☆ Capítulo 20 ☆

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Morgana

Eu acordei ao ouvir um pequeno barulho ao redor, e me sentei apressada, procurando Jane com olhos arregalados. Ela ainda dormia ao meu lado na cama, a respiração constante e calma. Cuidadosamente, eu verifiquei a temperatura dela, tinha baixado um pouco, o que me fez respirar aliviada.

Escutei o barulho de novo e de depende a porta adjacente foi aberta e Anya saiu, quando me viu arregalou os olhos.

- Oh, perdoe-me, não quis acordá-la.

- Está tudo bem - olhei para a janela e vi que o sol brilhava lá fora. Me voltei de novo para Anya - Que horas são?

- Já passa das nove.

Arregalei os olhos, saindo da cama as pressas.

- Aí meu Deus! Tem certeza? Por que ninguém me acordou? - comecei a procurar minhas coisas desesperada - Estou atrasada!

Achei meus sapatos e os calcei enquanto ia até o lavabo e limpava o rosto. Arrumei meu vestido e tentei domar meus cachos rebeldes, mas estava complicado já que eles não queriam cooperar, decidi apenas amarrar todo o cabelo no alto da cabeça o mais rápido possível.

- Por que a pressa? O que ouve? - questionou Anya, confusa.

- O que ouve é que eu estou prestes a ser uma mulher desempregada.

- Então por que a pressa?

- Porque eu preciso pelo menos tentar não perder meu emprego.

- Oh, entendi.

Eu parei. Olhei para Jane adormecida, eu não tinha tempo para levá-la para Griselda. Eu tinha que pensar em algo, tipo agora.

- Eu posso ficar de olho nela - disse Anya - E seus pais também estão aqui e tenho certeza que adorariam passar mais tempo com ela.

Eu pensei sobre isso.

- Não posso pedir isso a vocês.

Ela sorriu.

- Você não me pediu nada, eu ofereci.

- Está bem - concordei, então hesitei - O remédio dela. Não pode esquecer, por favor. E o suco de abacaxi, dê a ela.

Anya assentiu.

- Claro, pode deixar.

- E, por favor, não tire os olhos dela.

- Não vou tirar.

- E...

- Ela vai ficar bem, eu vou garantir isso.

Eu assenti, mesmo que meu coração ficasse apertado de deixar minha bebê doente sozinha. Fui até ela e beijei sua bochecha, passando os dedos suavemente em seus cachinhos louros.

Agradeci a Anya e disparei pela escada, correndo porta a fora, e pelas ruas até parar ofegante na porta da confeitaria. Eu mal tive tempo para recuperar o fôlego e o Sr Felício já estava abrindo a porta e me encarando de cima com tanto desprezo que por um segundo, me arrependi de ter vindo.

- Você ainda teve a coragem de vir aqui? - esbravejou, colocando as mãos na cintura.

Seu tom de voz fez com que as pessoas dentro da confeitaria olhassem para nós.

- Eu posso explicar...

- Eu não quero ouvir! Essa não é a primeira vez que você negligência minha generosidade...

- Generosidade?!

- Sim! Ou você acha que quando eu te aceitei aqui eu fiz por algum outro motivo? Não seja ridícula, ou mais do que você já é. Eu aguentei você por muito tempo, mas agora minha paciência acabou. Eu quero você fora daqui. Não quero ouvir nenhuma das suas mentiras, ou ter que aturar mais um minuto desse seu jeito de menina boazinha...

Como Seduzir Um Lorde Onde histórias criam vida. Descubra agora