Oii
Quero atentar vocês sobre os possíveis gatilhos nesse capítulo:
⚠️ ansiedade
⚠️ conflito familiar.Boa leitura e cuidado <3
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"aquela sombra obscura que me engole" - blue and grey, bts.
TAEHYUNG
O sol quente da manhã de sábado beijava minha pele enquanto eu andava pelas ruas da cidade. Estava um dia tão bonito que preferi vir a pé até o restaurante. Na verdade, eu sempre opto por ir a pé seja qual for o destino, mesmo meu pai tendo me dado um carro quando fiz 18 anos. Ele está lá, mofando na garagem do prédio. Ele não pode saber disso nem em um milhão de anos.
Gosto da primavera. Deixa o dia tão bonito e aberto, com nuvens e céu azul, árvores floridas e verdinhas. Sinto como se a estação refletisse o que está dentro de mim. Então, eu diria que estou primavera.
Aposto que meu pai vai estragar meu humor de primavera com a mesma ladainha de sempre. Ele sempre marca esses almoços quase toda semana, desde que saí de casa. Olhando assim, aparenta ser apenas um pai querendo manter contato com o filho querido. Mas, está enganado! O que acontece, é que meu pai insiste que eu largue a faculdade e a ideia absurda de ser um "escritorzinho" de lado, e assuma a presidência da sua empresa que batalhou tanto para deixá-la no patamar que está hoje. Suas palavras.
Eu não sirvo para isso. Ficar o dia todo atrás de uma mesa sem graça, lidar com pessoas monótonas e sem paixão, com clientes rabugentos e grosseiros. Não mesmo. Agora, imagine: ter o dom e a habilidade de criar mundos, pessoas, amores e maldições, tudo com apenas uma munição. Uma caneta. Ou um computador, quem sabe. Qual dos lados pesa mais?
Contudo, ele não me entende. Nunca entendeu. Talvez, nunca entenda. E eu não o culpo, às vezes nem eu mesmo me entendo. Mas eu gostaria que ele fizesse ao menos um esforço para isso. Penso nisso enquanto o olho pelo vidro do restaurante que marcamos, grande e renomado, como sempre. Meu pai gosta de atenção, por isso escolheu justo a mesa do centro para se sentar. Patético.
Empurro a porta e entro, sendo recebido por uma simpática e bonita moça. Digo que já tem alguém à minha espera, e ela me deixa livre para ir até lá. Pensando bem, não sei se queria ir até lá.
— Oi, pai. — digo ao me sentar na cadeira à sua frente. Ele me olha com aquela expressão de sempre.
— Que bela maneira de cumprimentar seu pai que não vê há semanas.
— Eu sei. — sorri sem olhá-lo, pegando o cardápio em cima da mesa. Eu nem lia nada, eu só não queria olhar para sua expressão reprovadora.
— Hum... Então, como andam as coisas?
— Você quer mesmo saber?
— Claro.
— Vão muito bem, pai. Nunca estive tão bem.
Ele assentiu, pressionando sua mandíbula levemente.
— Sua mãe sente sua falta.
— Vou visitá-la quando estiver com tempo livre da faculdade. Mas ela bem que poderia vir aqui também...
— Sua mãe é ocupada, filho, você sabe.
Um garçom chegou na mesa perguntando o nosso pedido. Pedi o primeiro que bati o olho.
— Eu sei, mas ela poderia arranjar tempo pra mim, assim como eu vou arranjar para ela, que saco... — murmurei, cruzando os braços. Meu peito começou a apertar. Droga, Taehyung... Aqui não.
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até o último suspiro
Fanfictiontaekook | ☕︎ Num dia chuvoso e cinza, Taehyung esbarrou em um garoto aos prantos. Curioso em relação a ele, o convida para tomar um chá quente. Esse ato, inocente e despretensioso, desencadeia uma cadeia de sensações, experiências e sentiment...