Capítulo 21

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— Você o quê? — Ele rosnou, e por um longo momento, ambos congelaram. Isso também era estranho – até onde ele podia perceber, Potter realmente não tinha razão para ficar surpreso com suas próprias palavras. Ele estava, era óbvio para Severus – e um momento depois, ele deslizou para fora da cama também, andando de um lado para o outro.

— Eu... eu sinto muito? Eu não... eu acho que estou... com ciúmes?

— De quê? — Severus rosnou, pisoteando violentamente a onda de prazer que aquelas palavras causaram nele.

— De... de... eu acho, com quem você ia dormir?

Ele sentiu um rubor subindo pelo seu pescoço, satisfeito por estar – e continuaria coberto pela sua camisa.

— Você é louco, Potter? Eu não estou – nós não estamos – você não está interessado, você não pode ditar com quem eu fodo! — Ele rosnou, sua voz um pouco alta demais, sua fúria um pouco óbvia demais.

Potter estremeceu, praticamente murchando diante dele, mas estava furioso demais para se arrepender.

— Eu... eu... — Potter gaguejou parecendo um estudante totalmente tolo.

Eles se encararam por vários segundos antes de Potter desviar o olhar, com o rosto vermelho.

— Quer dizer, eu... acho que gostaria. — Ele gaguejou.

— Você gostaria de me dizer o que posso e o que não posso fazer com outras pessoas? — Ele perguntou, sua raiva aumentando ainda mais.

— Não. — Potter disse lentamente, sua expressão mudando para algo ilegível que ele realmente não se importava. — Eu acho que eu gostaria de, erm... te foder? — Ele perguntou.

O silêncio caiu, um silêncio doloroso, estranho e alto.

Incapaz de lidar com isso, Severus foi embora, para sua sala de estar, onde pescou sua garrafa de uísque. Ele decidiu abrir mão do copo e simplesmente beber direto da garrafa, que se danem as maneiras. Ele realmente tinha acabado de ouvir...

Não. Ele provavelmente desmaiou depois que Potter se alimentou dele e estava sonhando.

Alucinante, talvez.

— Severus. — Harry perguntou, claramente parado muito perto dele.

Ele colocou a garrafa com um baque e se virou – e, de fato, Potter estava parado a poucos centímetros dele.

Ele estremeceu levemente.

— Potter, você...

Mãos seguraram seu rosto e o puxaram para baixo em um beijo. Ele grunhiu, querendo, muito, lutar, se afastar – mas ele simplesmente não conseguia se livrar do aperto extremamente gentil de Potter.

Não havia força, nem mesmo uma urgência específica, mas Severus ainda não conseguia se afastar, não conseguia empurrar Potter – tudo o que ele podia fazer era permitir, afundando-se no beijo.

Foi Potter quem se afastou alguns segundos depois, bem antes que a tontura o afetasse gravemente mais uma vez. Ele tropeçou de qualquer maneira, se segurando no armário.

— Potter! — Ele rosnou com raiva, totalmente decidido a expulsar o vampiro de seus aposentos.

Harry sorriu para ele, o bastardo.

— Ok, isso obviamente está indo muito mal. Eu... erm, podemos sentar e conversar?

— Não. Alimente-se e saia dos meus aposentos. — Ele rosnou, completamente impassível.

The Will To Fight | SnarryOnde histórias criam vida. Descubra agora