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O quarto é grande e aconchegante. Paredes em um tom de azul claro, parece quarto de bebê, se não fosse a mobília seria possível. Tem uma parede com uma estante suspensa do chão com alguns livros e DVDs e bonecos de ação, acho graça, alguns deles já foram meus.
Tem um TV pequena colada na parede com um console de vídeo game e um aparelho de DVD, perto tem as maiores almofadas que eu já vi. Uma cama de casal com lençóis cinzas e almofadas soltas espalhadas por ela.
Tudo bem arrumado e limpo. Tem o cheiro dele, o quarto inteiro parece com ele. Ele me observa, calado, feliz, cheio de si.
- Quarto bonito. Mais organizado que seu antigo.
- Costumo arrumar quando tenho visitas tão ilustres.
- Quer dizer que eu não sou o primeiro?
Ele sorri, não, não sou o primeiro.
Caminho pelo quarto, tem uma sacada que da de frente com a piscina.
Ele vai até uma das almofadas e se esparrama sobre uma delas. Faz um gesto para que eu fassa o mesmo. Sento.
- Quem é Rita?
Solto a pergunta que estava me roendo por dentro.
- Rita? Ela não existe, falei aquilo porque seu pai tava me fuzilando com os olhos. Até parece que eu tava arrancando um pedaço seu.
- Ele tava?
- Sim. Por que a pergunta?
- Não sei. Ciúmes eu acho.
Ele Sorrir de um canto a outro.
- Ciúme? De mim?
- É. Não tenho certeza.
Ele olha para os pés, calmo, feliz. Depois olha para mim, e me pergunto se é normal olhos tão graúdos. A verdade é que são lindos.
- To feliz. Sabe feliz mesmo.
Outro sorriso e eu me apaixono mais uma vez por ele. Eu encaro, quero ele. Quero como nunca quis nada na vida. Um choque percorre a minha espinha e eu sorrio de volta.
- Eu também.
Estamos sorrindo, é um êxtase mútuo. Não estamos nos tocando, nem se beijando, estamos felizes porque um sabe que é a felicidade do outro. Essa simplicidade gostosa, pura, é amor.
- Posso ir ao banheiro?
- Claro.
Ele aponta com o dedo indicador uma porta atrás dele. Me levanto e ele faz o mesmo. Ele caminha na minha direção. Ele para dois palmos de distância de mim. Sinto a respiração pesada e quente que vem dele. Se aproxima mais e eu dou um passo para trás.
- Banheiro.
Sorrio levado. Ele faz cara de desaprovação. Cara de criança quando não pode abrir seu presente. Vou ao sétimo céu com esse poder que eu tenho sobre ele. Agora não. Digo internamente.
Vou até o banheiro e esvazio a bexiga. E volto para o quarto.
- Voltei. Não foi tão difícil assim ficar longe de mim, não foi?
Ele não responde e avança na minha direção. Me agarra pela cintura, roça os dentes no meu lábio inferior e me invade com sua língua. É rápida, quente e persuasiva. Correspondo o beijo de igual para igual.
Levo ele para cama, fico sobre ele e sinto ele duro de baixo. Rebolo um pouco, ele geme baixo. Tiro a camisa dele, e vejo o peito dele, tão branco, repleto de sinais pretinhos. Eu exploro cada pontinho preto com a língua, e um misto de beijos e mordidas. Ele contorce o corpo em resposta.
Vou descendo até depois do umbigo, provando um canto aqui outro ali. Tiro o resto de roupa que sobrou dele e deixo só cueca. Abocanho o pênis dele ainda sem tirar ela.
- Ahh
- Shh
Contínuo por um bom tempo, até que ele assume o controle, me puxa para cima e me beija apaixonadamente. Ele inverte as posições e fica sobre mim. Primeiro ele tira a camisa e castiga meus mamilos com a língua e os dentes. Depois tira a minha calça a força e engole meu membro com ferocidade.
- Ahh
- Quieto. Agora é minha vez.
Me conformo, entre os espasmos.
Ele levanta as minhas pernas e me surpreende socando o dedo na minha boca.
- Chupa.
Faço o que ele manda. Ele tira e introduz devagar dentro de mim. Ele faz movimentos circulares intensos.
Eu afago seus cabelos e puxo quando ele introduz outro dedo. Tira os dedos e agora lambe a minha entrada. Dou um gemido alto quando sinto melar meu ânus.
Ele para e se levanta pega um saquinho laminado do bolso do short e tira uma camisinha, deslisa ela sobre o pênis e me encara com safadeza.
Ahh
Ele sobe em cima da mim e paira graciosamente, sobe mais uma vez as minhas pernas e posiciona o seu membro na minha entrada.
- Relaxa. Vai ser mais fácil pra nos dois.
Ele me beija de leve carinhoso.
Faço que sim com a cabeça. Ele começa a penetrar de vagar e eu sinto uma fisgada de dor. Ele para deixa eu me acostumar e prossegue, até que entra completamente. Ele começa a dar estocadas leves que vão ficando mais rápidas e fortes com o tempo. O quarto e inundado pelos nossos gemidos de paixão. Ele me masturba e eu sinto uma sensação incendiadora crescendo mais e mais detro de mim, até que explodimos juntos.

Crônicas de um orgasmoOnde histórias criam vida. Descubra agora