BRUNO POV:
- Gostou do presente? - perguntei rindo ainda um pouco ofegante e Ana também riu ao meu lado.
- Nunca recebi nada igual! - ela comentou brincando.
- Entendi a referência! - gargalhamos e ela se sentou na cama.
- Precisamos ir, tenho estágio e você ainda tem treino! - bufei.
- Não queria sair daqui!
- Nem eu! - me deu um beijo e se levantou, indo para o banheiro.
- Ei! - chamei a sua atenção e ela colocou o rosto próximo a batente da porta, olhando pra mim - Você tá indo tomar banho e não me chamou? - Ana riu e fechou a porta. Me levantei num pulo e fui atrás dela.
Apesar de todas as brincadeiras, acabamos tomando um banho rápido, porque Ana tinha razão sobre nossos compromissos. Mais cedo, consegui convencer os pais dela de que íamos apenas almoçar só nós dois, para já irmos nos despedimos, já que amanhã ela iria para Minas. De fato almoçamos, mas depois disso, resolvemos passar no meu apartamento e aproveitarmos o tempo que ainda tínhamos.
Vestimos nossas roupas e eu ajeitava minhas coisas do treino enquanto a minha namorada ainda terminava de se arrumar. Quando eu terminei, fiquei olhando ela penteando seus cabelos.
- Você não tem noção de quanta saudade eu vou sentir de você! - comentei e eu vi seu sorriso.
- Também vou! - se aproximou, me beijando - Acho que não vou aguentar ficar longe de você não!
- Eu tenho certeza que não! Vamos ter que planejar isso muito bem! Não aguento ficar sem você por quase dois meses! - ela riu - Você podia ir me visitar lá, né?
- E isso por acaso não vai te desconcentrar, capitão? - ri.
- Eu sei manter o foco em mais de uma coisa!
- Hum! - ela sorriu e foi terminar de se arrumar - Já acabei aqui! Quer ir? - assenti, me levantando. Peguei nossas bolsas e a chave do carro e a Ana fechou a porta do meu apartamento.
Entramos no meu carro e ao longo do caminho fomos conversando e cantando algumas músicas da minha playlist. Deixei ela no estágio e fui para Saquarema.
- Capita! - Alan me cumprimentou ainda no estacionamento. Fomos caminhando e conversando até o vestiário, encontrando boa parte do time lá.
Guardei minhas coisas no meu armário depois de me ajeitar para o treino. Fui para quadra conversando com o Lucas e Ricardo e logo começamos com um aquecimento e depois fomos treinando cada fundamento aos poucos antes de um jogo treino entre nós mesmos.
Saí de Saquarema já estava ficando quase noite e já estava arrumado portanto nem me preocupei em passar no meu apartamento antes e fui direto para o da Ana, onde ela e sua família me esperavam para podermos sair e jantarmos.
- Bruno!!! - Ana chamou meu nome assim que abriu a porta, me abraçando, toda feliz.
- O que aconteceu?
- Eu. Passei. Naquela. Prova! - disse pausadamente, como se nem acreditasse e eu ri.
- Parabéns, meu amor! Te disse que ia se sair bem e que nem precisava de tanta preocupação! - ela riu.
- É, você disse mesmo! - segurou minha mão e eu juntei nossos lábios num beijo - Entra! - assenti e ela me puxou para dentro do seu apartamento.
- Oi, querido! - a mãe dela veio me cumprimentar e eu sorri.
- Oi, sogra! - Cristina riu e eu cumprimentei o meu sogro, que se levantou do sofá para isso. O irmão da Ana também veio me dar um abraço, bem empolgado, arrancando risos meu e da minha namorada.
- Já estamos todos prontos! - Ana me disse.
- Já podemos ir então? - ela assentiu. Ela e a sua mãe pegaram suas bolsas antes de descermos.
Antes de adentramos no veículo, tive que insistir muito para todos irmos no meu carro. Liguei o rádio um pouco baixo, porque estávamos conversando.
- Você é realmente amigo do Neymar? Afonso me perguntou e eu ri.
- Bom, eu sou sim!
- Sério? E como é ver ele jogando ao vivo e a cores?
- É legal, eu gosto muito de assistir jogos num estádio, porque dá mais emoção!
- Eu sei bem! Papai e eu fomos no jogo do Atlético com o Bragantino e a gente viu eles levantando a taça! Você perdeu, Ana!
- Inclusive, queria deixar aqui a minha indignação! - Ana comentou e eu ri.
- Me desculpa, filha! Mas você sabe bem que nem tinha como te levar pra ver o Atlético levantar uma taça antes de você vim aqui! - gargalhei.
- É, infelizmente! - minha namorada fez uma careta e eu ri.
- Você torce pra qual time, Bruno? - Afonso me perguntou e eu escutei a gargalhada da Ana.
- Nem vem zoar, atleticana! - brinquei com ela.
- Ele torce pro Botafogo!
- Sério? - Alexandre me questionou e eu assenti - Bom, acho que a gente nem tem o direito de zoar um ao outro, porque é cada aperto que passamos nesses últimos anos!
- Pode zoar ele, pai! - Ana disse, se virando para o mais velho atrás - Eu sei que você quer e o Bruno não liga!
- Ei! - disse fingindo indignação.
- Vou deixar passar hoje, mas em outra oportunidade, aguarde minhas zoações! - ele comentou e eu ri, concordando.
- Já vi que vou receber bastante zoação, conhecendo meu botafogo! - ri.
Conversamos mais um pouco antes de chegarmos no restaurante que escolhemos. Estacionei e saímos. Entrelacei a minha mão com a da Ana e fiquei observando o quanto ela e a família dela também se davam bem. Amava ver aquele sorriso no rosto!
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Meu Tudo - B. Rezende
FanfictionTalvez naquela noite eles tivessem encontrado tudo que sempre procuraram a vida inteira.