[angst|fluffy|ação] O Guarda Costas

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Sakusa Kiyoomi é o jovem herdeiro de uma grande empresa. Após um acidente cercado de especulações, ele precisa aceitar ter Miya Atsumu, um segurança particular da Inarizaki Security, colado a ele dia e noite.

[SakuAtsu] [slow burn] [AU] [Atsumu com 30 anos] [Kiyoomi com 22 anos] [angst mas não entre eles] [drama] [ação] [fluffy] [romance] [paixão] [mistério] [final FELIZ]

Não era a primeira vez que Atsumu acabava encarregado de um cliente que claramente não queria que ele estivesse ali. Mas, dessa vez, ele daria a Sakusa Kiyoomi algum desconto.

O homem estava destruído pela dor, completamente desorientado. Atsumu não queria nem imaginar como seria estar na pele dele: 22 anos e nenhuma família. O único herdeiro da renomada família Sakusa, morta em uma tragédia de avião há menos de 48h. O incidente ainda estava cercado de especulações e suspeitas, motivo exato pelo qual Atsumu estava ali. O conselho da corporação da qual agora Kiyoomi era líder, havia contratado a Inarizaki Security, uma empresa de segurança particular, para cuidar do jovem herdeiro até que a investigação terminasse.

Apesar de Atsumu ser oito anos mais velho e ter um currículo impecável, Kiyoomi o cumprimentou completamente desconfiado quando ele o buscou depois do funeral. Talvez o julgando por parecer muito jovem ou por ser alguns (poucos) centímetros mais baixo. Ou talvez porque apenas não estivesse confortável com a ideia de ter qualquer um que fosse colado nele em um momento como esse, mesmo que para protegê-lo.

Eles haviam apenas trocado uma mesura, dito seus nomes e Atsumu, claro, por educação, ofereceu seus sentimentos. Ele agora dirigia para uma cobertura na área residencial nobre de Tokyo onde Kiyoomi ficaria hospedado até se sentir confortável para voltar a casa da família. Pelo relatório, ele morou em Osaka nos últimos anos e preferia não ver nada que pertencesse aos seus parentes por enquanto.

Atsumu ouviu o celular de Kiyoomi tocar. Ele atendeu e parecia lidar com mais uma chuva de condolências de sabe-se lá quem. Era a quinta ligação em menos de meia hora. Depois de desligar ele suspirou.

"O que são esses... sentimentos que todos me oferecem?"

Atsumu o observou pelo retrovisor mas não tinha certeza se era uma pergunta ou um pensamento em voz alta. Apenas quando Kiyoomi o encarou com imensos olhos negros questionadores, ele limpou a garganta e ofereceu a resposta mais neutra que podia.

"Acredito que seja empatia, Sakusa-san."

Kiyoomi desviou os olhos dele e respondeu olhando para a rua.

"Não acredito que a empatia possa levar alguém sequer perto da minha dor. Não são sentimentos. São só um monte de palavras vazias."

Não era uma pergunta e isso era ótimo pois Atsumu não poderia oferecer qualquer resposta. Nunca havia perdido um parente próximo e mesmo que seu trabalho o colocasse em risco diariamente, ele preferia não pensar na morte. Ainda assim, as palavras de Kiyoomi faziam sentido para ele. Mesmo que silenciosamente, ele concordou.

Quando chegaram ao apartamento, já inspecionado por outra pessoa da equipe de segurança, Kiyoomi finalmente tirou a máscara que cobria seu nariz e boca. Ficou parado olhando o espaço, talvez pensando no que fazer até o dia seguinte, quando teria que se apresentar no conselho do qual agora era líder. Essa parte parecia desumana para Atsumu, mas ele não estava ali para dar sua opinião.

"São dois andares completos e independentes, vou ficar aqui embaixo, você em cima. Somos apenas nós nesse piso e os elevadores só param aqui com o meu cartão. As escadas estão bloqueadas." Atsumu observou Kiyoomi virar para ele lentamente, seu olhar confuso. "Você pode me chamar, mandar uma mensagem ou ligar. Aqui está meu número, estou a sua disposição 24h."

[SakuAtsu] Doce Obsessão [One-shots]Onde histórias criam vida. Descubra agora