Não houve passagem de tempo, esse capítulo é contando como foi de sexta para sábado para o Henrique, enquanto a Joana teve aquela crise de medo.
Pov. Clara
Não dá mais, não vou aguentar por muito mais tempo essa preocupação. O dia já amanheceu as meninas já acordaram e o Henrique não chega.
Ontem a noite o encontrei prestes a sair, perguntei a onde ele iria tão tarde e porque estava arrumando daquele jeito. Ele me explicou que iria a uma festa com uns amigos e voltaria tarde. Não gostei de saber disso e o proibi, pensei que ele realmente tinha me escutado e voltado para o quarto.
Acordei durante a noite para ir ao banheiro, percebi que ainda estava chovendo e decidir ver se estava tudo bem com as crianças. A Alice estava tudo ok, no quarto da Aurora tive que fechar a janela que estava um pouco aberta. Entrei no do Henrique e ele não estava, procurei na casa toda e nada.
Liguei no seu celular várias vezes até que ele acabou atendendo, além de ter sido grosseiro, falou que não ia voltar para casa e que era para deixá-lo em paz… Se eu soubesse onde é essa festa já teria o trazido pela orelha.
— Alguma notícia do Henrique? – Meu marido pergunta preocupado.
Durante a noite, depois da ligação o Roberto acordou e estranhou eu não estar na cama. Contei a ele o que me preocupava, ficamos um tempo juntos esperando o Henrique depois ele acabou indo dormir por estar muito cansando.— Ainda não, as meninas já estão prontas? – Nós prometemos para as duas que passaríamos o dia na casa dos meus sogros. Mas agora, ficarei aqui esperando o Henrique enquanto os três se divertem.
— Estão terminando de conferir a mochila que vão levar… Você quer que eu volte depois para conversarmos juntos com o Henrique? – O Roberto não é pai biológico do Henrique, mas age como se fosse e demonstra preocupação com ele, às vezes tenta se aproximar e o aconselhar, o que na maioria das vezes dá discussão.
— Não precisa, apenas se divirta com as meninas e não deixe que elas percebam o que está acontecendo… Quando o Henrique chegar eu te aviso, não fique preocupado.
— Não deixe de me ligar caso precise, sei como o Henrique é difícil. E tenha paciência com ele, caso você sinta que vai perder o controle se afaste. Ok?
— Ok. Eu terei paciência com ele, não quero cometer os mesmos erros de novo. – Houve uma fase difícil na minha vida que me arrependo muito, principalmente pelo Henrique que foi o maior prejudicado.
— Estamos prontas papai. – As nossas filhas entram na sala. — Por que a senhora ainda está de pijama mamãe? –Pergunta a Alice.
— Pode ir de pijama? Ah não papai, por quê me fez trocar de roupa? Eu teria ido de pijama também. – Reclama Aurora com preguiça.
— Oh meu bem, não fica brava. – A pego no colo — infelizmente não vou com vocês na vovó hoje, mas o seu pai vai levá-las e ficar lá.
— Mas por que? – Pergunta a Alice.
— Por que a mamãe e seu irmão tem uma coisa importante para resolver. – Antes que uma das duas pergunte mais alguma coisa continuo a falar. — Não fiquem triste, vão com o Roberto e se divirtam muito… Outro dia a gente se diverte em família. Ok?
— Sim, mamãe – responde as duas ao mesmo tempo.
— Vocês pegaram a blusa de frio? – O tempo está com sol e nuvens de chuvas, a qualquer momento elas podem sentir frio.
— Tá na mochila, a gente já pode ir? – Confirma Alice ansiosa para ir ver a avó.
— Me esperem no carro enquanto eu converso com a mãe de vocês.
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Joana
Teen FictionAdolescente 15 anos, cabelos preto, olhos verdes,carinhosa, decidida, educada. Estudou por cinco anos Europa, após a morte da mãe. Seu pai era um empresário rico, bonito, mas ausente na vida da filha. Após voltar para o Brasil,ela começa a ter mui...