Capítulo 41

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Os últimos três meses haviam sido de muitas descobertas. Matthew se mostrava cada dia mais esperto. Minha relação com Sofia inexplicavelmente conseguia estar ainda melhor, assim como minha amizade com Joseph, que aos poucos era reconquistada.

Eu era mais do que grato pelo rumo que minha vida havia tomado.

A oportunidade de voltar para a Celebrity veio na hora certa e diferente da Infox, onde eu me sentia um verdadeiro peixe fora da água, a Celebrity era sem dúvidas a minha casa.

...

Eu terminava de vestir a roupa em Matt, que, com seis meses se mostrava bem mais agitado, dificultando as coisas para nós.

— Adam, se demorar muito, chegaremos para o jantar. — Sofia falava irritada.

— Calma amor. — pedi. — Se duvidar, ainda dá tempo de namorarmos um pouquinho. — percebi-a revirando os olhos antes de se retirar do quarto. Não consegui evitar o sorriso. — Não faz assim linda, caso contrário, terei que cancelar nosso almoço. — falei brincalhão.

Eu continuava a arrumar Matthew, dessa vez vestindo o pequeno sapatinho quando Sofia entrou como um furacão, depositando as mãos em meu peito e me empurrando até que minhas costas tocassem a parede. Senti seu hálito quente no meu ouvido e inevitavelmente arrepiei com o toque.

— Você gosta de me provocar em momentos impróprios, não é. Agora...vamos ter que cancelar o almoço. — falou simplesmente.

— Sofia, olha o Matt, ele vai cair da cama se o deixarmos sozinho.

— O Matt está bem quietinho. — falou, mordendo delicadamente a minha orelha.

— Ah, é? — Virei-a, fazendo com que suas costas tocassem a parede, imprensando-a com meu corpo. — Acho que não sou o único que gosta de provocar. — Devolvi, enquanto meus lábios encontravam seu pescoço, alternando entre beijos e mordidas, arrancando um sorrido dos lábios da mulher que eu amava.

Não pudemos dar continuidade às nossas provocações, pois meu celular notificou uma mensagem de Joseph reclamando da nossa demora.

A verdade é que eu amava o jeito provocante de Sofia e como ela conseguia transformar tudo em uma brincadeira leve e apaixonante. Nossa sintonia ia muito além de quatro paredes. Sofia era meu porto-seguro e eu sabia que enquanto a tivesse do meu lado, tudo estaria bem.

...

De mãos-dadas chegamos aos fundos da casa de nossos amigos. Hugo, Mônica, Liz e Joseph, já sentados na mesa, estrategicamente colocada próxima à piscina.

Alguns minutos depois e Matthew já havia sido levado próximo à piscina para brincar com Felicity que estava sob a vigilância da babá, o que possibilitou certo descanso aos adultos.

— Adam sempre foi o mais estudioso de nós três. — Hugo falava animado, enquanto nós três, um por um, tinha sua vida universitária revelada às mulheres.

— Mas é obvio. Vocês dois é que só pensavam em festa.

— Ah, tá ok. Você era o mais estudioso, mas também era o mais namorador de nós três. — Hugo continuava com suas revelações.

— Não senhor. Joseph sempre foi o mais namorador de nós três, mas você Hugo, sempre foi o que deixava as mulheres de coração partido.

— Ele nunca me contou isso. — Era Mônica quem entrava na conversa dessa vez.

— Amor, vai acreditar no que esses caras estão falando? Até parece que não me conhece.

— É exatamente por te conhecer que eu não duvido que isso seja verdade.

A risada foi unânime depois da revelação de Mônica. Hugo sem dúvidas era o que mais partia corações na adolescência e pelo que sei, depois dela também.

Apesar de toda aquela diversão, existia algo que eu gostaria de fazer naquele momento, então, sem pedir permissão, levantei-me e pedi a atenção de todos, segurando a mão de Sofia para que ela também se levantasse, para que eu pudesse dar início ao que eu gostaria de falar.

— Pessoal, eu quero interromper um minuto do nosso almoço, porque eu preciso falar algo. Primeiramente quero dizer, como é bom estar aqui hoje. Sinceramente...eu não fazia ideia do quanto sentia falta de estar com vocês, e sou grato por termos de alguma maneira nos reencontrado, muito mais maduros do que há oito anos. Vocês dois são meus irmãos. — afirmei oferecendo um leve soco na mão de cada um.

— Vocês são os irmãos que eu nunca tive. — Foi Joseph quem se manifestou dessa vez.

— É isso aí irmão. — concordei com ele. — Então, por estar aqui diante dos meus irmãos e dessas mulheres tão bacanas, que passaram a caminhar junto com esses três cabeças-duras, eu quero abrir mais uma vez o meu coração.

Sofia me olhava com a sobrancelha levantada, esperando o que viria. Segundo ela própria, eu estava mais engraçado nesses últimos tempos. Constatei que essa influência vinha da convivência com Hugo, e apesar de achar meu amigo um verdadeiro comediante, eu não me importava com aquela comparação, pois sabia que aquilo era resultado de um Adam livre.

— Sofi, eu sei que já te pedi em casamento duas vezes, mas com a mudança, o nascimento do Matt e tantas outras coisas, acabamos deixando de lado esse momento. — suspirei. Por alguma razão eu estava muito nervoso. — O que eu quero dizer, é que não consigo mais esperar. Você é o meu amor, e apesar de já compartilharmos a vida, não vejo a hora de selarmos essa união, então...— olhei para todos com cara de suspense. — eu marquei a data. Daqui a três semanas.

Sofia levou a mão na boca, assustada com a minha revelação.

— Então, amor. Você aceita se casar comigo daqui há três semanas?

O espanto atingiu a todos. Eu estava sendo precipitado? — pensei — Não. A verdade é que já deveríamos ter feito isso há muito tempo.

— Eu aceito, Adam! — senti-a jogando os braços em volta do meu pescoço, sem que conseguíssemos evitar o beijo afoito que foi desencadeado.

— Ei, ei...tem crianças aqui perto, ok. — Hugo como sempre, não perdendo a piada.

Nos afastamos minimamente, e ainda com os olhos fechados declarei a ela o meu amor.

— Eu te amo!

— Também amo você.

— E vocês... — apontei na direção dos quatro. — Serão nossos padrinhos de casamento!

— Opa, aí sim!

Um por um foi deixando seu lugar e nos abraçando em seguida. Os desejos de felicidades ali eram genuínos. Eu estava onde gostaria de estar e com quem eu gostaria de estar. Não havia como a minha felicidade ser mais completa.

...

Antes de voltarmos para casa, ainda desfrutamos de uma partida de vôlei na piscina. Três contra três. Mônica e Hugo tendo que ser divididos — com a desculpa de que eram os únicos que não tinham filhos —, então, eu e Sofia dividimos nosso lado da piscina com Mônica, enquanto Hugo fazia parte do time de Joseph e Liz.

No final, já não sabíamos quem estava na frente, já que Hugo sempre achava um jeito de burlar o jogo. Empate! Essa foi nossa decisão quando a luz dos refletores já ocupava o lugar do sol na iluminação do lugar, e as crianças já estavam dentro de casa há algum tempo.

Era hora de voltarmos para nossas casas. Dessa vez com as lembranças de uma tarde de domingo muito mais animada do que muitas das minhas tardes solitárias antes de conhecer Sofia.

 Dessa vez com as lembranças de uma tarde de domingo muito mais animada do que muitas das minhas tardes solitárias antes de conhecer Sofia

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SOFIA, meu doce perigo (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora