Como Seduzir Um Lorde

☆ Capítulo 13 ☆

Morgana

Estou acabando a limpeza das mesas do salão da confeitaria para poder ir para casa. Foi um longo dia, tive que ajudar as meninas na cozinha o dia todo, no final da tarde o Sr. Felício ainda me mandou levar uma encomenda de torta para o outro lado da cidade.

Quando voltei comecei a limpeza na cozinha, depois passei pro salão, limpei todo o chão, os quadros e as mesas.

Minhas pernas estão me matando quando termino tudo. Sai e comecei a caminhar para casa.

De repente, me peguei olhando para trás, procurando por alguém que não vai aparecer. Eu sou ridícula!

Como se ele fosse sequer se lembrar de mim. Ele é um lorde, lindo, rico, deve ter uma noiva. Claro que tem alguém!

Ela deve ser tão bonita feito aquelas princesas dos livros, eles vão se casar, ter quatro filhos e eu vou continuar aqui. Senti uma dor no peito ao pensar nele se casando.

— Eu sou mesmo ridícula! Vi o homem uma vez e aqui estou eu falando sozinha e com ciúme da noiva linda dele que eu nunca vi!

Soltei um grunhido, brava comigo mesma por ficar aqui pensando besteiras. Ele pode se casar com quem quiser, não me importo, nem um pouco.

Assenti para mim mesma e virei a curva de casa, Luke estava deitado na varanda, olhando para a rua.
Subi os dois degraus com um pulo e acariciei suas orelhas.

— Está com fome, meu menino? — pergunta idiota de se fazer pra essa criatura esfomeada, que se pendurou em mim, rebolando e esperando — Por que eu ainda perco tempo perguntando? Você parece ter um buraco negro aí dentro e não um estômago.

Eu ri e dei os dois pedaços de pão que eu trouxe. Ele abocanhou e comeu tão rápido que fiquei abismada.

Balancei a cabeça rindo e entrei. Encontrei Griselda distraída varrendo a sala, vi o cestinho de Jane ali também e meu coração ficou quentinho quando seus olhinhos me encontraram.

Griselda, no entanto, ainda não me viu, estava de costas.

— Griseldinha! — exclamei dando um pulinho em sua direção, ela pulou de susto e eu sem conseguir me conter explodi em uma gargalhada.

Sua careta pra mim só me fez rir mais, então vi ela vindo em minha direção e eu conhecia esse olhar. Dei a volta na mesa, desviando de Jane.

— Ei! — falei, levantando as mãos em forma de rendição — Tire essa vassoura de perto de mim. Não seja agressiva, já tivemos essa conversa, Griseldinha.

Seus olhos se estreitaram e sua carranca se aprofundou enquanto ela contornou a mesa pra me alcançar, me apressei e coloquei a mesa entre nós.

— Morgana — ela começou, e eu queria correr, ela nunca me chama pelo nome, nunca! A menos que eu tenha feito alguma coisa errada. Vasculhei minha mente e não encontrei nada do que ela possa me acusar.

— O que foi? — fiquei atenta a cada movimento seu, assim ela não me pegaria desprevenida.

— Onde você conseguiu aquele anel caríssimo que vi no seu dedo ontem?

Ah!

Cheguei a achar que ela nem tinha visto, pelo jeito só esperou o momento mais apropriado para me pôr contra a parede.

Abri a boca para desconversar e ela levantou a mão.

— Se for mentir nem precisa falar, eu já vou é te acertar! — rápido, como só ela conseguia, ela acertou o topo da minha cabeça com o cabo da vassoura, me encolhi levando as mãos a cabeça.