Capítulo 25

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Ele deliberadamente relaxou o aperto nos braços da cadeira sob os dedos e encontrou olhos verdes confusos e preocupados.

— Você não me assustou. — Ele disse cuidadosamente. — No entanto, acho difícil acreditar que tudo o que um jovem bonito sem muita experiência estaria interessado seria em uma mão no pau de seu parceiro. — Ele sibilou com raiva.

Isso era, na verdade, tudo o que eles tinham feito. Potter lambia e beijava seu corpo – nunca seu pau – e o fazia gozar com uma mão já praticada. Em troca, ele não tinha escrúpulos em fazer mais do que isso, tinha chupado Potter alegremente, teria dado mais a ele – se houvesse qualquer indicação de que tal oferta seria bem-vinda.

Não houve.

Potter suspirou suavemente.

— Há muito mais em que eu estaria interessado. — Ele disse calmamente, seu tom tão vulnerável que Severus teve que engolir o desejo instintivo de atacar, expor a vulnerabilidade e expô-la até que pudesse examiná-la na luz.

Em vez disso, ele respirou fundo – uma estratégia de enfrentamento que estava rapidamente perdendo sua eficácia – e esperou para se acalmar.

— E ainda assim você não tem desejo de se envolver em tais interesses?

— Claro que sim. — Potter disse de forma desdenhosa. — Mas eu não posso simplesmente... quero dizer, você espera que eu... — Ele acenou com uma mão no ar, como se Severus devesse entender aquilo.

— Espero que você faça isso? Sim, isso aceleraria as coisas. Ou, pelo menos, pedir — Ele disse, sem conseguir evitar a careta

Potter apenas corou levemente e desviou o olhar. Ele não tinha ideia do porquê – nenhuma ideia do que a reação significava.

— Não é... não é fácil pedir. — Ele disse calmamente. — Eu não sei o que você quer - exceto as coisas que já fizemos. E eu sei que... Cristo, estou com medo de te empurrar para algum lugar que você não quer ir e então você rescindir o acordo completamente, ok? — Potter admitiu calmamente.

Severus bufou.

— Talvez isso tenha escapado de sua mente minúscula, mas eu não sou uma pessoa fácil. Sou bem capaz de dizer não.

— Mas é justamente isso, não é? — disse Potter, de repente parecendo bastante irritado. — Você é? Porque tenho certeza de que, se eu lhe pedisse com as presas no pescoço, você me deixaria arrancar seu coração e comê-lo. — rosnou o jovem.

Severus sentiu o sangue sumir de seu rosto, vergonha e humilhação florescendo dentro dele de uma forma que ele não sentia há muito tempo.

— Absurdo. — Ele sibilou, os dedos tremendo de medo de que Potter revelasse a mentira óbvia.

Um silêncio pesado pairou entre eles por vários segundos longos – então Potter continuou, seu tom gentil.

—Eu odeio a ideia de... de tirar vantagem. Isso me apavora. — Ele disse calmamente, como se estivesse admitindo um segredo – como se não tivesse intenção de chamar Severus para fora. — Eu pensei que você... me avisaria. Se houvesse algo mais, você estaria disposto a me deixar, erm, tentar. Eu estou pronto para qualquer coisa. — Ele disse.

Severus estava dividido – ele não tinha certeza do que estava dividido exatamente, apenas que odiava todas as opções que tinha. .— Você deve entender que um homem como eu com um parceiro como você... — Ele parou com um silvo, percebendo no meio da frase que queria dizer isso tanto quanto queria admitir o quão vulnerável o veneno o deixava.

The Will To Fight | SnarryOnde histórias criam vida. Descubra agora