☆ Capítulo 16 ☆

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Morgana

Eu não conseguia ficar quieta.
Andava de um lado para o outro na ampla sala com o coração disparado no peito.

Eu ia finalmente conhecer meu pai a qualquer momento e estava tão nervosa que não conseguia parar de perambular por aí. Meus pensamentos dançavam na minha mente freneticamente. Eu me virei para minha mãe sentada elegantemente no sofá.

- E se ele não gostar de mim? - perguntei, prestes a ter um ataque.

O rosto de minha mãe se suavizou e ela sorriu.

- Isso seria impossível, querida.

Eu ainda não estava tão convencida.

- E se eu não for nada daquilo que ele esperava?

Minha mãe riu me olhando com tanto amor que quase começo a chorar de novo.

- Você é mil vezes melhor do que aquilo que ele esperava, disso eu tenho certeza.

- Mas, mamãe... e se... - gaguejei nervosamente.

Uma lágrima escorreu por sua bochecha.

- O que foi, mãe? - perguntei preocupada e me aproximei dela rapidamente.

Ela sorriu e seus olhos brilharam.

- Estou bem, meu amor. É só que, eu acho que nunca estive tão feliz como estou agora. E ouvir você me chamar de mãe é a melhor coisa do mundo.

Eu sorri e esqueci um pouco meu nervosismo, mas ele voltou com força total no exato momento em que escutei a porta da frente sendo aberta e uma voz masculina anunciar:

- Querida, cheguei! - comecei a ouvir os passos dele ao longe - Você não vai acreditar no que eu trouxe!

O homem riu e meu coração reagiu.

- Nathaniel, venha aqui querido - chamou minha mãe e os passos dele pararam abruptamente.

- O que quer que tenha acontecido, não é culpa minha! - defendeu-se ele, ainda imóvel onde quer que estivesse - Minha estrela, lembra que você me ama, não é? Independente que as vezes eu faça coisas idiotas... por falar em coisas idiotas o que eu fiz agora? Quer dizer, supondo que talvez, só talvez, eu seja o culpado de alguma coisa? Você só me chama assim quando está brava comigo...

Eu queria rir, queria muito rir.

- Não estou brava com você, meu amor - mamãe garantiu - Eu tenho um assunto de suma importância para falarmos, então venha até aqui, por favor.

Os passos recomeçaram e eu pensei que surtaria a qualquer minuto se ele não aparecesse logo.

- Jura? - questionou ele - Eu estava pronto para suborná-la com esses croissants deliciosos que eu trouxe.

Eu podia praticamente ouvir o sorriso aliviado na voz dele.

Me virei para olhar minha mãe com a ansiedade e o nervosismo me corroendo por dentro, ela olhou para mim como quem sabe das coisas e me deu um sorriso carinhoso e aquilo bastou para me dar a coragem que eu precisava.

Quando olhei novamente para a porta aberta da sala foi como se o tempo estivesse mais devagar, um homem alto e elegante entrou, ele não me viu estava distraído com o saquinho marrom que segurava nas mãos, ah, mas eu o vi.

Ele era bonito como mamãe disse. Seu cabelo escuro agora com alguns fios brancos, algumas ruguinhas suaves perto dos olhos e o jeito de menino estampado no sorriso maroto que trazia no rosto.

- Meu amor... - começou ele distraidamente, mas logo parou quando ergueu o olhar e me viu - Oh, olá senhorita.

Ele me encarou e um brilho novo surgiu em seu olhar, mas foi tão rápido que não tive tempo de distingui-lo. Ele olhou para minha mãe, que se levantou e caminhou até ele, foi emocionante ver os olhos dele cheios de amor ao olhar para ela.
Minha mãe parou perto de nós dois, mas não disse nada. Ele olhou novamente para mim, estudando minhas feições e eu não sabia se estava respirando, o medo de não ser o bastante estava acabando comigo.

Como Seduzir Um Lorde Onde histórias criam vida. Descubra agora