Cap-05

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Já eram nove da manhã quando Izuku acordou, sentindo um braço ao redor de sua cintura, estava de costas para a pessoa, então se virou ficando de frente para a pessoa. Ficou um tempo encarando o loiro a sua frente, levou a mão esquerda até o rosto do loiro, alisando com a ponta dos dedos.

O loiro acordou na hora, segurando a mão do esverdeado com força, logo vendo o menor reclamar e fazer uma careta de dor.

- Ai, solta, ta doendo.

- Desculpa, mas o que estava fazendo? _ falou o loiro, logo soltando o braço do menor.

- Eu... Eu só estava alisando sua pele, só queria sentir a pele de um ceifador, mas é igual a pele humana.

- Claro que é igual a pele humana. Mas, enfim, ainda dói? _ falou o maior se referindo ao aperto no braço do outro.

- Ainda dói um pouco, mas não pelo aperto e sim pela ardência dos cortes.

- Você deveria parar de fazer isso.

- Eu vou morrer em breve, e você é a prova disso, se eu não fosse morrer, por que você estaria aqui?

- Você as vezes é um imbecil, sabe, eu daria tudo para estar vivo, viver uma vida normal.

- Não sei por que você quer isso, está vivo é uma merda, você pode pensar que é as mil maravilhas, mas um dia você acorda e percebe que a vida é uma merda. A vida bate na nossa porta e fala " essa é a realidade do mundo, vai ter preconceito, racismo e julgamentos da sociedade" a vida vai tirar tudo que você tem, até os seus sonhos, o que nos resta se não a morte? Então, ainda deseja está vivo?

- Sim, sabe por que? Por que além das decepções a vida tem muito a oferecer.

- Como oque? Você quer ver como é esse mundo de merda? Sai lá fora, vai ter várias pessoas querendo matar umas as outras, pessoas que não aguentam mais a vida, tem vários tipos de pessoas lá fora, pessoas com transtornos psicológicos, transtorno de ansiedade, pessoas que tem problemas dentro de casa, brigas com os parentes, essas pessoas não querem esse mundo de merda, Bakugou. Eu vou tomar banho.

- Certo, eu vou te esperar, depois vamos sair.

- Já falei que não vou.

- Mas eu falei que você vai, e se eu disse isso, é por que você vai.

- Ta, eu esqueci de perguntar, você não toma banho?

- Claro que tomo, quando você não me vê, é por que eu estou no submundo. Posso está morto, mas eu sou higiênico.

- Ta bom então.

- Agora, vai tomar banho. Temos um longo dia pela frente.

- Está falando do encontro?

- Não é um encontro.

- Você pediu para eu encarar como eu quisesse.

- VAI TOMAR LOGO A MERDA DO BANHO PORRA.

O loiro acertou um travesseiro no mais novo, fazendo ele correr para o banheiro.

Depois do banho, Izuku vestiu uma roupa e desceu as escadas, sendo acompanhado por Katsuki.

- Bom dia Izuku, vocês acordaram animados, deu para escutar os gritos daqui.

- Desculpe Uraraka, mas esse imbecil que começou.

- Eu não vou pedir desculpas, cara de bolacha, esse merda tava enrolando para ir tomar banho.

- Cara de bolacha?

- Finge que é um apelido carinhoso Ura.

- Nunca falei que era um apelido carinhoso, seu Deku de merda.

- Para Kacchan.

- Kacchan kkkkKKK.

- Do que está rindo cara de bolacha?

- Nada não... Kacchan Kkkkk.

- Vocês são doentes.

- Vamos venham comer.

Os três sentam na mesa, mas apenas Izuku e Uraraka começam a comer, então Izuku começou a falar.

- Não vai comer Kacchan?

- Você é burro ou se faz? Eu não como, esqueceu que sou um ceifeiro?

- Não comer por que não quer, você está em carne e osso, Kacchan. Toma, prova_ ele um pouco de comida e estende o braço na direção do mais velho.

- Eu não quero Deku.

- Por favor Kacchan, prova, por favorzinho.

- Não.

- Kacchan, come logo, por favor.

- Não.

- Então eu não vou comer.

- Acha que eu me importo? _ falou o louro olhando fixamente para o esverdeado, que por sua parte, também não desviava o olhar_ Começa a comer Deku.

- Não, você não quer provar, eu não vou comer.

- Ta, me dá logo está merda.

Logo o esverdeado levou uma colher a boca do loiro, que logo comeu.

- Eae, gostou Kacchan?

- É bom, me dá um prato, quero mais.

- Para ele provar precisava disso tudo? Não sei como aguento vocês.

Os três sentados na mesa, comendo e conversando, não é algo que Katsuki faria normalmente, o mesmo só sabia trabalhar no submundo, foi ali que ele se sentiu humano pela primeira vez.

Já Izuku, não parava de olhar para o loiro, que sorria enquanto fazia brincadeiras com a Ochako, foi aí que o mais novo percebeu, é a primeira vez que vê o mais alto sorrir, até por que o loiro só vivia irritado e xingando todos.

Ele tem um lindo sorriso.

Era oque Izuku pensava, mas ele saio de seus pensamentos por um Katsuki um pouco alterado.

- O que tá olhando Deku de merda?

- Na-Nada, não é nada.

- Vamos terminar logo de comer meninos, temos um dia longo.

Os três terminaram de comer e saíram da casa da Ochako, eles andaram pela praça shopping e todos os lugares da cidade.

Por volta das três da tarde eles foram em uma sorveteria, estavam sentados conversando, até Katsuki sentir uma mão em seu ombro.

- Katsuki, você está encrencado.

- Ah, oi cabelo de merda.

- Fala comigo mais não bro?

- Desculpa Pikachu, mas por que eu estaria encrencado?

- Sua mãe está muito brava cara, ela disse que quer você no submundo até as seis da noite, ou ela vai te matar.

- Mas o Katsuki não está morto?

- É Deku, eu estou morto.

- Ele vê a gente?

- Sim, ele vê vocês Pikachu.

- Estamos indo embora, você têm que está lá até às seis Bakubro.

- Ta.

Os dói ceifeiros foram embora, deixando Katsuki, Ochako e Izuku em um silêncio irritante.

- Está encrencado Kacchan?

- Talvez.

- Por que Bakugou?

- Eu não sei dizer, Ochako, só quando eu chegar lá.

- Você vai voltar Kacchan?

- Eu vou, não se preocupe Deku.

O Loiro saio, deixando apenas os dois, quanto antes fosse, mais rápido voltava, era isso que Katsuki pensava, mas, não iria ser assim.

Um Ceifador de Almas - (Bakudeku)Onde histórias criam vida. Descubra agora