8.

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Oi!
Mais um capítulo pra vcs
Mas, atentem-se: esse é um capítulo ponte, então pode ser que esteja meio parado, mas não deixa de ser bom de ler. O próximo será muito importante para o enredo e quero que se preparem >:)

Beijo, boa leitura

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"onde as pessoas são leves, onde as pessoas são estrelas" - mikrokosmos, bts.

JEONGGUK

Da janela da cozinha é possível ver a rua deserta nesta manhã sem graça de um sábado. O céu nublado e o vento fresco que agitava as árvores dava um cenário esquisito, que me deixava de estômago embrulhado.

Mas é provável que não seja por conta do dia feio que meu estômago gira fortemente, enquanto estou apoiado na pia da cozinha. Sinto que posso vomitar as tripas do tanto que está girando. O pior de tudo é que na maioria das vezes, não vomito nada. Meu estômago só gira e gira e me faz ter um puta mal estar, mas não sai nada. 

Adicionando a essa merda toda, minha cabeça não para de latejar. É como se eu pudesse ouvir o sangue que viaja nos meus vasos sanguíneos cerebrais. Isso é um saco. 

— Kook? O que foi? — Jimin apareceu na cozinha com a cara toda amassada. — Está se sentindo bem? 

— O que você acha? — engoli em seco, apertando o mármore frio da pia entre as mãos. 

— Você tomou os remédios? 

— Eu ia tomar... se eu não começasse a passar mal antes disso, eu já teria tomado... — apertei os olhos, sentindo uma tontura começar a aparecer. 

Os braços de Jimin agarraram os meus, me guiaram para a cadeira da pequena mesa da cozinha e me sentei ali. A tontura aumentou. 

— Aqui, toma. — escutei Jimin falar e colocar algo em cima da mesa, provavelmente os remédios. — Abre a mão, Kook. 

Ele colocou os comprimidos na minha mão e os joguei na boca, pegando com certa dificuldade o copo de água na mesa e bebendo tudo num gole. Senti-os rasgar minha garganta ao descer. 

Com a cabeça apoiada nas mãos, esperei os remédios darem efeito. Jimin ficou do meu lado, afagando meu ombro e em silêncio, apenas ouvindo minha respiração alta e ofegante. De certa forma, isso me ajudou a me sentir bem. Os afagos de Jimin sempre me deixam bem. 

— Melhor? — ele perguntou baixinho, depois de um tempo.

— Melhor. — suspirei. 

As ondas de enjôo perdiam a força conforme os segundos passavam. 

— Eu odeio isso. Odeio. 

— Eu sei. 

— Eu me odeio. — minha voz falhou, escondi o rosto entre as mãos. 

— Kook-

— Eu me odeio por estar doente. Odeio o fato de não poder escolher viver. Odeio o Taehyung... odeio ele por ter me feito apaixonar por ele. Eu odeio... — cuspi as palavras, sentindo minha garganta arder. 

— Jeongguk, levanta. — Jimin disse com a voz firme. 

Olhei-o confuso e com os olhos molhados, mas me levantei sem questionar. Ele me puxou para a sala e me fez sentar ao seu lado no sofá. Jimin me encarou com seus olhos pequenos e expressivos, e uma expressão firme que não combinava com seu rosto. 

— Não diga essas coisas. Não é culpa sua, nada disso é. 

— Não é? 

— Claro que não. — ele sorriu. Abaixei o olhar.

até o último suspiroOnde histórias criam vida. Descubra agora