☆ Capítulo 28 ☆

2.2K 318 31
                                    

Amores, não sejam um leitor fantasma. Comentem e votem por favor. Muito obrigada. E boa leitura!

☆☆☆

Christian

Antes

— Christian, vá até o meu escritório e traga minha caixa de charutos — meu pai ordenou.

Essa noite não estava saindo como eu esperava. Nenhum pouco. Eu sabia que seria difícil, mas na realidade estava sendo impossível. Meu pai estava sendo particularmente insuportável. E minha mãe, oh, Senhor, dai-me paciência. Eles nem esperavam Morgana abrir a boca e já estavam atacando-a verbalmente. Isso fazia meu sangue ferver. Eles nem a conheciam e já a julgavam, e o modo como falaram da minha filha... Tive que morder a língua para não dizer nada do que me arrependeria depois.

Sem querer causar mais problemas, fui em busca dos charutos. Escutei vozes no hall de entrada da mansão e logo quando fiz a curva no corredor dei de cara com a senhorita Judith Halter, a maluca em pessoa. A mesma garota que se jogou no meu colo em um dos bailes em que eu estava presente, na esperança de que tudo acabasse em um escândalo e eu fosse obrigado a me casar com ela.

Meus pais sempre a apoiaram, então é claro que eles a convidaram para vir aqui hoje. Como eu não pensei nisso? Ah, claro, eu estava esperando que eles fossem mudar. Que aprenderiam a respeitar minha opinião e minhas escolhas, isso era o mínimo que podiam fazer. Mas não, me decepcionei mais uma vez. Talvez só queiram me punir mais uma vez. Eu deveria estar acostumado, mas não estava, e senti meu coração se partir dolorosamente no peito.

— Lorde Allister — ela disse em uma voz baixa que eu suspeitava que devesse parecer sedutora, mas não parecia.

— Boa noite, senhorita Judith — cumprimentei-a, e tentei passar por ela. Não estava nem um pouco interessado em ficar aqui falando com ela, mas também não queria ser mal-educado.

Judith se colocou no meu caminho, bloqueando a passagem no corredor. Encarei-a e tentei não deixar transparecer muito da minha frustração.

— Se me der licença, preciso ir até o escritório do meu pai.

Ela sorriu.

— Por que a pressa, milorde? — ela perguntou, olhando-me de cima a baixo e aquilo me deixou extremamente desconfortável.

— Não quero parecer rude, mas preciso mesmo ir.

Avancei em sua direção na intenção de passar por ela de qualquer jeito, mas a mulher não desviou, pelo contrário, fez com que seu corpo se colasse ao meu. Imediatamente, eu a afastei e recuei dois passos, colocando uma distância segura entre nós.

— Temos muito o que conversar — falou ela, sem se deixar abalar pela minha reação.

— Receio que esteja enganada, senhorita — afirmei com a expressão fechada.

Ela inclinou a cabeça, me olhando como se eu fosse um cachorrinho inocente que não sabia ao certo o que queria.

— Tenho que discordar — ela continuou — Não tenho visto-o mais nos bailes recentemente.

Eu apenas cruzei os braços, esperando que ela dissesse o que realmente queria para eu poder sair dali.

— Tem algum motivo em especial para tal comportamento, milorde?

A não ser o simples fato de evitar malucas como você?

— Eu simplesmente descobri que não queria perder meu tempo indo a esses bailes, agora que encontrei o que procurava.

Como Seduzir Um Lorde Onde histórias criam vida. Descubra agora