[SakuAtsu] Doce Obsessão [One-shots]

[fluffy] CRUSH

Sakusa Kiyoomi é apaixonado por Miya Atsumu e sua única maneira de lidar com isso é escrever anonimamente sobre seus sentimentos por meio de fanfics.

E isso funciona bem até que o usuário Raposinha Felpuda lhe pede uma encomenda.

[SakuAtsu] [Sakusa fanfiqueiro] [Atsumu fanfiqueiro também] [romance] [fluffy] [paixão] [amor] [smut bem soft] [muita boiolagem]

Todos temos segredos.

Pequenas coisas sobre nós realmente embaraçosas, estranhas, traumáticas ou peculiares. E que às vezes são tudo isso ao mesmo tempo. O que nos trás a esse texto é o meu e a série de desventuras que levaram Miya Atsumu a descobrir toda a verdade e estar a uns 10 minutos de entrar pela minha porta.

Nesse meio tempo no qual eu poderia, talvez, estar inventando uma mentira ou convencendo Motoya a livrar a minha cara como ele sempre faz, escolhi então a plenos pulmões (ou dedos), declarar que perdi o controle da minha vida. Coloquei meus óculos e estou sentado na frente do computador fazendo exatamente o que me trouxe até aqui: escrever.

Eu vou pular toda parte complexa e maluca de como o ponto zero aconteceu e ir direto a ele: eu escrevo fanfics. Sim, se você me conhece pela minha carreira no vôlei, pra você eu sou Sakusa Kiyoomi, um homem adulto e discreto que talvez você imagine tenha como maior segredo algum motivo obscuro para ser obcecado por limpeza. E aqui vai um spoiler: não há nada obscuro, é exatamente o oposto. Mas gosto do mistério e das lendas que isso gera, o que de alguma maneira nos leva ao fato de que, se você já chorou lendo a fanfic angst com mais visualizações, votos e comentários do ship Atsumu x Sem Nome, você também me conhece. Mas pelo user Assuka.

Acho que ficou óbvio que sou apaixonado por ele. Perdidamente. E mais óbvio ainda que encontrei maneiras bem criativas de lidar com o fato de que nunca tive coragem de me declarar. Comecei com pequenos poemas, coisas bobas que eram só minhas até que decidi compartilhar e se tornaram estrondosamente populares. Uma coisa foi levando a outra e quando vi já havia criado uma identidade e fanfics maiores que meus livros favoritos. Um espaço isolado da vida real no qual eu posso ser doce e adorável nos comentários, depois de usar todas as palavras bonitas que minha boa educação proveu para fazer você se apaixonar pelo mesmo homem que eu e então quebrar seu coração. É, eu gosto mesmo é de ver o leitor sofrendo, logo, isso deve ser puro karma.

Mas vamos aos fatos. Prefiro aqui então, enumerá-los:

1 - Primeiro o essencial, a justificativa primal, o que nos trouxe aqui: eu sou burro. Muito burro. E em menos de 10 argumentos você vai concordar comigo.

2 - Emocionalmente constipado, decidi meio inconscientemente tratar o Atsumu com completa indiferença na vida real. Eu não tive e nem tenho um jeito de expressar o que sinto cada vez que ele me encara com aqueles olhos dourados e sorriso radiante, que não seja fazer uma careta de dor e franzir os lábios pra que meu coração não saia pela boca. E claro, despejar tudo em centenas de histórias com cada detalhe do que amo sobre ele.

3 - Burro que sou, me achei muito esperto ao encontrar um meio de pagamento anônimo e começar a aceitar encomendas. Sim, as pessoas me pagam para escrever sobre o Atsumu e infligir a elas dor e sofrimento on demand e sob medida. Um sádico empreendedor dos tempos modernos e dos bons, pois a lista de espera é de meses.

4 - Um ano nisso e o burro aqui foi ficando ousado. Ora, porque não conversar melhor com os leitores? Entender a fundo o que querem na fic que estão me pagando para escrever? Ter o sabor de ler suas declarações apaixonadas pelo homem que eu tenho o prazer de conviver todos os dias? Mas não parou por aí: e por que não fazer um Twitter para ser seguido, cultuado e amado por apenas existir igual aos gatos no antigo Egito? Me pareceu justo.