O sol e a lua sempre foram apaixonados um pelo outro.
A lua era gélida e sombria
O sol era ardente e radiante.
Verdadeiros opostos complementares.
Costumavam se encontrar no horizonte
Predestinados a nunca ficarem juntos.
Mas seu amor era tão grande...
••• Precisou de todo esse tempo para perceber que eu ainda me importo com você gênio? •••
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Parecia que o clima a noite piorava cinco vezes mais, nem mesmo um raiozinho de sol poderia passar pelas nuvens densas já que obviamente não tinha sol.
A calça jeans não parecia tão velha quanto realmente era, já era uma vantagem, a segunda pele branca e fina cobria quase todo o meu pescoço, estava frio demais, então a meia-fina grossa era realmente necessária, e como meu fiel aliado dos últimos dias, o casaco de lã vinho estava quase começando a fazer parte do meu corpo.
– Às vezes eu acho que é uma senhora idosa de setenta anos que escolhe suas roupas. – Pietro disse invadindo meu quarto e se jogando na cama.
– Fala isso só porque não pode escolher as suas próprias roupas. – terminei de encaixar o coturno nos pés. – Vamos, não queremos atrasar.
Pietro segurou minha mão e esperamos pacientemente nossos pais terminarem de se arrumar. Mamãe estava nervosa, dava para ver. Ela tinha medo que Pietro falasse alguma asneira, o que era uma coisa recorrente em casa.
Eu o achava desnecessário às vezes, mas ele era uma criança, não tinha muito dissentimento do que não se falar. Mas uma coisa era ele falar esse tipo de coisa para mim, outra completamente diferente era ele ser meio sem freio com outras pessoas.
Não tinha o que temer, ia dar tudo certo. A caminhonete parou em frente a uma casa de madeira de um vermelho desbotado, estava escuro demais do lado de fora, mas era claro como era um ambiente bem familiar. As luzes de dentro da casa estavam acessas, algumas risadas altas podiam ser ouvidas.
– Bem. – minha mãe começou. – Se comportem.
– Sempre. – eu e Pietro dissemos ao mesmo tempo.
E assim nos quatro descemos do carro. Eu estava pronta, mas é claro que Alexandra iria à frente.
– Boa noite. – mamãe disse com um sorriso imenso depois que a porta foi aberta.
– Olá. – uma voz doce disse, e uma mulher a abraçou.
– Esses são meus filhos. – mamãe apontou para nós. – E esse é meu marido. – ela enlaçou o braço com meu pai.
– Eu sou Camélia. – disse estendendo a mão para a mulher.
– Eu sou Sue, venham, entrem, está frio aí fora.
A casa era pequena, e com tantos rostos ali, ficava menor ainda. Acho que todos estavam empolgados demais em nos conhecer, Pietro se escondia o tempo todo atrás de mim me deixando ainda mais nervosa.
Eram muitas mãos para apertar, muitos nomes para decorar, mas era um bom começo, o ambiente era quente e confortável, bem diferente daquela Forks fria e nublada que conheci nos últimos dias.
