Ele olhou para a garrafa de líquido rosa e vermelho que Harry lhe trouxe um dia depois.
— Eles deixaram você ficar com isso?
— Eu flertei com a guardiã de registros. — Harry disse sem rodeios. Severus zombou, olhando para o outro homem.
— Parabéns. — Ele retrucou irritado.
Harry zombou e revirou os olhos.
— Não seja dramático. Ela... Eu fui para a escola com ela. Romilda Vane?
— Eu me lembro. Tonta. Certamente nenhuma pocionista.
— Erm, não, ela não é. Ela é só administradora. Você sabe quem é, no entanto? — Ele perguntou, se mexendo um pouco. — A namorada do Draco. Astoria Greengrass. Ela trabalha no departamento de poções.
— E como uma sonserina ela é naturalmente uma suspeita? — Ele retrucou. — Devo contatar Draco e informá-lo que você estará flertando com a noiva dele em seguida?
— Ah, eles estão noivos? Eu não sabia. E não, obviamente não. — Harry disse em um tom irritado. — Só pensei em mencionar. Se fosse ela...
Severus congelou, o ciúme persistente que ele vinha combatendo de repente foi esquecido.
— Ela tem acesso à Mansão Malfoy. — Ele disse cuidadosamente.
— Eu... sim? Se eles estiverem noivos, provavelmente. — Harry disse com uma carranca.
— Preciso falar com Draco. — Ele decidiu, sentindo-se um pouco fraco.
Um toque suave em seu cotovelo o parou logo antes de chegar à lareira para falar com ele por flu. Ele se virou para olhar para Harry, que estava lhe dando um olhar estranho.
— Tenha cuidado? Por favor? — Ele disse sem jeito.
Severus abriu a boca para dizer para ele ir embora, quando, de repente, Potter ficou na ponta dos pés e deu um beijo em seus lábios.
Harry se afastou, e ambos ficaram ali em silêncio – ele estava desconfortavelmente ciente de que aquela era a primeira vez que eles se beijavam fora do arranjo de alimentação. A única vez, ele se corrigiu mentalmente, não a primeira. Era improvável que houvesse mais, e...
— Terei cuidado. — Ele prometeu, apesar de si mesmo.
— Bom. — Harry disse com um pequeno e suave sorriso.
.
Ele rosnou um palavrão um tanto rude e jogou o frasco que estava segurando contra a parede. Um fracasso – seu décimo sétimo. Era absurdo – ele estava quase sem o frasco de veneno de vampiro que Harry lhe trouxera, e até agora não valia nada.
De nenhuma utilidade – ele mal conseguia descobrir o que era a poção.
O melhor que ele conseguiu imaginar é que a intenção era fazer algo completamente diferente e, por coincidência, acabou dando certo, porque nenhum ingrediente que ele identificou fazia sentido, dado o resultado pretendido.
Poções eram uma ciência, e não se jogava coisas em um caldeirão sem pensar duas vezes e depois bebia. Havia interações, temperaturas, tempos de preparo, direções de agitação – tantas variáveis – e a poção que ele tinha, aquela que ele estava tentando reproduzir – não fazia sentido algum.
— Severus? — Harry perguntou, enfiando a cabeça no laboratório.
Ele zombou do homem mais jovem – previsivelmente, não teve efeito algum quando ele entrou.
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The Will To Fight | Snarry
FanfictionSeverus grunhiu, irritado apenas por princípio. Não é que ele estivesse sendo incomodado - de forma alguma, na verdade -, mas ainda assim o incomodava quando a diretora mandava Potter vir. Não era nem mesmo ele - ele detestava todas as lembranças do...