Capítulo 17

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Todo o corpo de Severus se elevou no beijo, de uma forma que ele sabia que tinha pouco a ver com a antecipação do prazer e tudo a ver com um desejo sincero de beijar o grifinório. Ele abriu os lábios, convidou a língua de Potter para dentro de sua boca.

Ele não ficou desapontado – para sua surpresa, Harry beijava bem, explorando sua boca ansiosamente. Ele meio que pensou que o outro homem poderia confiar em seus feromônios para isso – e ele tinha certeza de que isso também funcionaria, porque seu corpo inteiro se sentiu eletrificado enquanto ele estava deitado ali, sob Potter – mas ele não o fez.

Severus gemeu suavemente e tentou puxar Potter para mais perto, ciente demais de que não conseguiria se o outro homem não permitisse – mas ele permitiu, e se inclinou até que seus peitos estivessem pressionados juntos. Ele gostou, do peso de outro homem em cima dele.

Ele se mexeu, pressionando-se contra Harry, gostando do fato de não haver movimento algum em sua forma, do fato de Potter ser muito mais forte que ele.

Para sua decepção, Harry se afastou mais cedo do que tarde. Ele suspirou suavemente, deixando os tremores secundários correrem por ele.

— Bom? — Potter verificou — como se não fosse óbvio.

Como se ele não conseguisse sentir o cheiro.

Ele suspirou.

— Não seja um imbecil. — Ele se forçou a dizer, satisfeito por ainda estar coerente.

Potter sorriu.

— Hm? Não tão suscetível a isso, hm? A maioria das pessoas estaria... um pouco fora de si agora. — Ele observou.

Severus engoliu em seco fracamente.

— Exposição prévia? — Ele adivinhou. — Talvez eu tenha... uma tolerância.

Os olhos de Harry se arregalaram e ele assentiu lentamente.

— Talvez. Eu suponho... veremos?

— Sim. — Ele concordou, o pulso acelerando com a ideia de mais, de uma próxima vez. Ele gentilmente estendeu a mão, puxando Harry pelos cabelos, para outro beijo. Este foi mais curto, e quando o outro homem se afastou, ele realmente se sentiu um pouco fora de si, um pouco entorpecido.

Na próxima vez que Harry se abaixou, depois que eles recuperaram o fôlego, ele balançou a cabeça e expôs o pescoço.

Porra. — Potter sussurrou acima dele – ele se permitiu uma risada, escolhendo interpretar isso como um elogio.

Uma língua roçou seu pescoço, lentamente, deliberadamente, e ele gemeu, seu corpo inteiro ganhando vida com o toque. Não importava que ambos estivessem vestidos, que nada realmente aconteceria entre eles – seu corpo estava doendo pelo toque de outro homem. Por Harry Potter, de todas as pessoas.

— Sua pele tem um gosto adorável. — Potter murmurou contra seu pescoço, e ele gemeu, porque quem lhe deu o direito? Ele não podia reclamar, não podia fazer nada. Um momento depois, dedos roçaram sua mão, puxaram-na para cima e para dentro do cabelo de Harry. Ele a agarrou instintivamente, mantendo-a onde o outro homem a direcionava. — Sim, mantenha-a ali. Se você precisar que eu pare em algum momento, apenas... apenas puxe, ok? — Ele disse.

Claramente, ele tinha mais fé do que Severus em sua capacidade de resistir, porque dessa vez, sabendo que não precisava ficar alerta, que Harry estava bem, ele não tinha ilusões sobre como as coisas seriam.

— Morda-me. — Ele gemeu, surpreso e satisfeito quando Potter riu suavemente. Ele não quis dizer isso como uma piada, mas...

Lábios roçaram sua pele, um quase beijo que foi prontamente substituído pela pressão suave de dentes afiados, não que Potter tenha mordido ainda. Ele parecia estar esperando por algo, e Severus não tinha ideia do que, estava apenas esperando desesperadamente que Potter fizesse isso logo.

The Will To Fight | SnarryOnde histórias criam vida. Descubra agora