[fluffy] Déjà-vu

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Sakusa Kiyoomi faz um desejo para escapar de seu aniversário e acaba indo parar 10 anos no futuro. Agora ele precisa se virar para ser marido e pai enquanto lida com as desventuras de sua nova vida e tenta descobrir como foi parar em uma realidade que nunca havia imaginado para si mesmo.

[SakuAtsu] [fluffy] [SakuAtsu maridos & papais] [doçura & fofura] [amor verdadeiro] [viagem no tempo] [Selo Liv Fanfics de Sakusa Kiyoomi se lascando] [Final MUITO FELIZ]

Kiyoomi abriu os olhos ainda meio sonolento. O quarto estranho o assustou um pouco até que recapitulou a noite passada: comemoração adiantada do seu aniversário, algumas bebidas, flertes e ele se deixando arrastar até o apartamento de Miya Atsumu, onde finalmente dormiram juntos depois de meses de indiretas e tensão sexual mal resolvida encoberta pelo fato de ser loucamente apaixonado por ele desde a adolescência. Ele fechou os olhos de novo e começou a pensar no dia cheio que teria pela frente: ligações, mensagens, visitas, presentes de estranhos... Odiava aniversários, tanto que ao ser obrigado a soprar as velas e fazer um desejo no dia anterior, a única coisa que pediu foi que pudesse sei lá, acordar uns 10 anos no futuro onde, quem sabe, teria feito dinheiro suficiente pra sumir do mapa o mês de março inteiro.

Ele suspirou fundo e decidiu acordar de vez, percebendo enfim que estava sozinho na cama de casal. Olhou o ambiente e algo não parecia certo. Muito arrumado, muito limpo, toda decoração com muito bom gosto. Estava bêbado mas não louco na noite anterior e tinha certeza que aquilo ali não era o quarto de Atsumu. Tinham ido pra outro lugar depois?

Ainda confuso, ouviu uma batida na porta e não entendeu porque Atsumu bateria antes de entrar no próprio quarto, mesmo assim ele limpou a garganta e disse que ele podia entrar. Começou a ouvir um monte de risadinhas do lado de fora e instantâneamente revirou os olhos. Puta que pariu. Certeza que era Motoya com sabe-se lá mais quem em alguma surpresa besta. Ele ia estrangular todos eles.

Com seu melhor sorriso sarcástico ele viu a porta se abrir. Atsumu entrou segurando uma bandeja de café da manhã e, até aí tudo bem, exceto que ele estava de barba, com os cabelos completamente castanhos e... cercado por uma, duas... não, quatro crianças, a mais velha de no máximo cinco anos e cada uma delas segurando um balão de feliz aniversário. Kiyoomi queria xingar mas não existia palavrão grande o suficiente. Quando ele tentou abrir a boca pra perguntar que palhaçada era aquela, começaram a cantar Parabéns a Você, o que o deixou estático até que quase caiu pra trás quando em coro, cinco vozes declararam:

"Feliz aniversário papai, Omi!"

"O quê?!" Ele respondeu em desespero encarando Atsumu, que colocou a bandeja na cama e sorriu enquanto se inclinava para selar os lábios aos dele. Assim de perto, Kiyoomi teve certeza: ele estava diferente, parecia... mais velho. Sua cara não negava o quanto estava em choque e Atsumu o encarou franzindo as sobrancelhas.

"20 de março, amor, seu aniversário! Vai me dizer que esqueceu?"

Kiyoomi fez uma careta dolorosa e encarou Atsumu, passando então por cada uma das crianças que o olhavam de volta totalmente confusas. Ele levou as mãos até a própria cara sem saber bem porque estava fazendo isso e sentiu algo metálico, olhou para as mãos e então viu uma aliança, uma aliança de ouro. Seja lá que tipo de gracinha era essa, tinha sido muito bem elaborada, ele precisaria dar os créditos e... Não, suas mãos pareciam diferentes, com mais calos, mais marcas. Ele olhou ao redor, encontrou o que parecia ser a porta do banheiro e correu até lá quase tropeçando. Se trancou e olhou diretamente para o espelho, onde encontrou uma versão dele que não era exatamente ele, ao menos não como deveria.

Não parecia tão diferente mas era com certeza mais velho. Ele lavou o rosto freneticamente ouvindo alguns barulhos do lado de fora, provavelmente Atsumu inventando alguma desculpa para distrair as crianças. Crianças que chamaram ele de pai. Quatro delas. Uma menina e três meninos. Ele enxugou o rosto e nada mudou. Ainda era ele e ao mesmo tempo não era. Se beliscou e segurou um xingo quando não acordou. Não podia ser verdade, não fazia sentido algum.

[SakuAtsu] Doce Obsessão [One-shots]Onde histórias criam vida. Descubra agora