🄰🄻🄿🄷🄰🄱🄴🅃 🄱🄾🅈 - Akaashi Keiji -

Capítulo 25

Um adeus:

{S/n}

- Como assim?- Perguntei confusa enquanto puxava a cadeira.

- Preciso contar algo- Akaashi levou as mãos até os olhos, ele parecia lutar contra algo, como se tentasse achar uma maneira no meio de tanta confusão.

- Akaashi- Murmurei sentando, estava confusa e preocupada, pelo tom do Akaashi parecia algo sério- Se é sobre oque meus pais falaram, pode ficar calmo- Mostrei um sorriso forçado na tentativa de acalmar a situação- Não precisa ouvir eles.

- Não é isso- Akaashi diz voltando a olhar para meus olhos- Eu não consigo mais mentir para você.

- Oque você quer dizer?- Sussurrei, ele estava estranho e isso só me deixava cada vez mais preocupada.

- Eu menti para você- Murmurou, nosso contato visual foi quebrado assim que terminou de falar- E te enganei.

Oque estava acontecendo? Por que Akaashi estava falando aquilo?

Essas perguntas não saiam da minha cabeça, meus lábios tremiam e meus dedos começaram a soar. Algo em mim implorava para que saísse dali correndo ou só para parar de falar, não queria ouvir mais nada, sei que só me magoaria pelo jeito que ele falava, pelo seu tom e suas expressões.

- Sei você odeia mentiras e que não vai me perdoar- Akaashi cruzou os dedos em cima da mesa.

- Akaashi, você tá me preocupando- Murmurei com minha voz falha- O que esta acontecendo?

- Sua mãe me pagou- Akaashi diz e senti minhas pernas tremerem.

- Para me dar aulas, eu sei- Disse forcando um sorriso, estava com medo de onde aquilo podia ir.

- Não é isso- Akaashi respirou fundo tomando coragem- Ela me pagou para eu me envolver com você.

Meu mundo caiu, senti que o chão não estava mais ali, minhas mãos soavam e não pude evitar de morder o lábio.

Aquilo tudo tinha sido mentira, todas as palavras, as ações e até os toques? Tudo foi pago pela minha mãe, foi a primeira vez que ela conseguiu isso, por isso toda aquela conversa no escritório do meu pai. Não estava acreditando, sei que minha mãe era capaz, mas pensar que o Akaashi fez tudo isso por dinheiro, me deixou magoada.

- Não...- Deixei que meus braços caíssem para o lado do meu corpo- Não pode ser real.

- Eu não consegui mais mentir- Akaashi me olhou como se implorasse para que eu o perdoasse- Mas eu realmente gosto de você, nada do que eu disse foi mentira.

- Para- Disse levantando, afastei a cadeira e peguei minha mochila.

- S/n, por favor-

- Chega, Akaashi- Disse contendo as lagrimas- Você sabia que eu odiava mentiras e mesmo assim mentiu para mim- Podia sentir meus olhos arderem- Você mentiu em todos os momentos, até quando me tocou?

- Não- Akaashi levantou rapidamente- Eu realmente estou apaixonado por você, e, só te toquei depois que tive certeza que gostava de você, nunca brincar ia com isso.

- Chega- Dei as costas para ele, só queria ir embora, sumir daquele local e nunca mais ver seu rosto.

Cheguei em casa e fiz questão de bater a porta, larguei as chaves do carro no potinho e subi os primeiros degraus com passos firmes. Só conseguia pensar na expressão magoada e arrependa do Akaashi, mas mesmo assim não me deixaria levar, ele fez algo que sabia que odiava.

- Filha, por que está pisa do forte assim?- Minha mãe aparece no final da escada com meu pai do seu lado, me virei parando na metade da escada.

- Por que será?- Ergui meu tom, as lágrimas caindo pelo meu rosto, tão salgadas que me deixavam com nojo- Você não faz ideia mãe?

- Filha, por que está chorando?- Seu tom soava preocupação, soltei uma risada forçada balançando meus braços.

- Mas tem que ter muita cara de pau mesmo- Disse rindo, não acreditava que ela podia ser assim- Você, minha própria mãe não tem limites.

- Do que está falando?- Meu pai perguntou com um tom serio.

- Vocês não se lembram?- Questionei sorrindo- Então, me deixe refrescada sua memória- Mostrei um sorriso erguendo as mãos- Vocês pagaram o Akaashi para fingir ter sentimentos por mim.

- Filha...- Murmurou minha mãe levando as mãos  ate a boca- Desculpa.

- Não me venha pedir desculpa depois de fazer novamente algo que tenta a anos- Interrompi com raiva, odiava essa falsidade dela.

- Só queria que você sentisse algo por alguém- Tentou se explicar, ela parecia ansiosa e preocupada, mas não arrependida.

- Pare- Ergui meu tom chamando atenção do meu pai.

- Abaixe seu tom, você está falando com seus pais- Meu pai me interrompeu furioso.

- Depois disso...- Subi o resto dos degraus e os olhei por cima do ombro- Nem considero vocês meus pais.

Caminhei na direção do meu quarto escutando eles me chamarem sem parar, meu pai estava furioso pelo seu tom, já minha mãe parecia triste. Abri a porta do meu quarto e logo a bati, me joguei na cama e deixei que meu choro me dominasse, deixei que todas as lágrimas descessem sem parar.

Eu sinto tanta dor no peito.