Ele esperava que fosse urgente. Áspero. Desesperado, talvez.
Não foi.
Foi dolorosamente gentil e terno. Quase mais do que ele podia suportar, uma espécie de superestimulação emocional para a qual ele não estava preparado. Ele não tem ideia de qual deles empurrou o outro em direção à sua cama, ele não tem ideia do que aconteceu com sua ressaca, ou sua consciência de que era estupidamente cedo.
Nada disso importava, nada disso era real, não do jeito que Harry era.
Ele sabia que foi ele quem quebrou o silêncio primeiro, que implorou a Harry por uma chance de mostrar que o queria, vampiro ou não, e que ele provaria isso quantas vezes pudessem acordar um ao lado do outro — se Harry deixasse.
Harry deixou.
As roupas deles caíram – provavelmente magicamente, mas ele não tinha certeza, não se importava. Ele podia tocar Harry – e então ele o fez. Ele caiu de joelhos diante do homem mais jovem, deixando suas mãos e boca percorrerem seu corpo. Harry era quente, familiar, e também, de alguma forma, não.
Ele reagiu de forma diferente agora, e foi somente quando ambos estavam deitados na cama, um ao lado do outro, e Severus continuou suas explorações de seu corpo ali, que ele descobriu o porquê.
— É... diferente. Sinto você diferente. — Harry sussurrou, estremecendo enquanto Severus esfregava os dedos sobre os mamilos de Harry. — Antes, eu estava sempre... com fome. Distraído. Eu podia ouvir seu sangue correndo em suas veias. — Ele disse.
Severus depositou beijos suaves em seu corpo, descendo pelas costelas até os músculos macios e relaxados de seu estômago.
— Agora... agora eu realmente posso sentir você. — Harry continuou, um pouco sem fôlego.
Severus continuou, ansioso para mostrar a Harry o que ele era tão terrível em dizer – e que, pelo menos, ele era bom nisso. Ele sabia que podia, sabia que podia mostrar a Harry seu cuidado. Mais uma vez, ele ficou quase surpreso que não havia muita urgência, nenhum desespero.
Ele se moveu com cada pedaço de afeição que negava ter pelo outro homem. Harry permitiu prontamente, abriu as pernas e deixou Severus tocar onde quisesse. Este encontro foi inteiramente desprovido dos gemidos e lamentos e gritos que geralmente enchiam o quarto – mas então, ele gostava de suspiros suaves e gemidos silenciosos tanto quanto, amava poder ouvir sua própria respiração, o som de seus lábios pressionando o corpo de Harry.
Dedos pentearam seu cabelo, unhas raspando deliciosamente seu couro cabeludo quando ele finalmente abaixou sua boca para o pau de Harry. Nisso também, ele sabia que era bom – no primeiro toque de sua língua, Harry gemeu e arqueou suas costas, cabeça jogada para trás enquanto suas mãos se fechavam por um momento.
Foi só um momento – Harry relaxou, e Severus o chupou mais fundo, movendo-se sem pressa e guardando seu gosto na memória. Foi a primeira vez que ele provou Harry sem a saliva de vampiro, e ele realmente não achou que faltasse nada – muito pelo contrário, se tanto.
Harry tinha um gosto quase doce em sua língua, e ele sabia, dessa vez, que não precisaria tentar manter o foco, que não havia nada para distraí-lo do que ele queria fazer – mostrar a Harry como ele se sentia.
Ele realmente não tinha ideia de quanto tempo continuou assim, quanto tempo até decidir que queria mais, precisava continuar com outra coisa e se afastar.
Harry sorriu para ele quando ele se afastou, e puxou seu braço até que ele se moveu alto o suficiente para poder beijá-lo. Ele queria se oferecer, ter Harry transando com ele como eles costumavam fazer – e ele tinha certeza de que eles fariam, eventualmente – mas seu amante em vez disso puxou Severus para baixo contra si mesmo, até que eles estivessem pressionados juntos do peito ao tornozelo, sem um centímetro de espaço entre eles.
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The Will To Fight | Snarry
FanfictionSeverus grunhiu, irritado apenas por princípio. Não é que ele estivesse sendo incomodado - de forma alguma, na verdade -, mas ainda assim o incomodava quando a diretora mandava Potter vir. Não era nem mesmo ele - ele detestava todas as lembranças do...