Capítulo 19

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ANA POV:

Saí do estágio às pressas, estava contando as horas para aquilo terminar e justamente hoje parecia que o relógio estava contra mim. Normalmente eu demoraria de dez a quinze minutos para chegar em casa, mas com a pressa em meus passos, com um pouco mais de cinco eu já subia até o meu apartamento. Abri a porta e percebi que acabei chegando primeiro que Larissa hoje.

Corri para o banheiro, depois de jogar as minhas coisas me cima da cama e pegar a roupa que havia separado desde cedo e tomei banho. Enquanto enxaguava os cabelos, escutei Larissa gritar, avisando que havia chegado.

- Se teletransportou hoje, foi? - minha amiga comentou, rindo assim que sai do banheiro.

- Estou com pressa, então me poupe de piadas! - ela riu e eu corri para o me quarto para ajeitar o meu cabelo.

- Pedi o Davi para levar a gente no mercado, vou aproveitar para comprar algumas coisas aqui para casa também! - comentou parada na batente da porta do meu quarto - E ele disse que te deixa na casa do Bruno depois!

- Benzadeus que seu namorado tem carro, porque essa vida de andar a pé tá ficando difícil! - Larissa riu.

- Você deve chegar que horas?

- Não sei, por quê?

- É que eu vou demorar um cadinho na casa do Davi hoje, é o aniversário da irmã dele e minha sogra me chamou!

- Tudo bem, se divirta e fique sabendo que eu quero um pedaço do bolo! - ri.

 - Já imaginei! - ela comentou rindo - Já tá acabando aí? O Davi disse que daqui uns 15 minutos chega! - Lari disse olhando para seu celular.

- Já tô quase! - ela assentiu.

- Enquanto isso vou arrumar minha bolsa! - disse e saiu para o seu quarto. Acabei de ajeitar meu cabelo e corri para fazer a maquiagem mais básica que eu conhecia e peguei a minha bolsa com meu cartão, documento e outras mil e uma coisas que acaba sempre tendo na bolsa de uma mulher. Como Davi havia acabado de chegar, nós duas descemos e no caminho até o supermercado, mandei mensagem para o Bruno avisando que logo eu chegaria. 

...

Bati na porta do apartamento dele, com um pouco de dificuldade por conta das sacolas e quase morri quando quem na verdade atendeu foi a mãe dele. Bruno, você me paga!

- Boa noite! - dei meu melhor sorriso, mas no fundo eu estava morrendo de vergonha.

- Boa noite! - Dona Vera deu um sorriso acolhedor e eu tentei não surtar - Entra! - assenti e ela me deu espaço - Precisa de ajuda com essas sacolas?

- Vou querer sim! - eu disse rindo e ela pegou algumas e fomos caminhando até a cozinha - Eu só vim trazer essas coisas e ver se o Bruno tá bem!  - a mãe dele riu.

- Relaxa, Ana né? - assenti - Bruno disse que você viria, estava até começando o jantar pra gente!

- Você precisa de ajuda?

- Ah, não! Na verdade você já me ajudou e muito, porque eu estava até pensando o que eu faria com as coisas que o Bruno tem nesse armário e daí você aparece com essas coisas!  - ri, ajudando ela a tirar as coisas da sacola.

- Eu até imagino! Se deixasse, ele ia viver só de delivery esses dias!

- Com certeza, conheço a peça! - nós rimos - Ele deve ter acabado de tomar banho! - ela disse depois que ouvimos um barulho de porta abrindo mais aos fundos do apartamento.

- Tudo bem, já volto para te ajudar! - ela sorriu.

- Sem pressa! - assenti e  caminhei na direção do corredor.

Bruno ajeitava a tipoia quando dei leves batidas na porta, atraindo seu olhar para mim na entrada do quarto e vi seu sorriso se alargar igualmente o meu. Fui em sua direção e meio sem jeito conseguimos dar um abraço. Ele me abraçou e deu depositou um beijo no meu pescoço. Segurei seu rosto, o olhando e Bruno se aproximou do meu diminuindo o espaço entre nossas bocas. Eu permaneci na ponta dos pés por um tempo, mantendo nossas testas coladas. Bruno me beijou novamente e quando o ar faltou para nós dois, nos afastamos.

- Eu vou te matar, sabia? - comentei e ele riu.

- Quanta agressividade! Achei que estava com saudade de mim. O que eu fiz?

- Por quê você não me falou que a sua mãe estava aqui? - riu.

- Queria te fazer uma surpresa!

- Com certeza estou muito surpresa! - ri.

- Não deve ter sido ruim assim! - disse terminando de ajeitar a tipoia e depois foi até o banheiro e voltou com um pente na mão, tentando ajeitar o cabelo.

- Tirando o fato de eu ficar muito sem graça, tudo certo! - comentei, se sentando na cama e o observando - Isso tá ridículo, Bruno! - eu disse rindo da falha tentativa dele de pentear os cabelos com a mão esquerda. Ele riu e eu me levantei, pegando o pente da mão dele.

- Senta aí na cama, que eu vou te ajudar! - ele fez o que eu pedi e eu ajeitava seus cabelos delicadamente, parada entre suas pernas. Bruno segurava a minha cintura com a mão esquerda, apenas me observando - Para se mexer a cabeça! - eu comentei, rindo.

- Foi mal! - riu também e ele finalmente sossegou, até que eu terminasse.

-Pronto, tá bem melhor!

- Espero não estar com o cabelo partido ao meio! - ri ao ouvir seu comentário e me afastei para ele se levantar - Hum! Até que você ajeitou direitinho!

- Eu devia deixar você ajeitar ele sozinho na próxima! - nós dois rimos. Ele se aproximou de mim e me deu um beijo na testa.

- Obrigado por estar aqui!

Meu Tudo - B. RezendeOnde histórias criam vida. Descubra agora