Espero que gostem
######################
Pov. Joana
O que eu sinto agora é tédio, já fiz meus deveres, assisti filme, séries, e já dormi um pouco. E até agora o meu pai não chegou do trabalho , não sei mais o que fazer.
Acho que vou dar uma volta pela casa, e levar o Lep comigo. Ele fica muito tempo, aqui no quarto. Para falar a verdade, ele nem sai daqui.
Eu sei que já deveria ter contado para o meu pai, sobre ele. Mas não tenho certeza se o mesmo ,me deixaria ficar com ele, e eu me apeguei tanto a ele, que se nós separrasemos eu não aguentaria.
Apenas a Valentina sabe, e todos os dias ela fica me perguntando quando eu vou contar.
Saio dos meus pensamentos assim que percebo que o Lep não está mais do meu lado. Pra onde ele foi?!
- Lep, Lepp, Leep. - começo a chamá-lo pelos corredores.
Eu tenho que encontra-lo, antes do meu pai chegar.
- au au au - sigo os latidos do Lep e o encontro enfrente a uma porta.
Essa porta é diferente das outras que tem aqui em casa. A maioria das outras portas são brancas e essa é de Carvalho, mas mesmo assim é bonita.
Tento abrir para ver o que tem dentro, já que não me lembro de tela visto aqui antes. Tento abrir a porta duas vezes, só que ela está trancada.
- Eu vou na quinta e volto sábado a noite... Eu não quero deixa-lá sozinha com a empregada ....
Pego o Lep no colo e saio correndo, ao perceber que o meu pai estava chegando perto.
Acho que ele estava falando com alguém celular, escutei uma parte, e agora eu tô confusa.
Quem ele não quer deixar sozinha com a empregada?!
E o que tem atrás daquela porta? Por que ela é diferente das outras? Por que ela está trancada?
Pra onde meu pai vai quinta?
E por que ele volta só no sábado?Sugiram tantas dúvidas agora. Acho que no jantar, eu vou falar com ele. O problema é que vai demorar ainda.
E falando nisso eu tenho que olhar se tem água e comida pro Lep. Eu coloquei um pouco para ele ontem, depois que voltei da fazenda. Mas não sei se tem ainda. A sua patinha já está bem melhor, inclusive não prescisa mais de curativo.
Vou no banheiro conferir se tem ou não comida, pro Lep. E como eu imaginava já está acabando, não tem quase nada de água e comida.
Pego a fazia de água e coloco até chegar perto, de encher totalmente. Agora a comida, eu vou ter que ir até a cozinha ver se tem alguma coisa.
Eu sei que o certo era ele comer ração, só que eu não tenho dinheiro para comprar, se eu pedir meu pai ele vai perguntar o que eu quero comprar. E não quero ficar mentindo mais, sobre o Lep para ele.
A Valentina até se ofereceu para comprar, mas eu disse que ia dá um jeito de conseguir a ração sozinha.
Só que a verdade é que eu não quero, que ela fique gastando dinheiro com isso. Ela já tá fazendo muito, guardando esse segredo. Inclusive foi ela que pagou a consulta no veterinário.
- O que você está procurando? - ainda bem que é a Valentina, assim posso falar a verdade.
- alguma coisa para o Lep comer, a comida dele tá acabando, não tem quase nada. - explico olhando dentro dos armários.
- Você não comprou ração para ele? - nego com a cabeça - Joana! Esse cachorro, não pode continuar vivendo assim.
- Por favor não fala nada ainda, eu vou da um jeito de conseguir ração para ele. - tento convencê-la com uma voz falsa de choro.
- a questão não é só essa Joana, você está escondendo isso do seu pai.
- Eu só tô escondendo, por que não sei se ele vai permitir que o Lep fique aqui.
- Eu entendo, mas quanto mais você demorar para contar pior vai ser... Tem um pacote de bolacha maisena dentro daquele armário, pode pegar e dá para ele.
Fico feliz que a Valentina entendeu o meu lado... Pego o pacote de bolacha e volto para o meu quarto.
POV. Carlos
Estou muito preocupado, tenho uma viagem de negócios para fazer. Ficarei três dias foras. Irei quinta de manhã e voltarei sábado a noite. Eu não quero, e nem posso deixar a Joana sozinha a com Valentina. Não é que eu desconfie da Valentina, aliás eu confio e muito nela. Ela trabalha aqui desde de que a Joana era criança.
Vou pedir a Rebeca para ficar aqui esses poucos dias, assim ela ajuda a Valentina, aqui na casa.
E tenta se aproximar da Joana, coisa que tá sendo bem difícil...Vou mandar uma mensagem para ela. Por sorte ela tá online agora.
Mensagem on
Carlos: amor?
Rebeca: Oi amor. Aconteceu alguma coisa?
Carlos: Não aconteceu nada de mais. Mas eu presciso falar com você, sobre uma coisa.
Rebeca: pode falar á vontade, estou com bastante tempo agora
Carlos: Eu irei viajar na quinta feira, e voltarei somente no sábado. Você poderia ficar aqui em casa, nesses dias.
Rebeca: pra que você vai viajar amor?
Carlos: a trabalho, é muito importante.
Rebeca: entendi, eu posso ficar sim. A Joana já sabe? Não quero ter problemas com ela, nem com ninguém.
Carlos: Eu vou falar com ela no jantar, e acho que não vai ter tanto problemas, depois do que aconteceu ontem...
Rebeca: você pegou bem pesado com ela...
Carlos: eu sei mas a Joana, prescisa aprender a te respeitar
Rebeca: ela me vê como uma inimiga, uma pessoa que vai acabar com ela, com a vida dela...
Carlos: isso é porque ela não te conhece ainda
Rebeca: eu até tento me aproximar dela, mais ela não deixa eu chegar perto, ontem quando ela estava chorando no seu colo, foi o único momento em que pude demostrar um pouco de carinho.
Carlos: e eu tenho certeza que ela gostou, do carinho, senão ela viraria a cara.
Rebeca: eu também acho, mas depois ela não foi grossa ou sem educação, foi meia fria, como se não me conhece-se, como se fosse a primeira vez que falava comigo.
Carlos: não fica assim amor, eu vou falar com ela agora no jantar, sobre você passar uns dias aqui
Rebeca: e se nesses dias ela me insultar ou outra coisa do tipo, o que eu faço?
Carlos: não creio que vá fazer isso, eu avisei ela ontem que se foltase com respeito a você, denovo, ela levaria o dobro do castigo de ontem. Porém seria com um cinto.
Rebeca: você teria coragem de bater com um cinto nela?
Carlos: a primeira vez em que bati nela, foi com um cinto. Mas já faz um tempo...
Rebeca: E por que você bateu nela?
Carlos: ela foi a uma festa escondida, sem permissão, bebeu bebidas alcoólicas, voltou tarde e ainda me faltou com respeito.
Rebeca: eu entendo o seu lado, mas entendo o dela também. E vocês dois tem o gênio bem forte.
Mensagem off
Fico conversando com a Rebeca até a hora do jantar. Vou prescisar de muita paciência para conversar com a minha filha...
######################
Desculpem a demora, até o próximo.😘😘
VOCÊ ESTÁ LENDO
Joana
Teen FictionAdolescente 15 anos, cabelos preto, olhos verdes,carinhosa, decidida, educada. Estudou por cinco anos Europa, após a morte da mãe. Seu pai era um empresário rico, bonito, mas ausente na vida da filha. Após voltar para o Brasil,ela começa a ter mui...