Cap-06

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De volta ao submundo, o que aquela velha quer de mim agora?!

Bakugou andou até o "escritório" em que sua mãe estava. Bateu na porta da sala e recebeu uma permissão para entrar, quando Katsuki estava prestes a fechar a porta, sua mãe jogou um enfeite de mesa, feito de vidro, em Katsuki, que desviou facilmente.

- VOCÊ TA LOUCA SUA VELHA.

- EU ESTOU MUITO BRAVA COM VOCÊ KATSUKI BAKUGOU, SEU MERDINHA DESPREZÍVEL.

- EU SOU DESPREZÍVEL? VOCÊ JOGOU UM ENFEITE EM MIM.

- Você poderia me dizer, por que CARALHOS, você anda interagindo com humanos? Sem contar nos fantasmas.

- Qual é o problema? Você mandou eu ficar perto dele até o dia da morte.

- EU MANDEI VOCÊ VIGIAR ELE SEU MERDA, NÃO VOCÊ FALAR, CONVERSA, OU DORMI AGARRADO COM ELE SEU PORRA.

- O garoto é solitário.

- Desde quando você é sentimental? Que eu saiba você é o ceifeiro mais temido.

- Posso voltar para o trabalho?

- Claro, mas, você não vai trabalhar com o Izuku, pedi para o Todoroki mudar com você, você irá trabalhar com a Momo.

- O QUE? VOCÊ TA LOUCA.

- Por que ficou com raiva? É só um trabalho, ele nem vale a pena.

- Ele... Ele não é um caso perdido, eu posso cuidar disso.

- Não, Shoto já está indo para lá, e você mocinho cuidará imediatamente da senhorita Momo.

- SUA VELHA MALDITA.

Katsuki saiu batendo a porta com força. Decidiu não ir na casa do esverdeado mais, pois achava que o deixaria triste.

Já o esverdeado ainda estava na casa de Uraraka, tinha voltado cedo da sorveteria, agora estava deitado na cama abraçado com a morena, enquanto toga estava flutuando, de pernas cruzadas em cima da cama.

Mas sua atenção foi para um bicolor que apareceu em frente a cama. O esverdeado logo se levantou, olhando confuso para o bicolor.

- Quem é você?

- Shoto Todoroki, sou seu ceifeiro agora, Bakugou Katsuki não ficará mais com você.

- O que? Por que?

- Ordens da supervisora.

- Entendi.

O esverdeado voltou para cama, abraçado novamente Uraraka, abraçando-a ainda mais forte do que antes.
Uraraka e toga notaram sua inquietação, claro Uraraka não podia ver Toga, Uraraka disse que ia fazer a janta, Toga falou que ia dar uma volta e que mais tarde voltaria.

Shoto continuou parado, sem entender exatamente por que as duas saíram, foi quando o esverdeado começou a falar.

- Por que ainda está aqui? Não está vendo que eu quero ficar sozinho?

- Desculpe, irei me retirar, mas voltarei para ver se está bem.

- Não preciso da sua companhia.

- Sei que está triste por Bakugou não ter voltado.

- Não estou não, agora saí logo daqui.

O bicolor sumiu deixando um esverdeado chateado para trás, Izuku se cobriu com o cobertor e os seus olhos começaram a lacrimejar.

Ele disse que iria voltar.

Por que ele não está aqui?

Ele mentiu? Sim, ele mentiu.

Não que eu goste da companhia dele.

Izuku não parava de pensar, por que estaria chorando, mas a resposta é simples, Izuku gostava sim da companhia do loiro, achava o loiro esquentadinho? Sim! Mas ele também era engraçado.

Mas ele não era o único que sofria, Todoroki estava um pouco chateado, ele tinha se apegado um pouco a Momo, Momo também tinha se apegado a Todoroki, assim como Bakugou se apegou a Midorya.

Momo estava sentada na sala, Bakugou estava em pé tentando se distrair dos pensamentos.

- Onde está o Todoroki?

- Aquele merda trocou de lugar comigo, agora estou sendo obrigado a ficar te vigiando até você morrer, sem ofensa, mas já ofendendo.

- Tudo bem.

- Tem algo para comer? Tipo doce.

- Você come?

- Sim, o Todoroki não fazia isso?

- Não, ele só conversava comigo, as vezes a gente passeava.

- Meu Deus, ele gosta você.

- O que? Ele é um ceifeiro, isso é impossível.

- Acredite em mim, Todoroki não saía com nenhum dos seus "trabalhos".

- Vamos parar com essa conversa, vou para o meu quarto, você fica aqui, tem doce no armário e na geladeira, tem também yakisoba.

- Ta, daqui a 30 minutos eu vou lá em cima para ver como você está.

- Tudo bem.

Momo subiu para o quarto, deixando Bakugou sozinho na sala, que logo se dirigiu para cozinha, abrindo uma jarrinha de vidro, que tinha alguns doces de menta. O loiro abriu a balinha e ficou analisando a cor, logo lembrando do esverdeado.

- Por que isso me fez lembrar dele, sei que ele tem cabelos verdes, mas por que?

- Talvez você goste dele.

Ok, isso assustou o loiro, pós estava sozinho, até olhar para cima e ver que Toga estava flutuando em cima de sua cabeça, a mesma estava de cabeça para baixo.

- O que está fazendo aqui? Não deveria está com seu amigo?

- O verdinho está desanimado!

- Por que?

- Você ainda pergunta? Ele está sentido sua falta, ele gosta da sua companhia, bom, eu acho.

- De qualquer jeito nunca daria certo loirinha, somos diferentes, eu estou morto, ele está vivo.

- Ele estava abraçado com a Uraraka, sério o cara estava colado nela, ele já te abraçou?

- Já, mas ele disse que dormia abraçado com travesseiro, então eu deixei ele me abraça.

- Ele não dorme abraçado com nada, ele só sente falta do calor humano ou calor ceifeiro, não sei como você fica em carne e osso. Só vai lá da um oi para ele. Assim o bicolor vem ver a garota.

- Eu não sei não, eu não vou, vou ficar aqui, tenho ordens a seguir.

- Você não segue ordens, você é o ceifeiro mais rebelde, não obedece ordens, e faz o que quer. Mas, se você não vai, não posso fazer nada, acho que o verdinho aguenta.

O loiro viu a garota sumir, ele iria lá? Ou não? Ele queria ver o esverdeado, mas ele tinha que obedecer a sua superior.

Já Izuku não queria sair do quarto, só ficava deitado, sentado ou perto da janela, sentindo o ar.

O esverdeado não comeu e passou a noite acordado, voltou a estaca zero, com o loiro ele tinha uma vida "menos chata" conhecia o loiro só por dois dias? Mas ainda assim, o loiro fazia falta.

Continua...

Um Ceifador de Almas - (Bakudeku)Onde histórias criam vida. Descubra agora