Capítulo 19

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De volta aos seus aposentos, ele levou Potter de volta ao segundo frasco, a poção nutritiva, e ofereceu a pequena amostra que ele havia feito. Não havia razão para o exame de sangue – nenhuma chance de uma reação negativa.

Potter sorriu para ele, piscou para ele e bebeu a poção sem hesitar.

— Tem gosto... de coco. — Ele disse, franzindo a testa. — O que é estranho porque nada mais tem gosto de nada. Exceto... exceto sangue. — Ele disse, olhando para o frasco.

Severus levantou uma sobrancelha, surpreso e não surpreso.

— Você... gosta de coco? — Ele verificou, sem saber o que dizer.

Um momento depois, ele se viu com uma braçada de Potter, encontrou o homem mais jovem rindo em seu peito, braços em volta dos ombros de Severus.

— Tem gosto de coco. — Ele disse, sua voz um pouco estridente. — Eu odeio coco, mas Severus, essa é a melhor coisa que eu já provei em quase um ano. — Ele sussurrou – e de repente, Severus pensou ter entendido.

Ele puxou Potter para mais perto, abraçou-o de volta, sem se importar com a aparência que teria se alguém o visse. Ele se permitiu um pequeno sorriso, satisfeito que o homem mais jovem estivesse... feliz, mesmo que fosse um pouco desesperado, um pouco nervoso . Ninguém - nem mesmo Potter - conseguia ver seu rosto de qualquer maneira.

Depois de um minuto, Harry se afastou.

— Eu... desculpe, desculpe por isso. Eu estava apenas sobrecarregado. — Ele disse com uma fungada. — Isso... funciona também. Eu me sinto... menos faminto. Mas essa não foi uma dose completa, foi?

Ele balançou a cabeça.

— Não. Apenas uma amostra.

— C-Certo. — Harry disse. — Isso... mesmo só isso é incrível. Obrigado, Severus. — Ele ofereceu, se aproximando novamente. Por um momento absurdo, ele pensou que Potter poderia estar prestes a beijá-lo – então dedos pousaram em seu peito. — É... posso agradecer por isso, de alguma forma? — O outro homem perguntou.

O desejo lambeu a espinha de Severus. Ele estava seriamente tentado a pedir algo – qualquer coisa que ele quisesse, mas... mesmo que ele pudesse silenciar seu bom senso, ele se conhecia bem o suficiente para saber que não seria certo, uma imitação pálida. Pior, possivelmente, do que nada.

— Não. — Ele disse suavemente. — Você gostaria de se alimentar?

Os olhos de Potter se arregalaram, e ele sorriu fracamente.

— Se você estiver pronto.

— Claro. — Ele disse, assim que o outro homem deu um passo para trás novamente.

.

Ele se esticou na cama, muito mais confortável do que nas primeiras vezes. Parecia quase normal, agora, desabotoar a camisa o suficiente para deixar Potter acessar sua garganta. Ele fez uma pausa, no entanto, antes de gesticular para que Potter se juntasse a ele.

O outro homem sempre esperava pelo convite, sem falta.

— Algo ainda está errado. — Potter adivinhou enquanto se deitava.

— Eu... não exatamente. — Ele disse, esfregando a mão sobre os olhos.

— Você pode me dizer. — Potter disse, surpreendendo-o quando ele cutucou o cotovelo de Severus com os dedos. — Nós somos... amigos agora, certo? Se você quiser conversar, eu não me importo em ouvir.

Ele abriu a boca para dizer a Harry que ele tinha que ser louco para pensar que eles eram amigos – mas quando ele viu a expressão suave e gentil no rosto do outro homem, ele não teve coragem de explodir, nem de perto.

The Will To Fight | SnarryOnde histórias criam vida. Descubra agora