemos em casa para insistir sobre o assunto, mas assim que adentramos no apartamento, Sofia foi para o quarto alegando que estava com dor de cabeça.

Permaneci por mais algum tempo na sala junto a eles, e tão logo consegui sair sem parecer mal-educado, despedi-me e também segui para o quarto. Assim que a porta foi aberta, uma Sofia que dormia calmamente me foi revelada.

Acordei no meio da noite com a mulher aninhada em meu peito. O cheiro doce que exalava, fazia-me mais uma vez ter a certeza do quanto eu era feliz por tê-la ali.

Sofia era sem qualquer sombra de duvidas uma mulher linda! Os olhos cor de mel, contrastando com o cabelo escuro e a pele clara, faziam-na uma pintura perfeita. Eu era um grande sortudo por tê-la ao meu lado.

Essas não eram nem de longe as únicas características dela que chamavam a minha atenção. A mulher era alegre, doce e quente. Muito quente! Uma combinação perfeita que fazia com que eu me apaixonasse cada dia mais.

Afagando seus cabelos lembrei da conversa que tive com Hugo. Por algum motivo, lá no fundo, Sofia gritava problema e eu não me importaria com isso, não fosse pelo fato de começar a temer por ela.

Depois de conversar com meu amigo, havia em mim a certeza de que precisava protege-la. Na verdade, desde que meus olhos encontraram os seus, senti a necessidade do cuidado, e lembrar de Derick colocando as mãos imundas nela, sem sua permissão, dava-me ainda mais razões para tomar uma atitude definitiva em relação a nós dois.

Nova York talvez não fosse a melhor opção para mim, mas ligaria para Fabrizio e com sua ajuda, encontraria um bom emprego em minha área e mesmo que o destino não fosse minha ultima cidade, qualquer coisa seria melhor que São Francisco naquele momento.

Por sorte, fui vencido pelo sono e acordei somente quando os raios do sol já invadiam o quarto. Pude ouvir as vozes animadas vindo da cozinha. Pelo jeito, eu era o único que permanecia na cama naquele momento.

Juntei-me a eles no café da manhã. Sofia se mostrando muito mais animada do que na noite anterior.

...

Era final da tarde quando deixamos o apartamento para acompanhar Hugo e Mônica até o aeroporto. Nossos amigos voltariam para Nova York, o que causava uma sensação de tristeza.

Por um momento desejei puxar Sofia para dentro do avião e juntos deixarmos aquela cidade sem olhar para trás. Eu precisava conversar com ela o mais rápido possível. Pensar nisso, fazia meu coração se apertar de certo modo.

Eu não fazia ideia de como aquela proposta a atingiria. Não havíamos conversado sobre o assunto e por um momento, comecei a temer toda aquela situação. Por um momento senti medo de perdê-la.

SOFIA, meu doce perigo (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora