Capítulo 5

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ANA POV:

Não havia palavras para descrever o quanto eu odiava segundas-feiras. O dia havia sido corrido e tudo começou quando o maldito do meu professor atrasou e ele se achou no direito de extrapolar 40 minutos do tempo de aula para conseguir repor seu atraso e com isso passei o dia todo morta de fome, já que não tive tempo nem de mexer na minha marmita se eu não quisesse chegar no estágio atrasada. Como se não bastasse, passei o dia todo com dor de cabeça por ter me alimentado mal.

- Graças a Deus, esse dia tá acabando! - eu disse me deitando no sofá, ouvindo a risada da Larissa na cozinha.

- O dia foi tão péssimo assim?

- Demais e olha que é só segunda! Nem quero ver o resto da semana! - me levantei - Preciso tomar um remédio para essa dor de cabeça urgente! - levantei e fui na cozinha pegar um comprimido de analgésico e tomei.

- Conversou muito com o jogador hoje? Porque ontem...! - ela riu e eu sorri, voltando para a sala.

- Nossa, até esqueci dele! - eu disse procurando meu celular dentro da mochila - Ele tinha me mandando mensagem cedo, mas eu até acabei esquecendo de responder!

- Como você esquece de responder o Bruninho?

- Nem minha mãe eu respondi, Larissa! Pra você ver que merda de dia eu tive hoje! - ela riu. Achei meu celular e logo abri o WhatsApp, na conversa com ele - Ele me chamou para assistir o jogo dele amanhã, no Maracanãzinho!

- E você vai!

- Não sei!

- Não foi uma pergunta, foi uma afirmação! - ri, digitando uma mensagem para ele, inicialmente pedindo desculpa pela demora para responder, explicando toda a situação e acabei concordando em ir ao jogo. Me deitei no sofá novamente esperando que o efeito do remédio acontecesse milagrosamente em 5 minutos.

- Lari? - eu a chamei de olhos fechados, sentindo minha cabeça latejar.

- Oi!

- Você precisa de ajuda com o jantar?

- Não, já estou quase terminando!

- Deixa que eu cuido da louça depois então!

- Tudo bem! - fiquei quieta mais um pouco até perceber que meu celular vibrava freneticamente - Quem é? - ela me perguntou ao me ver observar a tela, indicando uma ligação.

- Bruno!

- Atende logo, Ana! 

- Ai, tá bom! - disse e aceitei a chamada e coloquei depressa o celular no meu ouvido - Oi!

- Ei, Ana com um 'n'! - ri - Te atrapalho? 

- Não, tô de boa!

- Melhorou a dor de cabeça?

- Mais ou menos! Tomei um remédio faz pouco tempo! 

- Entendi, só te liguei para te perguntar se podia passar amanhã aí na sua casa para te entregar o ingresso!

- Ah, pode sim! Você lembra o endereço?

- Lembro sim! - sorri.

- Combinado então!

- Sua amiga vai querer ir também? Posso conseguir um ingresso para ela e para mais alguém, caso você queira!

- Calma que vou perguntar pra ela! 

- Ok! - eu me levantei e olhei para Lari.

- O quê? - ela  me perguntou.

- Você quer ir no jogo amanhã comigo? O Bruno disse que consegue mais um ingresso!

Meu Tudo - B. RezendeOnde histórias criam vida. Descubra agora