Capitulo 35

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-Vou preparar um banho quentinho pra ti.- ele tira os sapatos, e coloca o celular, a carteira e as chaves do carro na mesa.

Eu vou até o lavabo na sala, tiro da bolsa uma sacolinha, com o segundo teste que era mais confiável, faço o xixi e aguardo os minutos indicados na embalagem.

Comecei a me desesperar, queria chorar, mas ao mesmo tempo queria rir e pular de alegria, eu estava gerando uma vida, e ali indicavam que já faziam mais de 3 semanas

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Comecei a me desesperar, queria chorar, mas ao mesmo tempo queria rir e pular de alegria, eu estava gerando uma vida, e ali indicavam que já faziam mais de 3 semanas. Tento me recompor ao escutar Geizon me gritando. Jogo tudo fora e guardo o teste na bolsa, me olho no espelho, me arrumo e suspiro penando em tudo que teria que enfrentar depois de sair desse lavabo, saio ao ouvir o segundo grito dele procurando por mim, entro no quarto e ele esta tirando a blusa, me sento na cama, fecho os olhos e respiro fundo.

-Preciso falar contigo e também tenho um presente pra te dar.- digo com a cabeça abaixada.
-Um presente? Pra mim? Uauuu.- ele sorri e vem até mim.
-Mas não é qualquer presente, e eu tô com medo, tô insegura.- abraço minha bolsa e sigo de cabeça baixa.
-Vida você sabe que eu vou amar independente do que for, para de bobeira.- ele coloca as mãos no meu rosto e levanta minha cabeça.
-Você tá tremendo? Heloísa? Não é melhor deixar o presente pra depois e a gente ir no médico?.- ele diz assustado.
-Eh que eu tô nervosa por conta do presen...- desisto de falar e resolvo mostrar.

Sem dizer mais nada, eu abro a bolsa e pego o teste e entrego na mão dele, ao mesmo tempo que quero olhar sua reação, sinto vontade de tapar meu rosto e ficar ali pra sempre. Ele demora a entender o que é, até ler no visor, seus olhos se arregalam e sua boca se abre sem sair nenhum som, seu olhar se direciona ao fundo dos meus olhos.

-É verdade isso? Você não tá brincando né?.- a sua respiração parece ficar meio ofegante.
-Sim, claro que não né Geizon.
-Meu Deus eu vou ser paiiiiiiii.- ele grita e se ajoelha na minha frente.
-Caralho caralho caralho, eu te amo.- ele levanta minha blusa e começa a beijar minha barriga.
-Puta que pariu hoje é o dia mais feliz da minha vida.- ele me olha e sorri.

Ele me abraça ainda de joelho, olha para a minha barriga e a acaricia, era como se ele pudesse ver o que estava ali dentro, ele enche de beijos e começa a chorar. Eu passo a mão em seus cabelos, você se levanta e me vê chorando também, se senta do meu lado.

-Eu tô contigo pra tudo, não sei o que você tá sentindo agora, mas quero que saiba que independente de qualquer coisa eu sempre vou tá aqui, sempre.- ele me abraça.
-Eu tava com tanto medo de te contar...-digo baixinho fungando.
-Medo? Por que? É por isso que tava tão nervosa aquela hora?.- ele me olha questionando.
-Eu não sabia como você ia reagir, isso não tava nos nossos planos por agora, eu sei que você não é o homem da família tradicional brasileira, que curte uma rotina e essas coisas, não queria perder tudo que temos.- abaixo a cabeça.
-Eu não sou esse cara mesmo, mas sabe de uma coisa? Você me dá total certeza de que nossa vida nunca nunca vai cai na mesmice, você é a sereia mais doida do mar, é aquela estrela que brilha mais que as outras, é a mulher que eu escolhi passar o resto da vida, a maluca que roubou meu coração. E a gente pode ter uma família sem deixar que nossa vida fique monótona, esse bebê aqui tem o nosso sangue correndo nas veias dele, já imaginou? Quero ver é quem vai aguentar.- ele diz olhando no fundo dos meus olhos, um sorriso tão sincero surge em seu rosto, e você me beija.
-Tu tava com medo de eu te largar por causa de um filho? Tu tá maluca Heloísa? Que isso? Tu não me conhece?.- ele vai mudando sua expressão e cruza os braços.
-Eu não sei o que deu em mim, eu só me desesperei, me perdoa. Eu te amo tanto.- me deito em seu peito.
-Eu também te amo minha gravidinha.- ele me enche de beijos.
-Tô preocupada com a Akasha.- digo baixo.
-Acho que ela vai se amarrar em ter um irmãozinho ou uma irmãzinha.- ele beija o topo da minha cabeça e sorri.
-Eu espero.- digo ainda preocupada.
-Vida para de se preocupar tanto, vai dar tudo certo, confia.- ele encosta seu rosto na minha cabeça.

Passamos o resto do dia conversando sobre como seria, imaginando todas as situações possíveis, vê ele animado daquela forma, me tranquilizava. Estava sentindo muito enjoo, tomei o banho que ele tinha preparado, e não podia sentir nenhum cheiro muito forte que vomitava, tomei um remédio para enjoo que deu uma ajudada, e a noite fomos até o laboratório fazer o exame de sangue e já marcamos uma consulta para ver se tá tudo ok.
No outro dia recebemos o resultado do exame, que indicavam que eu estava com 8 semanas, o que equivalia a 2 meses, o que na minha cabeça não fazia sentido nenhum, já que comecei a sentir enjoo e outras coisa só a umas 2 semanas no máximo, mas vou tirar todas as minhas dúvidas na consulta de hoje.

-Vamos mamãe, tá pronta?.- Geizon se aproxima e me abraça por trás.
-Sim, tô ansiosa.- fecho os olhos e suspiro.

Descemos e entramos no carro em direção ao consultório, depois de algum tempo na sala de espera escuto meu nome ser chamado. Tiro todas as minhas dúvidas, e a médico me dá várias recomendações. O nenê estava bem e saudável, ainda não dava pra saber o sexo, e a médica pediu diversos exames pra mim e pro baby. Estava empolgada mas com uma mistura de medo, Geizon me acalmava e me trazia confiança, resolvemos contar apenas pra família por enquanto, então saímos do hospital direto pra almoçar na casa dos meus pais.

(Desculpa a demora, essa semana vou ficar mais tranquila e prometo aparecer mais por aqui!!!!)

A Bela e a Fera// Xamã Onde histórias criam vida. Descubra agora