até o último suspiro

11.

oi :)  mais um cap pra vcs

a típica frase que eu coloco nos começos de cap está aqui, mas não me lembro de qual música eu tirei, então peço que se caso lembrem, digam nos comentários pf, para eu colocar ao lado.

é isso, boa leitura <3

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"eu queria dormir em paz, intoxicado com a sua doce essência."

TAEHYUNG

Seus olhos estavam atentos a TV, refletiam a sua luminosidade e ficavam tão brilhantes que me deixavam sem ar. Seus lábios se moviam junto das falas do filme, se curvando num sorriso toda vez que Tony Stark aparece em tela. A luz da tela banhava os seus traços faciais, destacando tudo o que eu sempre admiro quando ele está assim, distraído.

Enquanto o observo, mesmo sentindo o bater do meu coração mais acelerado apenas por vê-lo, minha mente viajava para os dias anteriores e em como foi uma tortura manter o sorriso enquanto estava ao seu lado no hospital. Por dentro, uma ventania com chuvarada, cheia de pedras e aços que se quebraram das casas. Por fora, um sorriso carinhoso que tentava confortar o garoto assustado ao meu lado.

Depois de chegar em casa, no dia do nosso encontro no parque, após ficar ao seu lado a tarde toda, dando-lhe carícias e beijos para fazê-lo se sentir amado e menos aflito, sentindo-me como um balão que se enchia de um ar pesado a cada segundo que passava dentro daquele quarto de hospital... explodi. Só foi preciso fechar a porta do meu apartamento que o ar escapou do balão num estouro alto, agudo e assustador.

Fui pego no flagra quando ele vira seu rosto e me olha, com os mesmos olhos brilhantes e iluminados. Ele abre um sorrisinho, começando a acariciar minha perna que estava em cima da sua.

— Tae... — ele murmurou com a voz rouca.

— Hum?

— Pare de me encarar.

— Não estou te encarando.

— Está sim. — ele ergueu as sobrancelhas e eu sorri.

— Algum problema com isso, Jeonggukie? — perguntei arrastando as palavras. Jeongguk me encarou, distribuindo seu olhar entre meus olhos e minha boca. Deixei escapar um suspiro.

— Eu fico tímido.

Ri nasalado, aproximando nossos rostos um pouco mais. Podia sentir sua respiração pouco acelerada bater contra a minha, deixando-me meio zonzo. Aproveitei nossa proximidade e observei os seus olhos, tão escuros e tão brilhantes. Olhar para eles é como observar a noite estrelada de um céu sem nuvens, sendo possível ver toda a imensidão do universo. É como um mundo particular que vive nos seus olhos. Não é justo o fato de eu não poder admirar esse mundinho para sempre.

— Tae? O que foi, você tá chorando? — ele perguntou exasperado, de repente, e só aí notei que estava chorando. Sequei meu rosto molhado, afastando-me um pouco do seu corpo.

— Não, não estou, Jeonggukie. — abri um sorriso torto, tentando fazer sua expressão aflita sumir. — Não é nada, não se preocupe.

— Tae... por favor. Fala comigo. — ele pediu, em tom de súplica, e isso fez meu coração apertar mais ainda — É por minha culpa?