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Pov Madison


- Como assim?— pergunto sentindo meus olhos lacrimejarem— eu não posso ter filhos?


- Você não é totalmente estéril, mas seria como uma chance entre quinhentas— o médico diz e respira fundo— vou deixar vocês a sós.


O doutor sai da sala me deixando ali parada olhando para a parede, eu nunca me imaginei cuidando de um bebê ou ao menos ter uma criança, mas depois que eu perdi meu filho ou filha naquele acidente foi como um divisor de águas.
Vinnie estava ao meu lado com as mãos tapando seu rosto, eu conseguia escutar seu choro baixo e seu corpo tremer um pouco.


Droga! Eu me sentia totalmente culpada por isso. Vinnie queria ter um filho e eu consegui dificultar as coisas. O médico disse que eu não sou totalmente estéril, mas só ter vinte por cento de chances de engravidar era realmente quase impossível. Nós teríamos que passar dia tarde e noite transando sem caminha para ter algum resultado.


- Desculpa Vinnie— sussurro fechando meus olhos e me virando para o lado contrário do dele.


- Pelo que?— pergunta vindo até mim e coloca sua mão em meu ombro— sabe que eu vou continuar te amando com ou sem filho né?


- Mas você queria um.


- E eu quero, nós vamos ter um filhotinho ainda— diz deitando ao meu lado— e mesmo que não tenhamos, podemos adotar. Sempre tem uma criança que precisa de um lar e uma família.


- Obrigada Vin— digo me virando na cama olhando para o teto— não sei o que seria de mim sem você.


- Digo o mesmo. E pensando pelo lado positivo, podemos transar mais vezes sem camisinha né? É bem melhor na hora do sexo não ter um plástico no meu pau.


- Péssimo momento para suas reflexões sobre sexo— digo e ele começa a fazer carinho no meu cabelo.


- Desculpa. Mas é verdade.


Reviro os olhos e me aconchego no peito de Vinnie que começa a fazer carinho em meus cabelos. Fecho os olhos sentindo sua carícia e logo me lembro da viagem de Natal que Vinnie inventou de fazer e nem me disse onde seria.


- Amor— digo manhosa me virando para ver seu rosto.


- O que você quer?— pergunta e arqueia as sobrancelhas.


- Quem disse que eu quero algo?


- Você me chamou de amor do nada, então sim você quer algo.


- Me fala onde vamos viajar no Natal, por favor— digo fazendo uma cara de cachorro abandonado.


- Já disse que não— fala tirando as mãos do meu cabelo.


- Por favor, eu faço o que você quiser.


- Madison, eu não vou dizer. Aguente mais dois dias.


- Dois dias?— praticamente grito— como assim dois dias? Vincent, eu tenho que arrumar minhas coisas.


Me levanto da cama de hospital rapidamente, sinto uma forte tontura por eu ter levantado rápido então minha visão escurece um pouco fazendo com que eu caia no chão.


- Mas é sonsa mesmo— Vinnie diz se levantando e vem até mim me pegando no colo indo a até a cama novamente.


- Por que você não disse que vamos daqui dois dias?— digo ainda um pouco tonta.


Primo - Vinnie Hacker Onde histórias criam vida. Descubra agora