3. When I get in trouble

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   C h e r r i e

🍒

As mãos de Andrew percorrem meu corpo inteiro.

Do meu pescoço para meus ombros, dos meus ombros para minha cintura e então, sua mão direita aperta a pele debaixo do meu vestido.

Ele me beija de uma forma bem apressada, afinal, estamos no armário do zelador e temos apenas alguns minutos antes do sinal bater, mas sua pegada bruta às vezes me incomoda.

Sem interroper o beijo, ele me levanta pela cintura me fazendo sentar em seu colo quando se apoia em uma cadeira qualquer, mas então, sinto o ambiente mais quente quando ele abaixa a alça do meu vestido.

— Andrew... — digo entre seus beijos —, não podemos tranzar aqui, a aula vai começar daqui a pouco... — ele faz com que minhas últimas palavras pareçam um gemido ao depositar beijos na minha clávicula. E eu odeio isso.

— Relaxa, olha só, é o segundo dia de aula ainda e você já está estressada.

— Estou é? — olho para ele, levantando a alça do meu vestido.

— Sim... deixa eu aliviar esse estresse... — ele coloca meu cabelo para trás e eu volto a beijá-lo.

Ouço o sinal tocar do lado de fora. Interrompo o beijo por um segundo, mas Andrew me puxa volta.

— Viu só, você está estressada.

— Cala a boca — volto a unir meus lábios nos dele, que parecem já estar dormentes.

Os outros alunos começam a fazer barulho do lado de fora enquanto passam pelos corredores e cada vez que ouço qualquer ruído muito próximo meu coração acelera ainda mais.

Eu já fiquei com garotos várias vezes no armário do zelador, ou em uma sala de aula trancada, o laboratório no último andar e até mesmo no auditório, mas em nenhuma eu fui pega. Eu meio que já me acostumei, mas toda vez que faço de novo, fico apreensiva como se fosse a primeira.

Andrew me puxa cada vez mais para que me aproxime, mesmo que já seja impossível. Sinto o volume começar a aumentar nas suas calças sinto vontade de provocá-lo.

Mais alguns minutos depois já não ouço barulhos do lado de fora, o que quer dizer que a aula já começou, e o silêncio do lado de fora se torna até um pouco irritante, como se não estivessemos mais sendo protegidos pelos ruídos externos.

— O que vocês estão fazendo aqui! — a forma que a porta é aberta é tão bruta que quase caio do colo de Andrew. Não devia ter ignorado os passos que pensei ouvir, e agora, com a forma que estamos sentados, não dá para tentar negar o que estamos fazendo.

Meu coração começa a bater tão rápido que sinto meu rosto pulsar e minhas bochecas esquentarem.

O zelador nos observa da porta enquanto eu saio do colo de Andrew e ele tenta consertar sua situação, mas para nossa sorte, o zelador não fala nada, apenas nos manda para a diretoria, e é exatamente para onde vou, sem nem esperar Andrew.

O corredor está praticamente vazio, o que é muito bom, mas ainda há poucas pessoas do lado de fora, e mesmo sendo um número reduzido, sinto o olhar de julgamento delas queimar sobre mim, junto com seus sussurros perceptíveis vindos com xingamentos, mas apenas em mim, não em Andrew.

Ouço os passos do meu namorado atrás de mim, mas ele não se aproxima, não segura minha mão ou demonstra qualquer sinal de apoio, apenas fica alguns passos de distância sem ter coragem de ao menos andar ao meu lado, sendo vangloriado por alguns garotos que passam com expressões de "Esse é meu garoto, pegando todas".

𝙍𝙚𝙙 𝙇𝙞𝙠𝙚 𝙔𝙤𝙪𝙧 𝙃𝙚𝙖𝙧𝙩Onde histórias criam vida. Descubra agora