Capítulo 11 (Juliene)

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*Dois meses depois da narração da Lidhia*

Juliene

Abro os olhos e sorrio ao ver o homem que trouxe felicidade a minha vida.
Ele dorme como um anjo, e as vezes como se ouvisse o que eu digo mesmo dormindo, ele sorri; seus sorrisos são diferentes, são doces, são leves, são puros...

Nos conhecemos a quase dois meses, viajei para o Brasil, tinha uma campanha para fazer em Gramado no Rio Grande do Sul, e depois do trabalho aproveitei para ir em um show do sorriso maroto; um grupo de pagode que sou apaixonada.

Tomei uma decisão sobre os dois homens que me pediram em namoro, não aceitei nenhum. Ambos eram maravilhosos, mas não eram o que eu procurava. Lógico que eles não gostaram muito e se afastaram, não reclamei. Aproveitei a campanha para dar um tempo de Nova York.

No Show, eu estava numa deprê horrível, a cada música eu chorava como um bebê. Ninguém da equipe quis ir então era só eu e minha sofrência. Até que um estranho, do nada se aproximou e perguntou se eu estava acompanhada.
Falei que não e ele perguntou se poderia me dar um beijo.
A louca aqui concordou, meio sem saber o que fazer.

Sabe quando você sente que reencontrou sua alma gêmea de uma vida passada? Foi exatamente assim que me senti...

Foi tão cheio de amor, para um beijo entre dois estranhos, tinha uma química absurda de boa. E a pegada dele me fez derreter inteirinha em seus braços.
Depois de quase faltar o ar, ele me chamou para dançar...

O Bruno começou a cantar "Se eu te pego, te envergo", e ele começou a cantarolar enquanto sorria para mim

- ... Chego fico arrepiado
Quando para do meu lado
Dá vontade de te agarrar
Se tá achando que é história
Tenta a sorte pra tu ver
Você não vai se arrepender, eu garanto
Já faz um tempão, eu tô querendo você...

- Mas acabamos de nos conhecer - digo sorrindo como uma boba

- Parece que te conheço faz anos

Ele me surpreende, pois eu também penso a mesma coisa.

Ele me puxa para mais perto no meio da dança e de tantos casais agarradinhos assim como nós, e então sussurra no meu ouvido mais um pedacinho da música

- Deixa eu te enlouquecer, preciso te sentir
Você vai delirar
Tô falando sério, não ri...

Beijei sua boca como se só houvesse nós naquele lugar... Quando nos afastamos um pouco do palco, tivemos a chance de conversar, trocar telefone e coisa e tal.
O nome dele é Jeferson, mas eu chamei de Jeh, mora em São Paulo e está aqui a trabalho, falei que também já morei lá e que também estou a trabalho... Fomos conversando naturalmente e isso me deixou encantada. Já fazia tempo que não conseguia ter uma conversa em que os assuntos surgem assim do nada sabe, e que parece que nunca vão faltar assuntos.
Ri muito com ele, parece um menino em corpo de adulto.

Curtimos o show inteirinho juntos, e no final foi duro se despedir...

No dia seguinte acordei com ele me ligando, então mandei o endereço do hotel onde estava e ele foi até mim. Tivemos um dia incrível dentro do quarto, conversamos mais, conheci algumas manias dele, ele me apresentou seus pais por chamada de vídeo e já disse que eu era sua namorada.
Fiquei pasma mais não disse nada.
Não foi estranho ouvir essa palavra pela boca dele.

Mostrei foto das crianças e ele se apaixonou por todos, disse que era louco por crianças. E eu mãe/boba como sou me apaixonei por isso.

Contei pra ele com o que trabalho e ele me apoiou ainda mais, o que me espantou.. Porque geralmente, os homens que eu me relaciono não gostam muito do fato de eu modelar.

Paris, onde tudo começou...Onde histórias criam vida. Descubra agora