Capítulo 31

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Ele olhou para a garrafa de líquido rosa e vermelho que Harry lhe trouxe um dia depois.

— Eles deixaram você ficar com isso?

— Eu flertei com a guardiã de registros. — Harry disse sem rodeios. Severus zombou, olhando para o outro homem.

Parabéns. — Ele retrucou irritado.

Harry zombou e revirou os olhos.

— Não seja dramático. Ela... Eu fui para a escola com ela. Romilda Vane?

— Eu me lembro. Tonta. Certamente nenhuma pocionista.

— Erm, não, ela não é. Ela é só administradora. Você sabe quem é, no entanto? — Ele perguntou, se mexendo um pouco. — A namorada do Draco. Astoria Greengrass. Ela trabalha no departamento de poções.

— E como uma sonserina ela é naturalmente uma suspeita? — Ele retrucou. — Devo contatar Draco e informá-lo que você estará flertando com a noiva dele em seguida?

— Ah, eles estão noivos? Eu não sabia. E não, obviamente não. — Harry disse em um tom irritado. — Só pensei em mencionar. Se fosse ela...

Severus congelou, o ciúme persistente que ele vinha combatendo de repente foi esquecido.

— Ela tem acesso à Mansão Malfoy. — Ele disse cuidadosamente.

— Eu... sim? Se eles estiverem noivos, provavelmente. — Harry disse com uma carranca.

— Preciso falar com Draco. — Ele decidiu, sentindo-se um pouco fraco.

Um toque suave em seu cotovelo o parou logo antes de chegar à lareira para falar com ele por flu. Ele se virou para olhar para Harry, que estava lhe dando um olhar estranho.

— Tenha cuidado? Por favor? — Ele disse sem jeito.

Severus abriu a boca para dizer para ele ir embora, quando, de repente, Potter ficou na ponta dos pés e deu um beijo em seus lábios.

Harry se afastou, e ambos ficaram ali em silêncio – ele estava desconfortavelmente ciente de que aquela era a primeira vez que eles se beijavam fora do arranjo de alimentação. A única vez, ele se corrigiu mentalmente, não a primeira. Era improvável que houvesse mais, e...

— Terei cuidado. — Ele prometeu, apesar de si mesmo.

— Bom. — Harry disse com um pequeno e suave sorriso.

.

Ele rosnou um palavrão um tanto rude e jogou o frasco que estava segurando contra a parede. Um fracasso – seu décimo sétimo. Era absurdo – ele estava quase sem o frasco de veneno de vampiro que Harry lhe trouxera, e até agora não valia nada.

De nenhuma utilidade – ele mal conseguia descobrir o que era a poção.

O melhor que ele conseguiu imaginar é que a intenção era fazer algo completamente diferente e, por coincidência, acabou dando certo, porque nenhum ingrediente que ele identificou fazia sentido, dado o resultado pretendido.

Poções eram uma ciência, e não se jogava coisas em um caldeirão sem pensar duas vezes e depois bebia. Havia interações, temperaturas, tempos de preparo, direções de agitação – tantas variáveis ​​– e a poção que ele tinha, aquela que ele estava tentando reproduzir – não fazia sentido algum.

— Severus? — Harry perguntou, enfiando a cabeça no laboratório.

Ele zombou do homem mais jovem – previsivelmente, não teve efeito algum quando ele entrou.

The Will To Fight | SnarryOnde histórias criam vida. Descubra agora