Capítulo 20

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— Mandou me chamar, prefeita? — Gregory pergunta assim que entra na sala.

— Como está a criança? — Fiona pergunta, sem levantar a cabeça e parar o que fazia para lhe dar a devida atenção.

— Continua sendo muito bem cuidada, madame. Apenas machucou a mão esses dias...

Fiona bate com força na mesa, assustando Gregory e fazendo-o interromper a sua resposta. Ela solta a caneta e então leva a cabeça. Seu olhar frio faz o homem tremer. A mulher se levanta da cadeira e anda lentamente até ele.

— Como você pode me dizer que ele está sendo muito bem cuidado e se machucou? — A mulher pega em seus cachecóis e os puxa com força.

— Foi só um arranhãozinho. — Fala com dificuldade. — A fada responsável pelo descuido já está sendo responsabilizada.

— Ótimo! — Solta as vestes do seu subalterno e vira-se de costas para ele, começando a andar pela sala. — Na última vez que nos vimos nessa sala, eu pedi para você descobrir o que estão aprontando e depois dá um susto nos nossos visitantes, no entanto, tudo que eu vejo são eles andando para cima e para baixo nessa cidade, provavelmente, tramando contra mim. — Balança a cabeça negativamente. Para em frente à janela e dedica sua atenção ao pequeno movimento de Storybrooke. — E tudo que eu sei é que estão fazendo muitas perguntas por aí. — Seu tom de decepção faz o homem olhar para baixo, envergonhado por ter falhado em uma tarefa tão simples. Com tantos ouvintes e olheiros pela cidade, não era difícil descobrir o que estavam tramando. — É questão de tempo até estarem em vantagem.

— Tudo estará pronto antes do anoitecer, senhora.

— Eu não espero menos que isso. — Murmura com um ar distante. Estava muito focada no que via pela janela.

— Sim, senhora!

— Venha até aqui! — Bradou irritada e Gregory quase correu até ela. — Essa felicidade e tranquilidade tem que acabar. — Apontou para Emma e Henry, que abraçados de lado e sorridentes, desciam a rua em direção às docas. — Entendeu?

— Sim, senhora!

— Pela demora em executar o que eu pedi, não haverá mais bônus especial. Mas se não fizer menos que perfeito, sofrerá as consequências. — Ameaça e o homem balança a cabeça afirmativamente, várias vezes.

— Não se preocupe, senhora. Estou trabalhando para que saia tudo bem e eles fiquem ocupados o suficiente para não a atrapalhar até a senhora fazer o que planeja. — Garantiu, falando com certeza e Fiona sorriu satisfeita. — Com a sua licença... — Fiona assente e ele se afasta da janela, dando a volta na mesa e se dirigindo para a saída.

— Não se esqueça de descobrir mais sobre o que estão planejando. — É o seu último pedido antes de ver Gregory atravessar a porta da sua sala e sair.

•§•

Quando Emma, sozinha, pois Regina ligou para Henry assim que acordou, chamando-o para tomar café com ela e o garoto voltou para o Granny's, chegou nas docas procurando por Killian, estranhou não o ver por ali, como sempre, mexendo em alguma coisa da Jolly Roger. Então, sem hesitar, subiu no navio e começou a procurá-lo, chamando seu nome.

Não demorou muito para ela encontrar Jones encostado em um baú, completamente torto, dormindo. Ao seu redor havia vários cacos de vidros e algumas garrafas de rum, o ar cheirava a álcool e sua mão estava bem machucada. Emma se desespera e corre até o homem.

— Killian? — Balança-o, no desespero. — Killian? — Balança-o mais uma vez e ele acorda, assustado. Pisca algumas vezes, acostumando-se com a claridade e solta um gemido de dor.

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