☆ Capítulo 22 ☆

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Morgana

Christian entrelaçou nossos dedos e nos guiou através das inúmeras pessoas no salão, eu nem dei atenção a alguns olhares reprovadores que recebemos, muito menos tentei esconder o sorriso crescente em meu rosto. Eu não me importava nem um pouco com aquela gente, tudo que me importava estava bem aqui, com esse homem.

Nós deslizamos através das pessoas e saímos por uma porta lateral que dava para um enorme jardim, corremos para perto de uma árvore grande e florida, e finalmente paramos, finalmente éramos só nós dois.

Christian me puxou pela mão para mais perto dele e tive o privilégio de ver seu sorriso devastador aparecer junto daquelas covinhas que me derretiam por dentro, ele segurou meu rosto entre as mãos como se eu fosse a coisa mais preciosa do mundo.

- Não acredito que realmente é você - ele murmurou maravilhado - Eu cheguei a pensar que você tinha sido apenas um sonho meu.

Apoiei minhas mãos em seus pulsos e sorri para ele, eu não conseguia parar de sorrir.

- Eu não sou um sonho.

Seu sorriso se alargou.

- Tenho que discordar, meu anjo.

Ele se aproximou e deu um beijo demorado em minha testa, com tanto carinho e ternura que meu coração acelerou, ele recoou e me olhou com uma angústia tão crua que fiquei um pouco sem fôlego.

- Você desapareceu - sussurrou ele, e suas mãos no meu rosto tremeram levemente - Eu te procurei na confeitaria, fiquei horas sentado lá na esperança de que você aparecesse, mas você não veio. E aquilo me destruiu aos pouquinhos. Pensei que tinha perdido você.

- Me perdoe, eu nunca tive a intenção de te machucar. Nunca. Eu estou aqui, e não pretendo ir a lugar algum - garanti com o coração aos pulos, aquele olhar não deixava seu rosto e eu queria desesperadamente que ele desaparecesse, por isso, confessei: - Eu senti sua falta. Muita. Eu pensei muito em você esses dias, e fiquei assustada com o quanto queria te ver de novo.

Seu olhar se suavizou e meu coração inexplicavelmente se aqueceu, um canto de seus lábios se esticou revelando uma de suas covinhas.

- Sentiu muita a minha falta, foi? - murmurou em um tom sedutoramente baixo e rouco que fez um arrepio me percorrer.

- Muita - sussurrei, sem fôlego.

Ele aproximou o rosto do meu, me olhando bem dentro dos olhos ao dizer:

- Eu também senti sua falta. Demais.

Meu coração gaguejou e um sorriso se abriu em meus lábios, ele sorriu de volta para mim e envolveu um braço em minha cintura me atraindo para seu peito firme. Eu fui de bom grado, feliz pela proximidade, podia sentir seu delicioso perfume, seus braços fortes me segurando contra si.

Ele encaixou delicadamente a mão em meu queixo e inclinou minha cabeça até que nossos olhos se encontraram com os rostos a centímetros de distância. Ele não precisava me dizer o que ele queria, eu vi isso em seus olhos, mas também vi que a única coisa que o fazia hesitar era porque queria ver se eu concordava, se eu queria, e aquilo mexeu comigo mais do que ele podia imaginar.

Foi impossível não me lembrar das inúmeras vezes em que foi agarrada, pressionada e muitas vezes quase violada por Fergus, a cicatriz no meu quadril já diz tudo. Fergus nunca pediu minha permissão para me tocar, nunca perguntou se era aquilo que eu desejava, se eu concordava, nunca. Ele só tentava pegar o que queria sem se importar com mais nada, absolutamente nada.

Agora encontrei um homem que é diferente de tudo que eu conhecia, que me olha de uma maneira diferente, que me trata de maneira diferente, e agora com seus olhos lindos me pergunta se eu quero que me beije. E quero isso mais do qualquer coisa agora.

Como Seduzir Um Lorde Onde histórias criam vida. Descubra agora