Capítulo 16

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Chegamos para alegrar a manhã de sábado. Boa leitura!



Ao entrarem na cabine do Capitão, na Jolly Roger, Killian oferece rum à loira, e pede que ela se sente no sofá.

— Antes de eu começar a falar tudo que aconteceu, gostaria de te ouvir primeiro. — Swan diz, tomando seu primeiro gole de rum, fazendo uma careta. Killian sorri e assente.

— Bem... — Pega seu copo, brinda rapidamente com o da loira, e toma tudo de uma vez. — Com certeza deve estar se perguntando por que eu não perdi a memória como os outros, estou certo? — Senta-se na cama, ficando de frente para Swan, que balança a cabeça afirmativamente, tomando mais um gole de sua bebida. Killian ficava se perguntando quando ela iria aprender que rum é o tipo de bebida que se toma em uma tacada só. — Eu me separei de todos, assim como Rumpelstiltskin, quando chegamos à Floresta. — Começa, lembrando-se do quanto David ficara irritado por isso. — Fomos cada um para um lado. Meus planos eram diferentes. — Faz uma pausa e respira fundo, já ficando triste pelo que iria dizer a seguir. — Enquanto eles queriam retomar as suas vidas, conformados com a situação, eu queria encontrar um jeito de te encontrar novamente. — Confessa em um tom baixo, desviando do olhar da outra, deixando-a surpresa.

Por breves segundos, Emma sente culpa por ter se envolvido com outra pessoa, enquanto Killian buscava uma forma de se reunir com ela novamente. Sente culpa por ter estado com outra pessoa, quando havia dito para ele, que o amava, que tudo ficaria bem, e que eles se reencontrariam novamente. Sente culpa, por ter começando um relacionamento novo, sem nem mesmo ter terminado o anterior.

— Não se sinta culpada... — O homem murmura, apontando para a aliança no dedo anelar da mão esquerda dela. Ele parecia ter lido seus pensamentos. — Você não tem culpa. — Murmura mais para si que para Swan. No fundo, ele lutava para acreditar no que dizia, e falar em voz alta parecia ajudar. — Suas memórias mudaram assim que você passou daquela linha que delimita a cidade. — Repete o que a sua razão lhe sussurrou incontáveis vezes desde que soubera que ela está com um novo alguém. — Você não se lembrava de mim ou de qualquer coisa que tivemos. — Dá de ombros. Na verdade, ele tentava segurar suas lágrimas.

Emma abaixa a cabeça por breves segundos, e fecha os olhos, ainda sentindo a culpa percorrer seu corpo, mesmo concordando com o que o Capitão falara.

— Bem, depois que eu me separei dos seus pais, eu não tive mais notícias deles. — Ele continuou a história, levantando-se e se servindo mais uma vez. O copo de Emma, mesmo que pequeno, ainda tinha metade do conteúdo. Jones sorriu. Ela nunca foi fã da bebida. — Fiquei preso em uma armadilha e fui parar na Terra do Nunca.

— Peter Pan...

— Não... — Apressa-se em dizer, interrompendo-o. — Esse já era definitivamente. — Dá um sorrisinho ao se lembrar de quando o encontrou no submundo. — Indígenas. — Esclarece, lembrando-se rapidamente da primeira vez que deu de cara com a Princesa dos Indígenas, Tiger Lily, na Terra de Peter.

­— E como você conseguiu sair dessa? — Perguntou, verdadeiramente curiosa.

— Eu tenho os meus truques. — Toma mais uma dose do seu rum, e pisca para a loira, que sorri, balançando a cabeça negativamente. — Bem, quando eu voltei para a Floresta, dei de cara com uma pessoa muito... — Fez uma pausa. — Interessante. — Conclui, fazendo uma careta ao se lembrar do seu eu mais velho.

— Quem? — Franze o cenho, não entendendo a expressão do homem.

— Capitão Killian Jones! — E então Emma solta uma gargalhada, lembrando-se do desastroso e barrigudo Gancho do Reino do Desejo. — Não sei se você sabe, mas é feio ficar rindo da desgraça dos outros. — Apesar de seu tom sério, Emma sabia que ele estava se segurando para não rir também.

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