Capítulo 1

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ANA POV:

- Olha aquele ali! - Larissa disse me cutucando e me indicando discretamente com a cabeça um rapaz que me olhava. Ele piscou o olho para mim e eu timidamente desviei o olhar.

- Até que é bonitinho! - comentei, olhando para o mar.

- Ai, Ana! - me repreendeu - Bonitinho? Homão da porra! Vai lá conversar com ele!

- Eu não! Sabe que eu sou péssima com esse negócio de flertar e eu também não tô afim!

- Você é muito careta, credo! - Lari reclamou - Parece uma velha de 80 anos no corpo de uma jovem de 26!

- Sou mesmo! - ela revirou os olhos e eu ri - Vou ir lá na água um pouco! - minha amiga assentiu e eu caminhei até lá, me molhando.

- Ei! - tomei um susto ao sentir uma mão em meu ombro. Era o rapaz que a Larissa falava minutos atrás - Foi mal, não quis te assustar! - ele sorriu.

- Tudo bem, só não esperava!

- Estava te olhando e te achei bem linda! - sorri, constrangida.

- Obrigada!

- Sou o Arthur e você?

- Ana!

- Escuta, estava pensando se você não tá afim de sair um dia desses comigo. O que acha?

- Eu nem te conheço, moço! - ri sem graça.

- Mas é pra isso que serve um encontro, pra duas pessoas se conhecerem melhor! E aí?

- Não sei, vou pensar! - ele assentiu.

- Meus amigos e eu vamos ficar por aqui na praia até umas quatro da tarde, se você mudar de ideia, é só me chamar! - assenti e ele deu um mergulho, antes de sair.

Fiquei um tempo ali, mas logo voltei para o guarda-sol, onde Larissa estava.

-Eu vi!!!! - ela disse e eu revirei os olhos.

- Ele me chamou pra sair, acredita? Eu nem conheço ele!

- Tu não aceitou? Ana, é só ir num lugar que é cheio de gente e tá tudo certo!

- Ah, com certeza!

- Como é o nome dele?

- Arthur! - comentei, bebendo um pouco de água.

- EI, ARTHUR! - Larissa gritou para o rapaz e eu quase me engasguei com a água - ELA VAI SIM! - ele assentiu e os amigos dele o zoaram.

- Puta que pariu, Larissa!

- Você tem que aproveitar o Rio mais, Ana! - ela comentou e eu revirei os olhos, percebendo que o rapaz vinha na minha direção. 

___

Cheguei no restaurante e já fiquei morrendo de vergonha ao reparar no quão chique aqui era. O garçom nos acompanhou até os nossos lugares, que estavam reservados. Olhei em uma mesa próxima a que a sentávamos e quase soltei um grito ao perceber quem estava ali. Bruninho do vôlei trocou olhares comigo, sorri retribuindo o seu sorriso e me sentei de costas para ele.

- Aqui é bem bonito! - eu comentei e Arthur sorriu.

- Nunca tinha vindo aqui?

- Não mesmo! - eu ri.

- Eu amo vir aqui! - outro garçom trouxe o cardápio - Pode pedir o que quiser, é por minha conta! - eu assenti. Normalmente eu iria insistir em pagar, mas só de ver o preço daquelas coisas ali, eu desisti da ideia, até porque se não todo o meu salário ia por água a baixo.

Meu Tudo - B. RezendeOnde histórias criam vida. Descubra agora