17. When we party

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C h e r r i e

🍒

Você prefere o vestido preto, ou o vermelho? — estendo os dois vestidos contra meu corpo para mostrar a Ashley, mas ela está ocupada demais caída na minha cama se recuperando de sua ressaca, apesar de ainda ser cinco da tarde. Não sei como isso é possível, mas também não perguntei.

— O vermelho. — ela quase geme.

— Qual é! Você nem olhou. — ela resmunga e se põe sentada, tirando os óculos escuros do rosto pir alguns segundos.

— Os dois são horríveis. — e cai de volta.

— Qual é! São meus melhores vestidos de festa.

— Você pediu minha opinião e eu dei.

Jogo os vestidos de volta no armário e começo a procurar algo de novo na pilha de roupas no chão.

— Aquele vestido branco é fofo. — ela grunhe.

— Qual vestido? — pergunto.

— Aquele simples que você usou no baile de primavera ano passado. Te faz parecer puritana.

— Isso é uma ofensa?

— Não, é uma dica.

Meu caixo cai levemente.

— Primeiro, aquele vestido é muito curto. Segundo, com certeza não combina com festas noturnas.

Ela se levanta de novo, frustrada, e por um segundo se assusta com Felicia, bem do seu lado.

— Primeiro, — ela aponta o dedo indicador para mim. — desde quando você se importa com vestidos curtos? Segundo, eu preciso de uma aspirina, pega pra mim, por favor.

— Por que você não pega? Sabe onde fica.

— Eu sei onde fica, mas meus pés não querem ir até lá.

Irritada, saio do quarto, desço os degraus até a cozinha, abro a terceira gaveta debaixo da pia e pego um frasco de remédio que não é aspirina, mas é tão forte quanto. Dissolvo cinco gotas em meio copo de água e volto para meu quarto, mas tenho a surpresa de não encontrar Ashley desmaiada na cama.

Coloco o copo de vidro na minha mesa cabeceira, e por um segundo acho que ela fugiu pela janela, como de costume.

Procuro em alguma gaveta do meu armário o vestido que Ashley sugeriu, até porque, não é uma ideia tão ruim.

Antes que eu entre no banheiro para tomar banho, abro a porta do mesmo, que é quando acerto algo.

— AÍ! — é a voz de Ashley, e então ela sai de trás da porta.

— O que você está fazendo aí? — pego minhas roupas que cairam no chão.

— Eu fui estava lavando as mãos depois de mijar, não precisava me dar uma porrada na cabeça. Inclusive, acho que essa jaqueta ia combinar com o vestido branco.

— Essa jaqueta não é minha, e seu remédio estana minha cabeceira.

Ela pendura jaqueta de novo atrás da porta e sai do banheiro, atrás do copo.

𝙍𝙚𝙙 𝙇𝙞𝙠𝙚 𝙔𝙤𝙪𝙧 𝙃𝙚𝙖𝙧𝙩Onde histórias criam vida. Descubra agora