Passado

1.6K 64 18
                                    

Espero que gostem.
Tenham uma boa leitura!

Mais ou menos como imagino a Amanda.


##########

Pov. Carlos

Comprei um porta retrato branco com alguns detalhes preto. Coloquei  a foto da Amanda e darei de presente para a Joana. 

A minha filha sente muita falta da mãe, não tem nenhuma foto consigo apenas as lembranças. Mandei que retirassem da casa as fotos e os pertences da Amanda. Fiz isso para não ter que ficar lembrando dela vinte quatro horas por dia. Porém não adiantou nada, perder a Amanda foi uma das piores coisas que aconteceu comigo...

Observo a Joana sentada no Jardim perto das flores, ouvindo música de fone. Pego o porta retrato que está dentro de uma caixa de presente e a caixa de chocolate que a mesma me pediu.

— Nossa, agora entendo o por quê de você está aqui. – me sento ao seu lado.  

— Aqui está mais fresco com o vento. – ela retira os fones. — Comprou meu chocolate?

— Comprei essa caixa aqui  –  entrego os bombons para ela. – Não come tudo de uma vez senão vai passar mal, ainda mais com esse calor.

— Ok, eles  são uma delícia você quer? – pego um para mim e começo abri-lo.

— Filha eu sinto muito,de verdade.

— Pelo o que? – pergunta confusa.

— Ter mentido para você sobre as fotos da sua mãe terem estragado e muitas outras coisas que aconteceram. Sei que não posso voltar no tempo e desfazê–las, mas eu prometi a mim mesmo que seria um pai melhor para você. E para começar vou te dar isso, é para ficar no seu quarto. 

À  entrego a caixa de presente, ela fica meio surpresa e emocionada com a foto da mãe.

— É a ma… 

— É a sua mãe. Essa foto estava guardada na gaveta do meu escritório. Agora você pode observá-la a hora que quiser. 

— Por que não me entregou ela  antes? 

— Para você não ficar como eu, se lamentando por não tê-la mais aqui. E isso foi um erro meu.

— Por isso que  você também tirou as coisas dela do lugar? – pergunta sem parar de olhar e passar os dedos pela foto.

— Foi sim, a morte da Amanda, foi uma das coisas mais dolorosas que aconteceram na minha vida. Levei meses para me recuperar e voltar a rotina. Olhar as fotos, cheirar o perfume que ela usava, abraçar o travesseiro dela era uma forma de senti-la por perto. Mas com o tempo eu foquei muito no trabalho para esquecê-la e aí mandei que retirassem as coisas da sua mãe, para eu não ficar vinte quatro horas por dia lamentando  não tê-la por perto. – a explico o meu lado.

JoanaOnde histórias criam vida. Descubra agora