Capítulo 29

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Ao som de I just can't help believing – Elvis Presley, Emma guiava o carro de Regina Mills pela estrada escura e vazia que dava para a saída de Storybrooke. A loira ainda não tinha contado para onde estavam indo, então Regina estava atenta a cada detalhe da estrada para tentar descobrir antes de chegarem. No entanto, não estava tendo muito sucesso, visto que o caminho estava escuro.

― Parece que o Henry esteve por aqui... ― Emma comenta divertida, balançando-se no ritmo da música.

― Ele realmente esteve, enquanto você estava com sua mãe. Sob protestos meu, ele veio fazer uma limpeza. ― Passa os dedos sobre o porta-luvas e sente a superfície ainda úmida do produto que ele usou para limpar. O carro estava parado há algum tempo e realmente precisava de uma limpeza. ― Disse que não poderíamos sair com ele sujo. ― Balança a cabeça negativamente, mas sorrindo.

― O garoto aprendeu direitinho... ― Swan diz, referindo-se as tantas vezes que desceu para a garagem do prédio para passar um pano no carro antes de sair à noite com Regina ou com os dois.

When she's lying close beside me – Quando ela está deitada pertinho ao meu lado

And my heart beats with the rhythm of her sighs – E meu coração bate no ritmo da sua respiração

This time the girl is gonna stay – Dessa vez a garota irá ficar

This time the girl is gonna stay – Dessa vez a garota irá ficar

For more than just a day – Por mais que um dia

― Parece que alguém está apaixonado... ― Mills comenta ao prestar atenção na letra da música.

― E de coração partido... ― Emma acrescenta em um tom triste. ― Além da Violet não se lembrar dele, ele a viu com outro garoto. Aquele que o incriminou de roubar doces, você lembra? ― A morena assente.

― Nicholas Zimmer... ― Murmura entredentes. ― Ainda bem que eu era bastante temida naquela época e todos acreditavam piamente em tudo que eu dizia. ― Balança a cabeça negativamente e respira fundo. ― Henry jamais roubaria qualquer coisa de qualquer lugar. ― Murmura em tom de obviedade.

― Você não é mais temida? ― Swan a questiona em um falso tom sério, sem encará-la. Se o fizesse, cairia na risada.

― Não, eu não sou. Sou apenas respeitada. ― Responde mais baixo, cruzando os braços.

― Se você está dizendo... ― Fala com ironia e recebe um olhar estreito de Regina. ― Bem, chegamos... ― Desliga o carro e tira o cinto de segurança.

― Essa conversa toda era para me distrair e eu não perceber para onde estava me levando? ― Olha ao redor rapidamente enquanto retira o cinto de segurança, mas não enxerga muito devido a escuridão do local.

― Não, mas serviu bem. ― Curva-se em direção a morena, toca seu rosto delicadamente e beija seus lábios com suavidade. As bocas deslizam vagarosamente uma sob a outra, as cabeças se movem em direções opostas, igualmente vagarosas, as pontas dos narizes se esbarram em meio aos movimentos, as respirações quentes se misturam e as línguas se tocam com timidez, causando leves arrepios nas mulheres e deixando seus corações acelerados. Quando a necessidade de ar se faz necessária, elas encerram o ato com selinhos. ― Sempre fazíamos isso antes de descermos do carro, quando estávamos indo para algum encontro, lembra? ― Pergunta baixinho, com os lábios quase colados nos dá outra. Regina assente e lhe beija mais uma vez. Quando se afastam, Mills se estica para pegar a bolsa no banco de trás. Ao alcançá-la, abra a porta para descer do veículo.

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