[SakuAtsu] Doce Obsessão [One-shots]

[fluffly|smut] H2Omi

Atsumu é um jovem biólogo promissor com uma vida comum até que uma sereia ferida é levada para o centro de pesquisas sob responsabilidade de seu mentor, Kita.

Tudo corre bem até que Atsumu e o novo residente não conseguem manter a relação apenas profissional.

[SakuAtsu] [AU] [Omi Sereio / H2OMI] [Miya Atsumu humano] [fluffy] [smut] [um pouquinho de angst, bem pouquinho] [final MUITO feliz] [mpreg] [amor verdadeiro]

***

Desenho que fiz do Omi Sereio <3 Eu posto meus desenhos sempre no Twitter, IG e Tiktok <3

Olhos curiosos, imensos, totalmente pretos e animalescos o encaravam. Atsumu sentiu o coração disparar por todos os motivos errados. Ele seguiu se aproximando até a beira do tanque para fazer sua tarefa rotineira: conferir os indicadores de qualidade da água no painel, pegar uma amostra para teste (todo cuidado era pouco) e, enfim, alimentar o mais nobre residente do Centro Nacional de Pesquisa em Biologia Marinha.

No começo, Kiyoomi, como havia sido batizado pelos pesquisadores por sua aparência delicada para uma criatura selvagem, mostrou rapidamente que não estava nada feliz em ser mantido em cativeiro. Seu comportamento imprevisível e violento custou várias manutenções no tanque e muitos dedos quase perdidos dos cuidadores até que ele se acalmasse e aceitasse que estava recebendo ajuda para seu ferimento.

Havia pouco ou quase nenhum material sobre sereias, menos ainda em cativeiro, já que eram criaturas recém descobertas e muito hostis. Mesmo assim, o time do centro de pesquisa estava se esforçando para fazer o que podia: proporcionar a melhor estadia possível, alimentar e ainda projetar uma prótese de barbatana para que ele fosse capaz de voltar à vida selvagem.

Atsumu olhava agora no fundo dos olhos negros e profundos de Kiyoomi enquanto ele usava seus dentes pontiagudos para devorar um peixe cru. Mesmo comendo de maneira voraz ele lhe oferecia sua parte favorita, a cabeça. Atsumu se perguntava como exatamente havia se enfiado nessa situação até o pescoço.

*

"Por que eu?" Atsumu quase gritou desafinado em desespero. Kita o havia chamado em caráter de urgência para um trabalho 'que só ele poderia fazer' e Atsumu foi sem protestar. Porém, quanto mais descobria do desafio a frente, mais assustado ele ficava.

"Sua tese é sobre as semelhanças na comunicação dos golfinhos e sereias. É a pessoa com maior conhecimento que temos sobre assunto e eu preciso que alguém fale com ele. É isso." Kita respondeu em seu tom monótono porém autoritário.

Atsumu não podia acreditar no seu azar. Uma coisa era estudar golfinhos amigáveis reais e gravações dos sons de sereias, outra era se enfiar em um tanque com uma criatura que havia acabado de quase arrancar a mão de um cuidador com experiência em tubarões.

"Atsumu." Kita usou seu tom mais sério, uma mão no ombro de seu pupilo. "Ele está ferido, assustado, sem se alimentar e preso em um tanque insalubre que precisa de manutenção por dentro." Ele respirou fundo. "Já que ele comprometeu os filtros e sensores, logicamente sem saber o que estava fazendo."