In Paris

Capítulo 1

Seul - Coreia do Sul - 20:00 - Domingo.

Cheguei a um momento que não aguento mais minha vida repetitiva.

Vivo trabalhando, pagando contas e retornando para casa apenas dormir. Divido apartamento com minhas duas amigas Jennie e Jisoo, se não fosse assim, a grana que ganho não daria ao menos para me alimentar. Não é um salário ruim, mas também não é um salário que dê para viver bem.

Minha mãe sempre dizia: filha, estude para ser grande. Grande eu sou, tenho quase 1,70 m. Não sei se era exatamente dessa grandeza que minha mãe se referia. Creio que não.

Sou coreana, mas cresci na Austrália, tenho 24 anos e trabalho nas empresas Manoban, é uma granada curta, mas é um bom trabalho, e como não tenho ensino superior, é ótimo até demais. Não posso reclamar, é daqui pra pior.

Meu sonho real era ser cantora, viajar o mundo levando minha música, mas nunca tive muita chance de mostrar meu talento, as vezes posto vídeos no meu Instagram dedilhando algumas notas no meu violão, e soltando minha doce voz. Ao menos meus amigos elogiam nos comentários, o que se resume a 4 ou 5 comentários no máximo.

Era domingo a noite, Jisoo estava largada em um sofá, Jennie deitada no que eu estava, e com a cabeça apoiada no meu colo.

As duas assistiam um filme, enquanto eu estava com um livro apoiado na cabeça de Jennie e lendo.

Esse livro está mexendo com minha líbido, misericórdia senhor, me tira essa vontade de ser bem fodida ao menos uma vez na minha vida.

O fogo daquele livro estava passando para mim, e ao menos podia cruzar minhas pernas, já que Jennie estava com a cabeça sobre elas.

— Sabe o que eu queria agora? – Soltei, enquanto colocava o marca páginas no livro, e largava ele no braço de sofá.

— Comida? – Disse Jisoo, enquanto arrumava os óculos de grau.

— Dinheiro. – Jennie falou com preguiça.

— Queria conhecer uma pessoa, que soubesse me foder com vontade, pra que meu corpo lembrasse disso por pelo menos uma semana.

Jennie que estava deitada no meu colo levantou rapidamente me encarando abismada, assim como Jisoo que tinha a boca levemente aberta.

— Pasta, eu não sabia que você curtia essas coisas.

— Você tá falando sério? Eu estava até agora esperando você rir, para que eu risse junto  – Disse Jennie.

— Tenho que parar de ler esses livros depravado, isso está mexendo com minha cabeça.

Todo livro de putaria que você imaginar eu já li, trilogia de cinquenta tons, trilogia inferno de Gabriel, a garota do calendário, acotar... E mais uma grande variedade deles. Coloquei o olho, vi que é livro erótico, eu estou comprando. Só queria que algo assim acontecesse comigo. Deve ser tão superior um relacionamento, onde a base é um bom sexo. Quer dizer, eu gosto de romance, talvez eu viveria chorando se namorasse um cara assim. Eu sou realmente confusa, não tentem me entender.

— Tá mexendo é com tua vagina. Estou sentindo o fogo no cu daqui. – Disse Jisoo.

Eu e Jennie rimos.

— Aí Unnie, mas eu queria ter uma experiência assim. Eu só pego gente fraca.

— Pensei que você gostava de ficar com o Jimin. – Disse Jennie.

— Jennie não brinque com minha cara de princesa. Homem fraco, pego ele, pois é o que tenho disponível no momento. Ele parece mais um irmão para mim. É frustante!

— Rosé eu jurava que você gostava de umas coisinhas mais fofinhas.

— Gosto, mas também gosto de safadeza. Foder pesado e dormir juntinhos depois.

Peguei novamente meu livro e abri na página.

— Não tenho do que reclamar, sou bem fodida, graças a Deus. – Disse Jennie, voltando a deitar no meu colo.

— Graças a Deus? Graças a mim! – Jisoo soltou do outro sofá, inconformada.

Vi uma almofada voando na nossa direção, ao invés de pegar em Jennie, pegou bem na minha cara.

— Vocês deviam parar de usar o nome de Deus para esse tipo de comentário.

— Chaeyoung crente ataca novamente, estava agorinha falando que queria ser fodida até esquecer como se anda.

— Aí Unnie... Acho que preciso de um banho.

Me abanei com o livro, as meninas começaram a rir.

Fui para meu quarto dormir, claro, dormir depois de fazer carinho em mim mesma. Deitei na cama usando apenas uma fina e curta camisola de cetim. Coloquei um vídeo de pornô lésbico no meu celular, nunca entendi porque gosto de ver mulheres fazendo isso, sendo que sou hétero. O lésbico me deixa mais excitada, repito em mim, o que uma garota faz na outra.

Fazer isso só me deixa mais necessitada, por mais que chegue ao ápice, meu corpo fica atrás de mais. O que está acontecendo comigo?

Acho que vou ligar pro Jimin, ele é péssimo em sexo, mas pelo menos é algo diferente de mim mesma.

Grunhi de ódio e joguei meu celular do lado na cama. Não consegui gozar.

Levantei e fui até a pequena varanda do meu quarto. Eu moro no segundo andar, então podia ver bem as pessoas trafegando pelas ruas frias de Seul.

Observei uma mulher jovem saindo de um estabelecimento, devia ter seus 25 anos ou mais, estava acompanhada por um homem de uns 30 anos. Ela parecia importante, roupas sociais que de longe vejo que é de grife, pasta preta em mãos, e o rapaz que a acompanhava, parecia ser seu motorista particular.

Me abracei ao meu próprio corpo, estava frio e eu usava apenas uma camisola fina.

Roseanne Park, você é uma sem fundamento, as pessoas passando na rua, e você quase nua, nem calcinha estou vestindo.

Vi a mulher levantando o rosto em minha direção, nossos olhares se encontraram, bem na hora que deu um vento e levantou minha camisola, baixei rapidamente.

Aí meu Deus, será que ela viu?

Corri para dentro e fechei a janela e a cortina.

Nunca vou ver essa mulher, então tá tudo bem, só paguei um nudes de leve para uma estranha.

Uma estranha muito linda...

Grunhi novamente de ódio e me joguei na cama.

Dorme Roseanne, dorme, ao menos dormindo você não passa vergonha.

(.) (.)

Gente... Eu estava deitada de boas e comecei a pensar nessa fic. E eu já escrevi ela inteira, em tipo, uma semana? Por isso sumi das outras. KKK pretendo postar essa rapidinho, já que está completa. Então é isso, vão se virando aí com fic chaelisa, enquanto escrevo capítulo das outras em andamento.

Ps: Eu amei essa fic, e espero que vocês gostem. Ela é inteira narrada pela Rosé.