Capítulo 33

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ANA POV:

Cutuquei Bruno na cama e ele vai ele se remexer algumas vezes. Sabia que ele iria fazer cerimônia pra levantar hoje!

- Já tá na hora! - disse, o remexendo.

- Tô morrendo de sono! - comentou, coçando os olhos.

- Imaginei! - ri - Vai se arrumar enquanto eu termino de fazer o café!

- Nossa, você já tá arrumada! - disse se sentando.

- É, eu levantei mais cedo pra adiantar as coisas e também te acordar porque eu sabia que ia querer dormir mais que a cama! - ele riu.

- Bom, mas valeu a pena ontem! - neguei com a cabeça rindo.

- Não demora! - disse saindo do quarto enquanto Bruno se levantava. Enquanto passava o café, escutei ele entrar no banheiro e então, como eu ia esperar ele pra comer, resolvi ir arrumar a cama no tempo que Bruno tomava banho.

Adentrei no meu quarto e acabei sorrindo, ao reparar que ele já tinha feito isso. Então, me sentei na cama, rolando pelo feed do Instagram até meu namorado entrar no cômodo todo perfumado. Ele caminhou até mim e abaixou um pouco para me dar um selinho antes de revirar sua mochila para procurar seu pente.

Quando ele finalmente estava pronto, nós dois fomos para a cozinha tomar nosso café da manhã e meus pais apareceram por lá pra se despedir dele. Comemos juntos, mas já era hora de ir.

Peguei a mochila dele enquanto Bruno foi cutucar meu irmão para dar um 'tchau' antes de partimos. Bruno fez um sinal da cruz assim que entramos no carro e eu dei um tapa no ombro, o fazendo rir.

- Quanta agressividade!

- Você é um idiota! Eu dirijo bem e você para de ficar me zoando! - Bruno riu ainda mais e colocou o cinto. Fiz o mesmo e dei partida no carro.

- É, acho que dá até pra te contratar como minha motorista particular quando eu tiver alguma lesão!

- Se um dia isso acontecer, eu devia deixar você no meio da estrada, só pra você largar de ser bobo! - ouvi sua risada novamente e senti sua mão pousar sobre a minha coxa.

- Você não teria coragem de largar um homem ferido assim!

- Posso fazer isso até mesmo se o tal homem não estiver ferido! - ri.

- Ok, não vou nem falar mais nada porque pode dar ruim pra mim!

- Acho bom mesmo! - segurei sua mão ainda em minha coxa e seguimos caminho até o aeroporto, que não era muito longe.

O trânsito estava ameno, talvez porque ainda fosse bem cedo então facilitou que a gente chegasse mais rápido no nosso destino. Bruno estava colocou um boné na cabeça assim que saímos do carro e eu quis rir.

- Sua intenção é estar disfarçado?

- Mais ou menos!

- Sinto em lhe dizer, mas isso aí não resolve muito! - ele riu.

- Ajuda a menos pessoas me reconhecerem! - comentou, segurando a minha mão e adentramos no aeroporto.

- Não acho que vão te reconhecer fácil até porque nem é seis da manhã e todo mundo deve estar bêbado de sono para ficar reparando! - ele riu.

- Talvez você tenha razão, mas vou precaver!

Bruno foi resolver suas burocracias enquanto eu o esperei, sentada e observando o local, com pessoas indo e vindo toda hora.

- Pronto! - Bruno se sentou ao meu lado, me entregando um copo com café enquanto bebia outro. Peguei e o olhei.

- Já resolveu tudo?

- Já sim!

- É seis e meia mesmo o vôo?

- É, vai dar tempo de chegar na hora certa lá! Vamos viajar pra Suíça às oito! - assenti, bebendo o meu café.

- Oi! - uma garota nos interrompeu e nós a olhamos, toda tímida.

- Oi! - Bruno respondeu, dando um sorriso acolhedor pra ela.

- Desculpa atrapalhar, mas eu não consegui evitar de vim aqui e perguntar se você poderia tirar uma foto comigo! - Bruno riu e se levantou.

- Claro, tiro sim! - olhou pra mim - Você quer bater a foto pra gente, meu bem?

- Tá! - me levantei e coloquei meu copo no banco ao lado, igualmente Bruno fazia.

- Espera! - a garota chamou a nossa atenção - Você é a namorada do Bruno? - olhei pra ele, que se mantinha calmo e sorridente.

- É, acho que sim!

- Sim, ela é a minha namorada!

- Ai, finalmente descobri quem era então! Depois que o Bruno comentou aquelas coisas na entrevista, nós estávamos super curiosas pra saber que era a sortuda! - ri.

- No meu ponto de vista, diria que eu sou o mais sortudo da história! - Bruno comentou e eu sorri.

- Ai, que fofo! Qual é o seu nome?

- Ana!

- Prazer, Ana! Sou a Gabriela! - a cumprimentei - A gente pode fazer uma selfie, aí você pode sair na foto também! - olhei receosa para o Bruno.

Não é que eu não queria tirar a foto, mas sabia que ela iria circular pelas redes sociais e logo logo todo mundo me reconheceria e pra ser sincera, aprecio a minha privacidade.

- É, escuta Gabriela! - Bruno coçou a garganta - Não leva a mal, mas se importa se a foto for só comigo? É que a Ana não está acostumada com essas coisas e a gente também não assumiu nossa relação nas redes sociais então pode ser um pouco assustador pra ela!

- Meu Deus, claro! Me desculpa, acho que fui meio invasiva, né?

- Não, não foi! Obrigada por entender! - sorrimos.

- Então, você ainda tira a foto pra gente? - me perguntou.

- Claro que sim! - peguei o celular que ela tinha me estendido, já aberto na câmera e me afastei um pouco dos dois para um melhor ângulo. Tirei algumas e entreguei o celular novamente pra ela, que olhava atenta às capturas.

- Ficaram lindas! Obrigada e me desculpem de novo! Vou indo porque daqui a pouco meu vôo chega! - assentimos e ela logo saiu de perto.

- Te disse que seu disfarce não ia resolver de muita coisa! - comentei e Bruno riu, me entregando o café novamente e se sentando ao meu lado.

- Agora não consigo parar de pensar sobre a gente assumir nosso namoro na internet! Você já pensou sobre isso?

- Algumas vezes, mas não sei se foram muito animadoras!

- Por quê?

- Você sabe como o povo da internet é cruel, Bruno! Você sabe bem disso!

- É, eu sei, mas tem muita pessoa boa, meus fãs por exemplo, iam amar saber quem é a dona do meu coração! - ri.

- Outra hora a gente conversa sobre isso e a gente posta algo, tudo bem? - ele assentiu.

- Tudo bem, no seu tempo e sem pressão! Até porque as pessoas mais importantes pra gente, já sabem sobre a nossa relação então não tem muita que se preocupar! - concordei e ele me deu um selinho.

Escutamos seu vôo ser anunciado cerca de dez minutos depois, quando Bruno já cochilava em meu ombro depois de termos acabado de tomar nossos cafés. Nos levantamos e fomos próximo ao local de embarque dele. O vôo foi chamado mais duas vezes, indicando que já estava próximo dele partir.

- Vou sentir muita saudades suas! - comentei, abraçando ele.

- Também irei, meu amor! - ele colocou uma mecha do meu cabelo pra trás da minha orelha e me beijou.

- Vê se ganha lá e faz valer a pena essa distância toda! - ele sorriu.

- Pode deixar, vou ganhar pra você! - dei um selinho nele e então nos afastamos lentamente. Não queríamos, mas era preciso.

Meu coração se apertava cada vez mais ao ver ele cada vez mais longe, até o perder de visto assim que ele foi pra embarcar.

Meu Tudo - B. RezendeOnde histórias criam vida. Descubra agora