[SakuAtsu] Doce Obsessão [One-shots]

[fluffly|omegaverse] Doce Atração

Alguns encontros são planejados, outros são destinados e alguns são simplesmente inevitáveis assim como a doce atração dos olhos dourados que se voltaram para ele, tão doces quanto o cheiro de mel que inundava cada um de seus sentidos.

[SakuAtsu] [Omegaverse] [a/b/o] [Alfa!Kiyoomi] [Ômega!Atsumu] [fluffy] [idiotas apaixonados] [romance adolescente] [primeiro beijo]

Após mais um dia de jogos no centro de treinamento juvenil para a seleção japonesa, Kiyoomi foi o último a sair da quadra a caminho do vestiário quando algo o atingiu. Ele parou no lugar e tentou identificar melhor de onde vinha e quem poderia ser.

Como um alfa, ele naturalmente tinha um olfato muito bom, principalmente para o que sentia agora: o cheiro de um ômega. Mas não um cheiro qualquer e não de um ômega comum pois era muito doce, muito intenso e nada parecido com qualquer um dos ômegas que conhecia. Uma mistura de canela queimada com mel. Talvez fosse um dos garotos do primeiro ano e isso fazia ainda mais sentido conforme seu coração começava a acelerar e ele entendia que essa intensidade era compatível com a de um ômega entrando no período fértil.

Tinha que ser alguém muito irresponsável, despreparado ou... extremamente mal intencionado. Existiam diversos inibidores que diminuíam os sintomas e encobriam o cheiro. Graças a eles que todos podiam conviver e interagir mesmo em um ambiente com hormônios à flor da pele como aquele.

Kiyoomi poderia apenas seguir seu caminho e falar com algum dos gerentes mas algo o preocupava profundamente: e se houvesse algum alfa que também não estivesse com seus inibidores em dia? E se esse alfa fosse um teimoso como ele, que andava sozinho mesmo com a recomendação de que estivessem sempre ao menos em duplas nos ambientes mistos com ômegas?

Ele confiava o suficiente em seu autocontrole e na regularidade que tomava seus remédios, então decidiu seguir o cheiro até encontrar a origem. Quando chegou na porta da sala de onde o cheiro vinha, a sensação de estar tão perto deixou sua cabeça leve. Era diferente de como descreviam a atração fatal entre alfas e ômegas quando estão fora de controle. Ele não se sentia violento ou fora de si.

"...Omi?! Puta que pariu que bom que é você."

Kiyoomi piscou algumas vezes assim que abriu a porta e encontrou Miya Atsumu encolhido em um canto, como se tentasse se esconder. Isso não fazia sentido, Kiyoomi conhecia o cheiro dele desde o fundamental quando se enfrentaram na quadra pela primeira vez.

"Miya, o que... o que aconteceu?"

Atsumu continuou encolhido, a testa coberta por pequenas gotas de suor, a respiração difícil e os olhos lacrimejando enquanto abraçava os joelhos e levantava a cabeça para Kiyoomi. "Eu não sei! Eu tomei os remédios, eu estava bem e do nada eu... eu sinto que eu vou morrer de dor."

Se fosse qualquer outra pessoa isso poderia soar bem dramático mas Kiyoomi conhecia Atsumu, sabia que ele não faria uma cena e muito menos pediria ajuda se realmente não estivesse bem. Kiyoomi se sentiu impotente, suas próprias entranhas reviradas ao ver Atsumu sofrendo e não saber o que fazer. Apesar de estar suando, ele tremia, talvez estivesse suando frio. Tentando raciocinar um pouco, Kiyoomi começou a elaborar algum plano. Precisava buscar ajuda, mas deixar Atsumu sozinho era perigoso a menos que tivesse algo para disfarçar o cheiro dele.

"Miya, eu vou te cobrir com o meu casaco e buscar ajuda, ok?"

Atsumu o encarou e abriu a boca para protestar pelo óbvio: não queria ficar sozinho. Kiyoomi sentia que estava lendo a mente dele ao se agachar e começar a explicar seu plano.

"O meu cheiro vai encobrir o seu." Ele tirou o casaco e se aproximou mais colocando-o sobre os ombros de Atsumu. "E então..." E então ele entrou em choque. Tão perto assim, a sensação era ainda mais avassaladora. Kiyoomi sentiu suas pernas tremerem e caiu de joelhos.