Saudade

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Os desejo uma boa leitura!

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Pov. Carlos

Passaram alguns dias e já é sábado novamente.Dei o espaço e tempo que pediram para a Joana se acalmar, digerir o que aconteceu. Na quarta liguei no celular dela, mandei mensagens e nada de ter uma resposta. Os pais da Amanda disseram que ela está bem, ficou trancada e isolada no quarto nos dois primeiros dias apenas no terceiro começou a sair. Também evitou conversar com os avós sobre o ocorrido.

Nunca pensei que ao saber tudo decidiria afastar e  fingir que não existo. Sei que mereço por tudo que fiz, mas dói seu rejeitado pela Joana, dói muito. A Rebeca tem ficado mais tempo comigo durante a noite, ela conversou com minha filha que disse para respeitarem o tempo que pediu. Na quinta fui na casa deles tentei conversar com a Joana, porém minha filha se trancou no quarto durante todo tempo que fiquei lá.

— Pode entrar – digo após escutar batidas na porta. — Oi amor – é a Rebeca, seu apoio nessa semana difícil tem ajudado. Estranho sua postura seria e de braços cruzados.

— Vai fazer igual o domingo? – Pelo tom de voz dá para ver que ela está um pouco insatisfeita comigo ainda deitado na cama. Depois de tudo que aconteceu no sábado, passei o domingo inteiro na cama. Ela ficou aqui também fazendo companhia.

— Não tenho muito o que fazer hoje.

— Tomou café da manhã pelo menos? – Assinto e chamo-a para deitar comigo. – A Mariana nós chamou para almoçar na casa dela. Vamos?

— Não sei, a Joana pode ficar desconfortável com a minha presença. Até hoje está me ignorando. – Seria ótimo ver minha filha, porém tenho oitenta porcento de certeza que ela irá me ignorar como tem feito.

— Vamos meu bem, assim você vê ela e tenta resolver as coisas. Precisa pedir desculpas, mostrar que está arrependido.

— Ok, nós vamos com uma condição: se a Joana não sentir bem com a minha presença, volto para casa.

— Tá, sairemos daqui por volta das onze e quinze. Vou ligar para Mariana e avisar que iremos. – Rebeca pega meu celular depois deu o desbloquear, ela liga no número da Mariana.

— Oi é a Rebeca….Sim, consegui convencer ele a ir…. Vamos sair daqui por volta das onze quinze…. Também acho…. Ok, Até. – Não consegui ouvir o que Mariana disse no celular.

11:30

Mariana abre a porta para a Rebeca e eu, Eduardo nos cumprimenta e não tenho nenhum sinal da Joana. Provavelmente ela preferiu ficar trancada no quarto.

— Onde está a Jo… – Antes que pudesse terminar de perguntar por ela, vejo-a entrar e olhar surpresa. — Oi.

— Oi, não sabia que era vocês os convidados. – Pelo jeito ela não está confortável comigo.

— Rebeca me dá uma ajuda na cozinha, por favor. – Rebeca concorda e vai com Mariana para a cozinha.

— Preciso ir ao banheiro, com licença. – Tenho dúvidas se estão dando pretextos para eu ficar sozinha com ela ou se estão sedo verdadeiros.

— Passou bem esses dias com seus avós? – Tento começar uma conversa com ela.

— Sim, o senhor está bem? – Ela evita olhar para mim.

— Na medida do possível… Quando pretende voltar? – Ela me olha meio espantada agora — não leve essa pergunta como intimidação. Apenas quero saber, sinto muito a sua falta.

— Não sei pai, vou ficar mais um tempo com eles. –bEla ter me chamado de pai  dá uma esperança que irá perdoar meu erro.

— Como já disse antes, pode voltar quando quiser. Está precisando de algo? 

JoanaOnde histórias criam vida. Descubra agora